Sentença de Morte
Toma tudo o que é teu de volta
Que eu não quero mais não!
Chega dessa brincadeira,
Chega de desilusão!
E mate o resto de ti,
Sem pressa e com ardor!
Desfolhei o teu caderno
E queimei as tuas roupas,
E o perfume vagabundo
Foi até a última gota.
Te matei no peito, viu?
És agora um braço fora,
És minha esperança inútil
De ver-te indo embora.
E mate o resto de ti,
Sem pressa e com ardor!
Separei tuas migalhas,
Tuas frases tão febris
E aquela fria tarde
No dia em que te conhecer.
Quem perdeu? Quem ganhou?
Façam-me o favor!
Quem amou? Quem errou?
Fale-me, por favor!?
E mate o resto de ti,
Sem pressa e com ardor!