Vinte quatro horas por dia.
Eu vou criar cavalo de raça
Churrasquear e tocar viola
Vou provar que a vida é uma graça
E que eu não sou um poeta gavola.
Fazer versos vinte quatro horas por dia
Rimando beija flores com abelha
Estimular o brilho da minha poesia
Como a mais brilhante centelha.
Construir uma casa bonita e arejada
Com uma grande varanda azul
Olhar o riacho calmo de agua azulada
Cortando as campinas pras banda do sul.
Vou sempre homenagear quem eu gosto
A exaltando nas poesias que eu faço
E que ela recebe de bom grado eu aposto
Em cada verso sinto a calor doce do te abraço.
Ainda faço essa flor tão famosa
Ou então eu vou mudar de nome
Ela é a flor branca mais nobre que a rosa
Razão pela qual esse poeta se consome.
Vou selecionar os dois mais ageis cavalos
E ao lado dela cavalgar pelos campos
Ter no canto dos passaros nosso embalo
E só voltar pra casa com a luz dos pirilampos.