ESTRANHA OBSESSÃO
Sentimentos não correm em tuas veias
Um ser híbrido de insensibilidade
E eu me enrosco em tuas teias
E provo toda a tua insalibridade.
E, no afã da minha vida
Afugento-me em teus braços
E me arrebento na despedida
Quando tu desfazes os laços.
E crias um espaço apenas teu
E eu fico nos braços de Orfeu
Sonhando com a tua adoração
E acordo da mais insólita solidão.
E, sobre minha estranha obsessão
Caminhas com um ar pedante
Diante da minha absurda paixão
Que para ti se torna irrelevante.
Porém, no refrão de vento
Peço ajuda a cada totem
E me vejo jogado ao relento
Pedindo que por mim eles roguem.