OS QUATRO SINAIS

A nau partido para o além

Além dos sonhos e da imaginação

E, meio às borrascas, todo meu temor

Sete Anjos eram toda a tripulação

Que Ultrapassaram todo o furor

Até chegarmos à ilha da revelação!

E naquela ilha, em meio ao nada

Uma fonte era quem a mim mostrava

A vida de todos os povos em aflição

A dor que na Terra se imperava

Toda criatura já nascer condenada

As pragas do Apocalípse em confirmação.

Os conflitos que criamos por causa da cor

Pelo modo de se crê em um mesmo Criador

Arsenais nucleares controlados

Para que todos sejam iguais

Que não possam destruir nada mais além

Do que todos os homens e os animais!

É a GUERRA que chega em seu cavalo

A primeira praga em seu galope do mal

Essa foi a minha primeira visão

Naquela fonte servindo de bola de cristal.

Pelos quatro cantos da Terra:

As palavras, as promessas, os símbolos, os sinais.

O preço da vida. O custo da morte

As eternas seqüelas dos dias mortais

O prato vazio vazando miséria

Na mesa daqueles que perderam a paz!

Os dias de fogo, de dor e de pó

Nas asas e nas garras de um anjo do mal

Ele é quem traz a FOME sem dó

A minha segunda visão naquela fonte genial.

Em outra cena que se retratava

Na límpidez da água em que eu olhava

Vi as crianças nascerem infectadas

Todos os males que não têm cura

A solução que tanto se procura

A ciência de mãos atadas.

O futuro tornando-se uma coisa banal

É o progresso quem traz a PESTE santa

A terceira praga que nos alcança

A minha terceira visão na fonte de cristal.

E me veio, então, a derradeira visão

A MORTE chegando através de cada mão

E rasgava o manto da vida

O resumo de tudo... o fim da saída

Os Sete Anjos...a quebra dos selos

A resposta de Deus sem atender aos apelos!

O mar em chamas, a confirmação

A hora da verdade do dia infernal

Essa foi a minha última visão

Na água da fonte servindo de bola de cristal.

DIDO SALVADOR
Enviado por DIDO SALVADOR em 03/08/2008
Reeditado em 14/10/2014
Código do texto: T1111126
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