O DIA DO PERDÃO
Pelas janelas do meu olhar
Vejo o medo se alastrar
Ouço o tempo sussurar
Histórias adormecidas
Vejo as velas acendidas
Mostrarem nosso passado
Os traços desse legado
Em nosso suspiro derradeiro
Feito agulha num palheiro
Nada poderá nos atigir
Se nossa fé há de impedir
A intempérie se consumar
Se a força do Teu Olhar
Será maior que o mal que criarem
Quando as taças transbordarem
O nosso sangue ressentido
E o "venha a nós" convertido
Em nossa remissão de fé
Animais dessa Arca de Noé
Absolvidos do mal que vier.