MEU LUGAR
Vou pra debaixo
Da mangueira repousar
Depois de um dia
De trabalho pra viver
E vou pegar
Minha viola e dedilhar
E com pássaros do lado
Fazer o sertão cantar
E vou então cantar
Pro mundo a poesia
E no embalo desse dia
Eu vou me sintonizar
No dedilhar
Dessa viola quero ouvir
O som mais lindo
Do silêncio a retinir
E deliciar
Desse prazer que é sem igual
Sentir o tom natural
Do que é belo de se ter
Poder sentir
A emoção de se igualar
À pureza do lugar
E ali poder viver
Quero amar
De perto todo o meu viver
E ser feliz
Por ter buscado merecer
E vou ficar
Na dimensão horizontal
Na harmonia com os bichos
E com a vegetação
E vou buscar
Dentro da mata a inspiração
Para me sentir irmão
Da cigarra e o sabiá
Brasília (ESAF), maio/1987
Ilustração: Pintura "Caminho Fazenda Ito" da artista plástica Bete Brito, in site: betebrito.com
Vou pra debaixo
Da mangueira repousar
Depois de um dia
De trabalho pra viver
E vou pegar
Minha viola e dedilhar
E com pássaros do lado
Fazer o sertão cantar
E vou então cantar
Pro mundo a poesia
E no embalo desse dia
Eu vou me sintonizar
No dedilhar
Dessa viola quero ouvir
O som mais lindo
Do silêncio a retinir
E deliciar
Desse prazer que é sem igual
Sentir o tom natural
Do que é belo de se ter
Poder sentir
A emoção de se igualar
À pureza do lugar
E ali poder viver
Quero amar
De perto todo o meu viver
E ser feliz
Por ter buscado merecer
E vou ficar
Na dimensão horizontal
Na harmonia com os bichos
E com a vegetação
E vou buscar
Dentro da mata a inspiração
Para me sentir irmão
Da cigarra e o sabiá
Brasília (ESAF), maio/1987
Ilustração: Pintura "Caminho Fazenda Ito" da artista plástica Bete Brito, in site: betebrito.com