Está longe de ser tudo.

Sou colibri de pena verde

Admirador da rosa branca

Que aguça a minha sede

E confissões de mim arranca.

Vai exalando o teu perfume

E me faz o teu prisioneiro

Um poeta cheio de ciume

E um colibri cancioneiro.

O jardim se torna grande

E a rosa bem mais distante

A saudade cresce e espande

E judia de mim bastante.

Até o orvalho me insulta

Ao molhar a branca rosa

Da minha alma muda a conduta

Branca flor esplendorosa.

Esse colibri só te quer bem

Por favor não fuja de mim

Senão vou da minha razão alem

E colocar cerca no meu jardim.

Todo o que ecrevi e já disse

Está longe de ser tudo

O que merece a doçura e a meiguice

Da mais bela flor do mundo.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 10/01/2009
Código do texto: T1377108
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