OS QUATRO SINAIS
A nau partido para o além
Além dos sonhos e da imaginação
E, meio às borrascas, todo meu temor
Sete Anjos eram toda a tripulação
Que Ultrapassaram todo o furor
Até chegarmos à ilha da revelação!
E naquela ilha, em meio ao nada
Uma fonte era quem a mim mostrava
A vida de todos os povos em aflição
A dor que na Terra se imperava
Toda criatura já nascer condenada
As pragas do Apocalípse em confirmação.
Os conflitos que criamos por causa da cor
Pelo modo de se crê em um mesmo Criador
Arsenais nucleares controlados
Para que todos sejam iguais
Que não possam destruir nada mais além
Do que todos os homens e os animais!
É a GUERRA que chega em seu cavalo
A primeira praga em seu galope do mal
Essa foi a minha primeira visão
Naquela fonte servindo de bola de cristal.
Pelos quatro cantos da Terra:
As palavras, as promessas, os símbolos, os sinais.
O preço da vida. O custo da morte
As eternas seqüelas dos dias mortais
O prato vazio vazando miséria
Na mesa daqueles que perderam a paz!
Os dias de fogo, de dor e de pó
Nas asas e nas garras de um anjo do mal
Ele é quem traz a FOME sem dó
A minha segunda visão naquela fonte genial.
Em outra cena que se retratava
Na límpidez da água em que eu olhava
Vi as crianças nascerem infectadas
Todos os males que não têm cura
A solução que tanto se procura
A ciência de mãos atadas.
O futuro tornando-se uma coisa banal
É o progresso quem traz a PESTE santa
A terceira praga que nos alcança
A minha terceira visão na fonte de cristal.
E me veio, então, a derradeira visão
A MORTE chegando através de cada mão
E rasgava o manto da vida
O resumo de tudo... o fim da saída
Os Sete Anjos...a quebra dos selos
A resposta de Deus sem atender aos apelos!
O mar em chamas, a confirmação
A hora da verdade do dia infernal
Essa foi a minha última visão
Na água da fonte servindo de bola de cristal.