Luar do Conselheiro, Letras de Músicas

“Cavalo Crioulo e Cabra Nativa”

(Canção – Luar do Conselheiro)

A História é a ciência mais completa, mas precisa ser contada direito, e um povo que merece respeito deve, pois ser tratado com respeito;

Falo claro do povo nordestino, um amante fiel de sua terra, forte e disposto à guerra, labutando sua sina infeliz, salve o velho Conselheiro e a Confederação dos Cariris!

O beato Zé Lourenço, já sabia os caminhos da redenção, junto ao povo do Caldeirão mostrou o convívio com a seca;

Essa era a mesma certeza que tinha o nosso Padre João Ribeiro, pois foi ele o pioneiro na idéia do nordeste independente, salve salve o Padim Ciço e salve cada nordestino resistente!

O herói José Filgueiras, não caminha em nossos livros de História, bem como não esta na memória dos jovens desta nova geração;

Conselheiro e Lampião sempre foram às figuras mais distantes, só escrevem mentiras degradantes, nos empurram goela abaixo suas certezas, mesmo assim nós resistimos, salve salve nossas ligas camponesas!

Mas é claro que é bonito, montar um cavalo Manga-larga e empunhando uma espada encher-se de glórias do passado;

Mas muito mais arriscado é montar um cavalo Crioulo com um facão, e fazer revolução todo dia para ter seu alimento, salve as cabras e os cabras nordestinos que sobrevivem à seca e ao tormento!

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“Espinho de Quipá”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Caminhando entre os lajedos, cabelos de fogo, tormentas e ventos do leste entre mitos e loucos; a pedra que caiu do céu avisando a chegada, profeta do Cocorobó e das velhas estradas... Espinho de quipá.

Um Diabo Loiro e seu bando espreitam a volante, espinhos e pedras, vapor e inferno de Dante; com sangue se regam sementes do bem e do mal, e de repente se sente a ponta fatal... Espinho de quipá.

Timóteo tocou velho sino até o último tiro, quando Lampião fez visita os “macacos” fugiram; povão do Beato Lourenço enfrentou avião, e como de praxe o sangue correu no sertão... Espinho de quipá.

Brigaram os campona em Uauá nas derriba de cerca, brincaram as crianças em Canudos com fé e certeza; e o povo ainda espera dom Sebastião, seja ele mesmo em pessoa ou outra encarnação... Espinho de quipá.

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“Meu Chapéu de Couro”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Respeite meus longos cabelos, meu chapéu e meu colar, respeite meu paradeiro, meu caminho, meu pensar.

Respeite meus longos cabelos, meu chapéu e meu gibão, respeite meu traje guerreiro, este chapéu é tradição!

Este chapéu foi produzido em Uauá, terra de Pedro Ribeiro, BGG, Dona Sinhá, eu peço que Deus abençoe a Rainha dos Vaqueiros, e olhe pela cabroeira do Luar do Conselheiro.

Respeite meus longos cabelos, meu chapéu e meu colar, respeite meu paradeiro este meu jeito de falar.

Respeite meus longos cabelos, meu chapéu e meu gibão, respeite meu traje guerreiro, este chapéu é tradição!

Neste sertão de Seu Antônio penitente, o beato catingueiro abençoou toda essa gente, eu peço a dona Josélia o coito lá da cajazeira, pois eu já to chegando junto com a minha cabroeira.

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“O Vento da meia noite”

(Canção – Luar do Conselheiro, Cláudio Barris e BGG da Mata Virgem)

Umburana de cambão estalou na fogueira ê sertão! Umburana de cambão estalou na fogueira é sertão, diz aí...

Umbuzeiro chorou a morte de Antônio Conselheiro, umbuzeiro chorou... por seu Antônio, verdadeiro catingueiro.

No sertão de Uauá, Repouso do Velho Guerreiro, sertão de Uauá, fogo primeiro, verdadeiro catingueiro, no sertão de Uauá, Coroné Jerônimo Ribeiro, sertão de Uauá... Fogo primeiro!

Umburana de cambão estalou na fogueira ê sertão! Umburana de cambão estalou na fogueira é sertão, diz aí...

Olha o cheiro de flor! É chá de flor de Catingueira, olha o cheiro de flor... na lua cheia, verdadeira catingueira.

Olha o cheiro de flor! É chá de flor de Catingueira, olha o cheiro de flor... na lua cheia, verdadeira catingueira.

O Conselheiro gritou: “Eu quero esta cerca arriada!”, e o povo lutou, nas Derribadas, verdadeiros catingueiros.

O Conselheiro gritou: “Eu quero esta cerca arriada!”, e o povo lutou, nas Derribadas, verdadeiros catingueiros.

Umburana de cambão estalou na fogueira ê sertão! Umburana de cambão estalou na fogueira é sertão, diz aí...

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“Sebastianicé”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

Um cavaleiro com olhos de nobre pássaro, montado austero em seu cavalo português; vinte mil homens conduziam o cavaleiro, pra corrigir as injustiças que se fez, trazia manto e coroa de brilhantes, e o brasão da dinastia de Avís, o sangue mouro na espada cintilante, lembranças feias lá de alquácer-Kibir.

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

Vi Conselheiro montando um cavalo mouro, Mestre Silvestre num Crioulo pardo manso, eu vi os símbolos de compassos maçônicos, no peitoral do cavaleiro português; eu vi as pedras encantadas se movendo, para a chegada do reinado em comunhão, foi quando Cristo, encourado foi dizendo, que o cavaleiro era o Rei Dom Sebastião.

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

Meu pai me deu vinho santo de jurema, e eu pude ver... Derradeira miração!

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Jurema de pegar boi voador

(Canção – Luar do Conselheiro)

Um vento veio do norte, Um vento veio do norte, Um vento veio do norte com o Caboclo Sete-Flechas; veio Capitão Corisco, Labareda e Ponto Fino; é samba de oração, do Cangaço, Lampião. Maria vai pegar água, que o pote já secou, traga casca da jurema do teu avô Funi-ô...

Ê Jurema! Ê Jurema, Jurema ela então! Ê Jurema de pegar boi voador!Ê Jurema! Ê Jurema, Jurema ela então! Ê Jurema de pegar boi voador!

Cabocla minha, cabocla minha, índia que anda na mata sozinha!Cabocla minha, cabocla minha, índia que anda na mata sozinha!

Eu to na mata, ela é de dendê, eu quero ver você aparecer!Eu to na mata, ela é de dendê, eu quero ver você aparecer!

Caboclo meu, caboclo meu, índio que anda no mato com eu! Caboclo meu, caboclo meu, índio que anda no mato com eu!

Ê Jurema! Ê Jurema, Jurema ela então! Ê Jurema de pegar boi voador! Ê Jurema! Ê Jurema, Jurema ela então! Ê Jurema de pegar boi voador!

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“Numa só canção”

(Canção – Luar e Guto Gutiérrez)

Eu de novo a consternar, insana insônia, saber o que eu vou fazer da minha vida; quando eu me lembro de você a me rondar... Eu de novo a me guiar, tentando traduzir concepções que existem ao meu redor, e que engloba mutações para o melhor de mim; e é aí que eu presumi estar aqui pra ver, e aqui é a verdade do meu ser, que está dentro de mim pra definir o fim de nós... Pois estamos sós... Outrora fomos dois... E agora somos um, só um, só um, só um e nada mais! Só um, só um, só um e nada mais!

Quantas árvores plantei, amigos cultivei, nos rumos desta estrada?! E quantos versos eu falei e quantas vezes comecei, tudo outra vez?!

Qual o meu prato preferido, o meu melhor amigo, meu signo e meu som? Qual minha rota, meu destino, qual a minha posição, sobre eu e você?!

Qual o partido que eu milito, ditados que eu mais digo; a cor que eu mais gosto? A cor que eu mais gosto é a cor do amanhecer sobre você, num dia de verão!

Quais meus caminhos, meus ofícios, meus deuses e meus vícios, meus medos, meu tesão, quais minhas metas, meu desejo a minha religião, qual o meu andar?!

Quais os meus ídolos de agora, qual foi a minha escola, minha melhor morada, com quantos paus se faz um barco pra me levar à você, prá te responder!

Antes de á tudo responder, eu quero lhe dizer, ousei me adiantar! Fiz estes versos pra valer e só pra ter eu e você numa só canção!

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“Valentia nordestina”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Seu Antônio dos conselhos, Santo Antônio Conselheiro, fez nascer no nosso peito à esperança no sertão; Seu Antônio guerrilheiro, Santo Antônio catingueiro, fez nascer no nosso peito à esperança no sertão.

O beato Zé Lourenço criador do Caldeirão, profeta do seco vento, dos caminhos do sertão; salve o bando de Corisco e o bando de Lampião! Salve o bando de Corisco e o bando de Lampião!

Valentia nordestina tá no sangue a todo tempo, nossa capoeira angola é mais um dos movimentos; ande na Bahia atento às meninas de João Pequeno! Ande na Bahia atento às meninas de João Pequeno!

O bando do Zé Sereno, o bando do Jesuíno, Cangaceiro Miguel Carlos, seu Antônio Bakunin, parentes do Conselheiro lá de Quixeramobim! Parentes do Conselheiro lá de Quixeramobim!

No Vale do Cariri é Canaã deste sertão! Terras de São Saruê, esbanjando leite e pão, salve as pedras encantadas do Rei Dom Sebastião! Salve as pedras encantadas do Rei Dom Sebastião!

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“Religare”

(Canção – Luar do Conselheiro)

O soma dos hinduístas, a ganja dos shivaístas, as vacas dos Hare-Krishnas é Deus! Jurema do catingueiro, o cânhamo do mundo inteiro, o cacto do Mescaleiro é Deus! O índio e sua folha de coca, o negro e raiz de iboga, fogueira que queima na oca é Deus! Mulher em trabalho de parto, ou elas em qualquer espaço, a força que vem do cangaço é Deus! Isso é Deus! Deus! Isso é Deus! Deus!

Sorver a Psilocybina, matar de fome a rotina, o mar que agente contamina, é Deus! A pedra dos alquimistas, a pedra dos Conselherístas, a pedra dos Sebastianistas, é Deus! O ópio dos Greco-Romanos, Cogumelos dos mexicanos, cabelo de Rastafariano, é Deus! O saque em nome da fome, revolta de um povo sem nome, o fogo que arde e consome, é Deus!

Isso é Deus! Deus! Isso é Deus! Deus! Juntar mariri e chacrona, trazer as lembranças á tona, tirar este povo do coma, é Deus! Lutar pra abolir o dinheiro, louvar Orixá no Terreiro, nosso produto brasileiro, é Deus! A Meca dos muçulmanos, nativos sul-americanos, o rito dos Wiccanianos, é Deus! A fé na cristandade, Antônio e João Abade, Canudos na realidade, é Deus! Isso é Deus! Deus! Isso é Deus! Deus!

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“Guerreiro Pajé”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Vem do firmamento o julgamento em mente sã, só quero amar a filha da terra... Guerreiro pajé! Guerreiro pajé! Sei que o povo Tapuia não abençoa a união, só quero dela uma jornada, caminhos irmãos, caminhos irmãos...

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

Não vou roubar a herdeira dos Tapuias Funi-ô, só quero estar com a filha da terra o tempo que for; o tempo que for, dê-me à chance de viver um pouco da tua fé, também sou filho da mãe terra, guerreiro Pajé! Guerreiro Pajé!

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

A minha descendência européia pouco importa, não vou sujar a tua raça, me abra essa porta, me abra essa porta, se o amor é mais do que a tribo ou a fé, me deixe amar a filha da terra, guerreiro pajé! Guerreiro pajé!

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá! Yatlató Qüietá!

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“Papai Peyote”

(Canção – Luar e Herbert Cortez)

Veja só, Papai Peyote mandou chamar, Hey Xamã! Pra salvar velha mãe terra que hoje clama por nós; e você...! Não pense que lutar é não sofrer!

Sob o vento, mascando cores, sorvendo sons, Hey Xamã! sob o sol, sou pêlo e pena, sou bicho e flor, natural; sob a lua...! Guerreiro, Curandeiro e Cantador!

São mistérios, sou planta amarga que dá visão, sou Xamã, sou uma águia, bicho de pena, elemento ar, inspiração; sou você...! Erguendo armas pra sobreviver!

Sou um templo, com sete círculos de poder, cariri, sou a chuva, e a asa forte do gavião, inaiê, sou Tapuia...! Arqueiro, catingueiro, Funi-ô!

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“Feito de Barro e Sopro Divino”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Menino feito de verso, mar e sertão! Menino feito de verso, mar e sertão! Com a benção de Santo Antonio e protegido preferido do festeiro São João! Com a benção de Santo Antonio e protegido preferido do festeiro São João!

Não tema a boca d’água do Cocorobó! Não tema a boca d’água do Cocorobó! Perceba apenas com clareza e comungue com a folha e o cipó! Perceba apenas com clareza e comungue com a folha e o cipó! Perceba apenas com clareza e comungue com a folha e o cipó!

Menino feito de verso, mar e sertão! Menino feito de verso, mar e sertão! Apadrinhado por Antônio Conselheiro e Zé Lourenço, Beato do Caldeirão! Apadrinhado por Antônio Conselheiro e Zé Lourenço do Caldeirão!

Não tema a força da peleja com o amor! Não tema a força da peleja com o amor! Pois tu és feito de barro e sopro divino, filhote de cantador! Pois tu és feito de barro e sopro divino, filhote de cantador! Pois tu és feito de barro e sopro divino, filhote de cantador!

Não temas pelo novo dia de amanhã! Não temas pelo novo dia de amanhã! Pois tua mãe é Capoeira e teu pai é da Viola, pequeno Itan! ! Pois tua mãe é Capoeira e teu pai é da Viola, pequeno Itan! ! Pois tua mãe é Capoeira e teu pai é Violeiro, pequeno Itan!

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O Fogo de Ostara

(Canção – Luar do Conselheiro)

Sorva o mel do mel, do mel! Sorva o mel da cana também!

Salve o fogo da noite de Ostara, chamo as flores que os campos têm!

Vejo o Deus, o Deus, o Deus! Chamando a Deusa pra namorar!

Salve o fogo da noite de Ostara! Chamo o povo que vai celebrar!

Primavera de beleza rara! Novamente a roda está a girar!

Veja o céu, o céu, o céu! Deusa trouxe chuva e trovão!

Prá regar suas flores de Ostara! E trazer a fertilização!

Veja a Deusa, a Deusa, a Deusa! Convidando o Deus prá dançar!

Salve o fogo da noite de Ostara! Chamo o povo que vai celebrar!

Primavera de beleza rara! Novamente a roda está a girar!

Sorva o mel do mel, do mel! Sorva o mel da cana também!

Salve o fogo da noite de Ostara, chamo as flores que os campos têm!

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A verdade na União

(Canção – Luar do Conselheiro)

Foi um vento divino que soprou no Apuí

Transformando aquelas almas em Serenitas guaranis, em Serenitas guaranís, em Serenitas guaranís!

Foi a Estrela da Manhã, que clareou pro Salvador.

Trazendo em cada sessão, a Luz, a Paz e o Amor, a Luz, a Paz e o Amor, a Luz, a Paz e o Amor!

No Coração de Maria fermentou a tradição, e a verdade na verdade, é verdade na União, é verdade na União, é verdade na União!

Bendito seja o seringal, bendito seja o seringueiro!

Bendito seja o Vegetal e o Mestre Ayahuasqueiro, e o Mestre Ayahuasqueiro, e o Mestre Ayahuasqueiro!

Pelos caminhos de luz sigamos com o coração, elevando nossos sorrisos para o Mestre Salomão, para o Mestre Salomão, para o Mestre Salomão!

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“A Promessa”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Lá no mei da Caraúna garça branca avuô, toda planta de restinga neste dia fulorô!

Nas águas do Capivara o semblante do meu amor... E a lembrança da promessa que eu cumpro seja onde for.

A promessa que jurei, eu tenho orgulho em lhe dizer, acompanha todo dia deste meu manso viver.

E na noite da cidade eu noite lá do meu sertão, a promessa eu repito dentro do meu coração!

Saudade ê! Deu e você, Coração! Saudade ê! Deu e você, Coração!

Cada espinho tortuoso que os meus pés ousam tocar são feitos de cada não que vozmicê pronunciar.

És canto de Quero-Quero, és presa de Tucunaré, relampo de pé de serra, brisa boa da maré.

Não foi linha do equador que separou eu e você, foi tropeço, descaminho, foi vento de mal querer.

De Belém á Macapá, de volta ao mar, Boca do Rio, converso com minha viola e o vento chora um tom vazio.

Saudade ê! Deu e você, Coração! Saudade ê! Deu e você, Coração! Saudade ê! Deu e você, Coração!

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“Allegra”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Vem, que eu sou poeta sou a meta que querias, sou desatino sou loucura o que quiser... Sou mais até do que você possivelmente entenderia.

Eu quero a filha de Lord Byron quero ser humanitário eu quero Allegra... Allegra.

Vem que teu perfume, teu sorriso foi notado, e eu só vim por que você assim chamou, sou cantador das coisas velhas e esquecidas do passado.

Pois quando vejo teu futuro teu sorriso franco e puro a alma alegra... Alegra.

Vem que quando vejo teu presente e teu passado, um condenado poeta profetizou que eu estou... Embora certo levemente atrasado.

Pois quando vejo teu futuro teu sorriso franco e puro a alma alegra... Alegra.

Vem que quando vejo teu presente e teu passado, um condenado poeta profetizou que eu estou... Embora certo levemente atrasado.

Vem! Eu e você não suportamos mais pedir para as estrelas, anjos antes de dormir, se acreditarmos garanto que a vida alegra... Allegra.

Vem! Caminho junto é melhor que verso só, só com ternura a vida fica melhor, se acreditarmos garanto que a vida alegra... Allegra.

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“Tributo á nós”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Garota eu quero te dizer que ando vendo fadas, tenho andado sobre as nuvens ao ouvir tua voz! E lá no fundo dos teus olhos eu vejo água, vejo a chuva e o encanto de um tributo á nós!

O universo ainda é pouco pros teus mistérios, tua presença é estrela na imensidão! E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego! E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego! E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego!

E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego!

Garota eu quero lhe dizer que ando vendo fadas, tenho visto muitas delas lá no meu quintal! E a cada sorriso teu eu também crio asas, vôo cirandas festivas no canavial! Só para ver se é tão doce quanto os teus beijos, se é maior do que o desejo do meu coração! E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego!

E nos teus

Braços Semi-Deusa meu aconchego! E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego!E nos teus braços Semi-Deusa meu aconchego!

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“O Retorno”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Vejo um caminho a pé, um velho estradão. Não vejo dor meu bem! Nem solidão!

Aquela flor que cai na tua varanda; vejo cobrindo o chão, por onde você anda! Vejo você de bem, curtindo este amor, medo de amar meu bem, onda levou! Onda do mar levou; onda do mar! Onda do mar levou; onda do mar!

Vejo um fogão de lenha e um velho girau, nosso cantinho amor! Nosso quintal! Lembra meu gavião? Não tinha asa, asa cresceu amor! Voltou pra casa! Vejo você feliz, perigo passou! Medo da vida amor, onda levou! Onda do mar levou; onda do mar! Onda do mar levou; onda do mar! Onda do mar levou; onda do mar! Onda do mar levou; onda do mar!

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“Sertaneja de Valente”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Um olhar iluminou a poeira das estradas, a fogo - pagou cantou qual duelo de repente, brisa boa, mãe da terra, deusa mãe da madrugada, fez a sua semelhança a sertaneja de Valente ê!

Já me liguei! Já me liguei á terra! Já me liguei! Já me liguei á terra! Ê!

Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente ê!

Da folha do sisal tirou a fibra ê! Da flecha do sisal tirou a cerca! Da raiz do sisal tirou cachaça ê! Da planta do sisal cresceu o povo de Valente!

Da folha do sisal tirou a fibra ê! Da flecha do sisal tirou a cerca! Da raiz do sisal tirou cachaça ê! Da planta do sisal cresceu o povo de Valente!

Um olhar iluminou a poeira das estradas, teu sorriso me encantou quando surgiu de repente, sob o sol de meio dia ardem coivaras queimadas, arde junto o coração pela sertaneja de valente ê!

Já me liguei! Já me liguei á terra! Já me liguei! Já me liguei á terra! Ê!

Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente é valente sertaneja! Sertaneja de Valente ê!

Da folha do sisal tirou a fibra ê! Da flecha do sisal tirou a cerca! Da raiz do sisal tirou cachaça ê! Da planta do sisal cresceu o povo de Valente!

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“Nos olhos de Lara”

(Canção – Luar, em homenagem á Leonardo de Souza)

Eu vi um menino bonito correndo no mato, montado á cavalo, fumando um negócio e sorrindo pra todos querendo voar! Eu vi menino tatuado com o deus Netuno, o Deus do espaço dos mares profundos, caminho do mundo é caminho do mar!

Eu vi o menino sorrindo nos olhos de Lara, vi a gota d’água na telha da casa pingando cedinho molhando os jornais, eu vi o menino dizendo que queria tudo, as flores e frutos, estrelas e nuvens e tudo que houvesse nos reinos mortais! e se possível fosse, até mais! e se possível fosse, até mais!

Até mais! Até mais! E se possível fosse, até mais! Até mais! Até mais! E se possível fosse, até mais!

Eu vi a mão da ignorância batendo com força naquele menino que embora sorrindo brincava com fogo sem nunca queimar, eu vi o menino cantando de olhos fechados, não vi os soldados, só vi as estrelas que assim como ele, ousavam brilhar!

Assim como um passarinho, aquele menino vivia sorrindo, pulando e cantando brincando com fogo em jogos reais, eu vi o menino bonito montado a cavalo, o mesmo cavalo que montava antes, agora com assas voava pra paz! E se possível for irmão, até mais, e se possível for irmão até mais! Até mais, até mais! E se possível for irmão, até mais! Até mais, até mais! E se possível for irmão, até mais!

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“Manguerê”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear!

Foi nos becos de Recife, aprendi maracatu, e na batida do coco o danado fumaçê, foi me dando uns arrepios o som daquele batuque e eu quis saber de onde vinha, Oi! Vinha do Manguerê!

Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear!

Pernambuco terra quente! De índio, de negro e branco, caminhava por Olinda saudade que não vê cor, com cuidado eu fiz silêncio para ouvir o meu pranto, derradeiras batucadas o trovão iniciou!

Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear! Manguerê, manguerê, manguerê vou manguear!

Eu fiz pouso em Arcoverde com o povo Funi-ô, Lirinha com seu Cordel ouvia os estalos do fogo, de samba de roda e saia a morena me encantou, eu vou voltar pra Recife pra lhe encontrar de novo!

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“Esse Verso Real”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Me diga doutor o que eu posso fazer, para minhas duvidas responder?! Me diga doutor o que eu posso fazer, para minhas duvidas responder?!

De onde vem este brilho da lua que aparece no céu brilhante e nua?! De onde vem este brilho da lua que aparece no céu brilhante e nua?!

Onde é que mora a tal felicidade, o senhor me responda com sinceridade! Onde é que mora a tal felicidade, o senhor me responda com sinceridade!

Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis!

De onde vem o cheiro da caatinga, é do pau-de-rato ou da cassutinga?! De onde vem o cheiro da caatinga, é do pau-de-rato ou da cassutinga?!

De onde vem esse verso real, é de lá do sertão, da terra do sisal! De onde vem esse verso real, é de lá do sertão, da terra do sisal!

Onde eu encontro amor de verdade? Em Valente, Bahia, bairro da Liberdade! Onde eu encontro amor de verdade? Em Valente, Bahia, bairro da Liberdade! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis! Sou feliz! Encontrei a resposta nos olhos de Elis!

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“Quando Chora a Dríade”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Quando morre a árvore, chora a Dríade, Passarim não acasala, cala as cigarras e morrem junto às borboletas!

Quando morre a árvore, chora a Dríade, bicho-pau não faz ninhada, desabriga musgo e fada, mata junto às tocandíras!

Quando morre a árvore, chora a Dríade, morre o bicho-preguiça, sariguê e lagartixa, besourinho e gavião!

Quando morre a árvore, morre o rio... Quando morre a árvore, morre o rio, morre bicho e morre peixe por não ter folhagem verde contra evaporação!

Quando morre a árvore, chora a Dríade, morre orquídea nova e velha, joaninhas e bromélias, macaco e camaleão!

Quando morre a árvore, chora a Dríade, morre junto à viuvinha, louva-Deus e andorinha, mico estrela e cardeal!

Quando morre a árvore, Chora a Dríade, esquilo não tem morada, nem a larva da cigarra, as serpentes vão ao chão!

Quando morre a árvore, morre o rio... Quando morre a árvore, morre o rio, morre gente e morre terra modificando a esfera com tormentas e tufões!

Quando morre a árvore, morre o rio... Quando morre a árvore, morre o rio... Quando morre a árvore, morre o rio...

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“ Pra onde vai todo bicho fujão”

(Canção – Luar do Conselheiro)

O Boi Valente ta mexendo em coisa grande, e os coronéis já tão de olho nele, pois sabem que boi que não segue na boiada, pode acabar arrastando gente! Pode acabar se mobilizando, pode acabar se organizando, nós não queremos estouro na boiada! Vamos deixar este boi escapar, vamos deixar este boi escapar!

Ele vai dar no Raso da Catarina, pra onde vai todo bicho fujão! Vai ser comida de onça no Raso, ou se juntar ao bando de Lampião! Ele vai dar no Raso da Catarina, pra onde vai todo bicho fujão! Vai ser comida de onça no Raso, ou se juntar ao bando de Lampião!

O Boi Valente decidiu o seu destino, partiu o laço, quebrou o cambão, brigou na ponta e correu pra caatinga, rompendo cercas por este sertão!

Ele vai dar no Raso da Catarina, pra onde vai todo bicho fujão! Vai ser comida de onça no Raso, ou se juntar ao bando de Lampião! Ele vai dar no Raso da Catarina, pra onde vai todo bicho fujão! Vai ser comida de onça no Raso, ou se juntar ao bando de Lampião!

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“A Peleja do Boi Valente com o Menino Aboiador”

(Canção/síntese de Cordel – Luar do Conselheiro)

Vou contar sobre uma história que houve lá no sertão, não é mito fantasia, sonho ou ficção, lá no sertão da Bahia, onde lágrima e cantoria têm a mesma tradução.

Acontece que nestas terás, pouco pra lá de Serrinha, criava-se muito gado, porco, cavalo e galinha, mais era o Aboiador o verdadeiro tradutor do que lá acontecia.

Mais num dia de encanto naquelas terras de Deus, Vaqueiros ficaram atentos a um belo boi que apareceu, a compra deste animal, selou o destino fatal que a este boi sucedeu.

O bicho foi fazendo fama, porque era bravo, indolente, era um bicho selvagem arredio e sorridente, logo logo os Cantadores, Vaqueiros e Aboiadores, chamaram de boi Valente.

O bicho não respeitava aboio ou tangerino, se machucava na cerca, lutando brigando e fugindo, os fazendeiros não queriam, logo eles vendiam aquele animal ferino.

E foi numa dessas vendas que tocando a boiada, a peleja aconteceu nessas terras encantadas, boi Valente brigador e o menino Aboiador, brigaram pelas quebradas.

Mais é claro o comprador não sabia o resultado, não sabia da peleja que rolava lá no mato, problema do tangerino, quem mandou mandar menino, pra ser tangedor de gado.

Vaqueiros fizeram planos, pra pegar o boi valente, cercariam o animal nos lajedos reluzentes, chamariam o aboiador pra amansar boi brigador e levá-lo ao cliente.

O bicho ficou nervoso com a nova situação, tentou brigar na ponta, viu que ali não dava não, viu que ele estava cercado, atrás dele um buraco, em volta os cabras do sertão.

Todos conheciam o poço de pedra no mei do mato, um buraco mei profundo, com os lajedos pareado, o plano deles dava certo, boi valente tava perto de ser pego e amarrado.

Mas destino de bicho encantado é virar mote de assunto, virar conto, verso, prosa, cantoria para o mundo, assim nosso boi valente, entrou pra história da gente, pulando ao poço profundo.

Exemplo de liberdade, de luta e de rebeldia, se espalhou por todo canto deste sertão da Bahia, espero que os cabras da roça, da favela e da palhoça, lute por isso algum dia.

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“Nordeste independente e libertário”

(Canção – Luar, homenagem á Ivaníldo Vilanova)

Um nordeste independente e libertário! Auto-gestionário, competente e lutador, num sistema de escambo, sem bancário, com frentes de trabalho em forma de mutirão, ergueremos a nação nordestina em união!

Um nordeste independente e libertário! Revolucionário, em livres associações, com hortas comunitárias espalhadas, a segurança alimentar é garantida nos sertões, ergueremos a nação nordestina em união!

Um nordeste independente e ambientalista, cooperativista e auto-suficiente,

Chamaremos de volta os retirantes e os exilados anarquistas voltarão pra sua gente, ergueremos a nação nordestina em união!

Um nordeste independente e libertário, virado do corisco, em corpo alma e coração! Se o sistema oferecer a resistência, lutaremos com fervor em nome da libertação, é o que clama nosso povo, esta nova opção! É o que clama nosso povo, esta nova opção!

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“A verdade às vezes dói”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Eu, não estou aqui pra te falar das flores, não estou aqui pra te falar de Amsterdã, e nem pretendo lhe contar de onde vim.

Eu estou aqui como um herdeiro da saudade, estou aqui para cantar-te minha verdade, devo lembrar-lhe que a verdade às vezes dói...

Amor lembra a festa tão bonita no Jardim de Alah, a festa que nossos olhos fizeram por lá... Aquele sonho acabou! Aquele sonho acabou!

Nós cheiramos á éter, comemos mercúrio, nos banhamos em cloro após um dia estressante, manuseando cédulas que são nossas algemas!

O ruído das máquinas que nós escolhemos para nós, como trilha sonora constante, já não agrada os ouvidos das crianças do amanhã.

Nós nem ao menos vemos nossos filhos aconchegados, no sonho concreto que cercamos de alambrados... Aquele sonho acabou! Aquele sonho acabou!

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“Cheiro de batalha”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Coletivização dos pastos! Salve Antônio Conselheiro! Liberdade parcial! Salve Zumbi dos Palmares! Levante Revolucionário! Salve Carlos Marighela! Revolução desarmada! Salve Mahatma Gandhi!... Uma paixão tranqüila e insensata! Salve Múmia Abu Jamal! Salve Múmia Abu Jamal! Salve Múmia Abu Jamal!

Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num... Cheiro de batalha! Todo sangue derramado! Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num levante camponês!

São guerreiros de Martí, de Antônio Conselheiro, é o povo de Zumbi, de Zapata guerrilheiro, é a flor e o canhão, o facão contra á artilharia, de Canudos ao Caldeirão, o rebelde e a tirania, Honrando a revolução!

Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num... Cheiro de batalha! Todo sangue derramado! Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num levante camponês!

A senhora da terra chama, seus guerreiros de muitas cores, pra salvarem Pachamama dos profanos invasores!

A senhora da terra chama, seus guerreiros de muitas cores, pra salvarem Pachamama dos profanos invasores!

Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num... Cheiro de batalha! Todo sangue derramado! Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num levante camponês!

A trincheira da resistência é a nossa fidelidade! A fonte da permanência é a religiosidade!

A trincheira da resistência é a nossa fidelidade! A fonte da permanência é a religiosidade!

Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num... Cheiro de batalha! Todo sangue derramado! Cheiro de batalha! Todo sangue derramado num levante camponês!

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“Os olhos de Alceu, fitando os de Açucena”

(Canção – Luar do Conselheiro)

Sou o espírito do vento, brisa forte e madrugada, sou os caminhos e as estradas, um olhar sem direção, sou o barulho das correntes dos riachos no sertão, quando chove na caatinga e umbuzeiro é proteção...

Reverencie as luzes que se formam de manhã, perceba a semelhança, Lampião e Gengis Khan, preserve seus instintos, seja limpo e natural, acenda suas luzes e amplie seu frontal!

Sou o olhar de Jesus Cristo, entendendo Madalena, o Povo do Conselheiro rezando sua novena, sou um filho do passado, presente no futuro, com muita disposição e força pra pular o muro...

Reverencie as luzes que se formam de manhã, perceba a semelhança, Lampião e Gengis Khan, preserve seus instintos, seja limpo e natural, acenda suas luzes e amplie seu frontal!

Sou bandido no deserto, sou à noite valentense, sou o grito do Azteca, sou índio sobrevivente, sou os olhos de Alceu, fitando os de Açucena, a leveza nordestina de alma forte e serena...

Reverencie as luzes que se formam de manhã, perceba a semelhança, Lampião e Gengis Khan, preserve seus instintos, seja limpo e natural, acenda suas luzes e amplie seu frontal!

Luar do Conselheiro
Enviado por Luar do Conselheiro em 12/09/2008
Código do texto: T1174944