Uma promessa que ela fez.

Eu construi uma redoma de cristal

E coloquei no centro do meu coração

Aconchegada no alto de um pedestal

E dentro dela a flor branca da minha paixão.

Sempre contemplada pela minha alma sincera

Que não se cansa de admirar a tua beleza real

Mas as portas do coração estão abertas e espera

Pois nós sabemos que a liberdade é primordial.

Tenho a certeza sempre da volta dessa flor

Por isso mesmo as portas não estão fechadas

Porque ela sabe muito bem o tamanho do meu amor

E tambem a delicadeza da minha alma meiga e enamorada.

Mas confesso que quando vejo que a redoma está vazia

Eu não consigo controlar nem esconder o meu ciume

O que mais me dói então é a tristeza da minha poesia

Me perdoe mas esse colibri não vive sem o teu perfume.

O pedestal certamente é todinho de ouro

E o cristal da redoma de um valor inestimavel

Mas na verdade a flor branca é o tesouro

E a ausencia dela é uma lacuna irreparavel.

É exigencia dela que a porta fique aberta

Pois voltar sempre é uma promessa que ela fez

É só isso que mantem vivo esse humilde poeta

Que acredita já ter morrido mais de uma vez.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 27/10/2008
Código do texto: T1251373
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