Um abraço.
A saudade me amola
Eu abraço a minha viola
E cantando me disfarço
Parece até desaforo
Eu ter que engulir o choro
Pela falta de um abraço.
Parece um monstro sagrado
A flor por quem sou apaixonado
Eu não sei mais o que faço
A minha poesia não é fingida
Eu daria a própria vida
Pra ganhar dela um abraço.
De amar sem ser amado
Confesso já estar cansado
E o carinho sempre escasso
Parece até uma brincadeira
Eu viver dessa maneira
Sonhando com esse abraço.
Tem quem merece tanto
Porem eu só saudade e pranto
Soluçando passo a passo
Não sei onde ei irei chegar
Mesmo que nunca me amar
Me de de presente um abraço.
Parece tanta pobreza
Embriagado por tua beleza
Mas não acredito em fracasso
Nem que for no meu ultimo dia
Comovida com a minha poesia
Ela vai me dar um abraço.