ESTRANHA OBSESSÃO

Sentimentos não correm em tuas veias

Um ser híbrido de insensibilidade

E eu me enrosco em tuas teias

E provo toda a tua insalibridade.

E, no afã da minha vida

Afugento-me em teus braços

E me arrebento na despedida

Quando tu desfazes os laços.

E crias um espaço apenas teu

E eu fico nos braços de Orfeu

Sonhando com a tua adoração

E acordo da mais insólita solidão.

E, sobre minha estranha obsessão

Caminhas com um ar pedante

Diante da minha absurda paixão

Que para ti se torna irrelevante.

Porém, no refrão de vento

Peço ajuda a cada totem

E me vejo jogado ao relento

Pedindo que por mim eles roguem.

DIDO SALVADOR e Maristela Campos
Enviado por DIDO SALVADOR em 03/08/2008
Reeditado em 14/10/2014
Código do texto: T1111072
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