A morte do poeta

Para que a ficção expirasse

Para que ciêntistas sorvessem inverdades

Eu voltei, e um blá blá blá .

As frases do poeta morrem

Suas folhas e a pena também

"Vejo aranhas bailarem em minha caixa torácica".

Estava em final a garrafa de vinho

Na tela, um belo rubor

Por amor, um gole da morte

Quantas inverdades estavam plantadas em seu leito?

Seus mentores se calaram

Na taberna o pranto ínfimo das prostitutas

A lástima é uma glória afinal

Os algozes

As papilas gustativas salivantes banhando a cega justiça com a benevolência (propina)

E a vida é bela

Lembro daquele lindo ataúde

Lembro das rosas já mortas

Lembro como se fosse ontem

A verdade é que sinto a hipotermia daquele momento agora mesmo

Pois foram intensas as "cruzadas" que pregava o amor

Porém morre, como vastos amores morreram também

O poeta pincelou, pincelou uma angústida tela repleta de pessoas cegas que, sem ter como viver, destruíam até seus semelhantes com o ódio cego que não lhes faltava...eles não estavam cegos de uma maneira convencional, é algo meio complexo de imaginar mas era uma violência assassina extremamente comum. Aquela pintura parecia indagar para mim:"Nós somos isso,somos cegos dessa maneira?"

Eu sentia que sim

Pensei em suas ultimas linhas

"Amei cegamente essa vida meu caro, olhei furtivamente por demais"

Ozzy
Enviado por Ozzy em 13/11/2008
Reeditado em 31/05/2012
Código do texto: T1281349
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.