Um abraço.

A saudade me amola

Eu abraço a minha viola

E cantando me disfarço

Parece até desaforo

Eu ter que engulir o choro

Pela falta de um abraço.

Parece um monstro sagrado

A flor por quem sou apaixonado

Eu não sei mais o que faço

A minha poesia não é fingida

Eu daria a própria vida

Pra ganhar dela um abraço.

De amar sem ser amado

Confesso já estar cansado

E o carinho sempre escasso

Parece até uma brincadeira

Eu viver dessa maneira

Sonhando com esse abraço.

Tem quem merece tanto

Porem eu só saudade e pranto

Soluçando passo a passo

Não sei onde ei irei chegar

Mesmo que nunca me amar

Me de de presente um abraço.

Parece tanta pobreza

Embriagado por tua beleza

Mas não acredito em fracasso

Nem que for no meu ultimo dia

Comovida com a minha poesia

Ela vai me dar um abraço.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 31/10/2008
Código do texto: T1259164
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