UM RESTO DE ESPERANÇA
Quando a noite cai
Cada um busca o seu lugar
Palacetes, palafitas
Uma marquise ao luar!
Têm vistas para o mar
Vistas grossas que não querem enxergar
Que só olham lá para o alto
Para o topo aonde querem chegar.
Quando o Sol se eleva
Leva consigo todo o resto de esperança
Que os olhares de cima vejam cada criança
Esquecidas nos guetos da sua vizinhança!
Os restos mortais das nossas mazelas
Que vivem à mercê de todas as promessas
Que vêm desde os tempos das caravelas.