ANDANDO UM POUCO MAIS
Parnaíba-PI, Setembro/1986
Andando um pouco mais
Saindo do meu chão
Rasguei a poesia
Vi o sonho perecer
O homem se inquieta
No sentido encontrar
Na busca de si mesmo
Nem sabe começar
Perdeu a esperança
De o mundo construir
Olhando às estrelas
Se pensa que está só
A morte descortina
A pálida arrogância
Do intrépido humano
Que pensa conhecer
O inefável ser
Mostra-se quando quer
Nas tenras aparências
De borboleta e flor
Instiga a criação
Camufla-se de amor
Revela-se pequeno
Tão grande quanto é
O homem: ser divino,
Em sua natureza,
Na busca da essência
Pergunta-se existir
E Deus se humaniza
Mostrando o caminhar
Propondo a verdade
De a vida simples ser
Ah! Meu sonho existe:
A esperança sobreviver
Ah! Um mundo novo
De uma criança recomeçar