Guerra de todo dia

Hoje cheguei tão tarde.

Talvez ainda, eu, tenha que madrugar

Estou morrendo de fome,

é tarde, tenho que dormir para acordar,

quando for tão cedo, pego o telefone

e então vou te ligar:

Para te amar, te beijar, te namorar

Por meio de uma linha telefônica

Porque em mim há muita saudade.

É isso aí, a saudade me faz delirar.

Não sei por que sou assim,

às vezes penso que gostam de mim

e enquanto a terra gira, meus olhos

descansam para eu dormir,

Mas eu grito enquanto durmo,

vejo o perigo mais perto e profundo.

Ainda há guerra, das guerras

que existem a cada dia,

há guerra, após guerra por todo dia,

destruindo o nosso mundo

Estou cansado de procurar a paz,

até pensei que morava em meu coração

Mas hoje, já cheguei tão tarde

e o que tenho é meramente solidão,

mas amanhã quando for tão cedo

pegarei o telefone para te ligar

Não importa o que me façam, vou acreditar

que vou crescer, mas vou nascer e morrer

só depois de tudo

Já vi a cor da carne quando me cortei.

Doeu, até chorei, calei, mas certa

hora essa dor passou e como nem sei,

aqui estou e estarei em outro amanhecer

Continuo cansado, pois os meus sonhos

nunca se realizam, quando eu acordo

vejo tudo em “replay”: o medo e a guerra de todo dia.

Será que ainda conseguirei?

Talvez um dia, feliz, eu serei,

apesar de não ser artista, apesar de não ser burguês.

Por isso eu grito enquanto durmo,

vejo o perigo mais perto e profundo.

Ainda há guerra, das guerras que existem a cada dia,

há guerra, após guerra por todo dia, destruindo o nosso mundo

Grito enquanto durmo, sinto o abismo mais perto e profundo.

Ainda há guerra das guerras que há, destruindo o nosso mundo.

Grito enquanto durmo, sinto o abismo mais perto e profundo.

Ainda há guerra das guerras que há, destruindo o nosso mundo.

Grito enquanto durmo, sinto o abismo mais perto e profundo.

Ainda há guerra das guerras que há, destruindo o nosso mundo.

[Kennet] Adrsn Q-&-Rossz Mglhães