Depois do amor

As conversas imaginadas antes

Não vieram à tona

Deram lugar à saudade

Absoluta dona

Sufocada em abraços...

Esperados...

Calados...

Colados...

Como numa seleção do que o momento pode dar

Uma escolha visceral da ação ao invés do falar

Sem namoro, nem canção, nem estrelas para olhar

Represada a emoção explode para compensar...

O tempo distante...

A falta constante...

A dor lancinante...

A ausência do ar...

Certa culpa depois

Por tanto se poupar

O que se passa entre os dois

É fácil imaginar

Despedidas arrastadas

Ou então súbitas partidas

Com a promessa tácita

Do próximo momento de vida