Canção dolente.
O vento balança a roseira
E o orvalho cai mansamente
E a minha alma prisioneira
Sofrendo por te ter tão ausente.
O meu coração sufocado
Contemplando a madrugada
Infeliz e sonhando acordado
Com o trotar de uma cavalgada.
Que caminha em rumo aos teus braços
Enbriagando com o teu perfume
Querendo o calor do teu abraço
Que possa por um fim a esse ciume.
Ciume da brisa que entre beijos
Vai acariciando os teus cabelos
A minha alma mergulhada em desejos
E o meu coração soluçando em apelos.
E a poesia que flui lentamente
Da caneta que bem me conhece
Soa como uma canção dolente
Revelando que de ti nunca esquece.