A flor predileta.

Soltei meu cavalo preto

Livremente na invernada

Eis um peito sem dueto

Eis uma ai uma viola calada

Estive pensando direito

Eu não vou fazer mais nada

Já que estou apaixonado

Vou só sonhar acordado

Com a flor branca minha amada.

Vou me sentar lá na varanda

Numa manhã ensolarada

Sintir perfume de lavanda

Que exala lá da florada

Ciente que DEUS comanda

A minha alma apaixonada

Mas o maior perfume e beleza

Acreditem com certeza

Vem da flor branca minha amada.

Então quando a noite cair

Deixando a relva orvalhada

Eu admiro a lua surgir

Iluminando toda a estrada

E cada recanto invadindo

Com a sua luz prateada

E quando a madrugada vier

Veja na lua a linda mulher

A minha flor branca amada.

Vai nascendo um novo dia

Recomeçando nova jornada

E então a minha poesia

Como uma abelha enciumada

Que embriagada assedia

A linda rosa desabrochada

Mas adimira com enlevo

Aquela flor por que escrevo

A flor branca minha amada.

A passarada toda festiva

Gorgeando em revoada

Admirando as cores vivas

De tantas flores alvoroçada

Nem o colibri não se priva

Da alegre festa animada

Cortejando a flor predileta

Que faz de mim um poeta

A flor branca minha amada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 08/08/2008
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