A Última Estrela do H
Cai à noite no meu teto emprestado
E eu da cama busco a estrela que liga o H de teu nome.
- em vão procuro... Às escuras, o mundo parece-me homogêneo.
Nos tons azulados dessa cópula imensa que é o céu agora,
Eu finjo ver-te sorrindo como da vez em que falávamos sobre qualquer coisa,
E eu caminhava por Teu mundo, como um forasteiro inconveniente.
Inda lembro.
É como um sonho lembrar aquela noite em que me chamastes.
Nem sei bem o que tinhas em mente, tampouco me interessa hoje:
- A noite cai.
Os homens em vão amam. Amam por amar a si mesmos,
Por amar um reflexo talvez. Narcisismo puro.
Vi-me em (com) você.
Nem sei bem como, nem sei bem o porquê, mas
Tuas entranhas são tão cruas quantas as minhas e de nada adianta agora serem,
Pois a noite cai em meu teto emprestado
E eu inda procuro a ultima estrela para formar o H de...
...
*letra/música em parceria com Júllio Menezes