Uma promessa que ela fez.
Eu construi uma redoma de cristal
E coloquei no centro do meu coração
Aconchegada no alto de um pedestal
E dentro dela a flor branca da minha paixão.
Sempre contemplada pela minha alma sincera
Que não se cansa de admirar a tua beleza real
Mas as portas do coração estão abertas e espera
Pois nós sabemos que a liberdade é primordial.
Tenho a certeza sempre da volta dessa flor
Por isso mesmo as portas não estão fechadas
Porque ela sabe muito bem o tamanho do meu amor
E tambem a delicadeza da minha alma meiga e enamorada.
Mas confesso que quando vejo que a redoma está vazia
Eu não consigo controlar nem esconder o meu ciume
O que mais me dói então é a tristeza da minha poesia
Me perdoe mas esse colibri não vive sem o teu perfume.
O pedestal certamente é todinho de ouro
E o cristal da redoma de um valor inestimavel
Mas na verdade a flor branca é o tesouro
E a ausencia dela é uma lacuna irreparavel.
É exigencia dela que a porta fique aberta
Pois voltar sempre é uma promessa que ela fez
É só isso que mantem vivo esse humilde poeta
Que acredita já ter morrido mais de uma vez.