O JUÍZO FINAL
Que velham a mim os espinhos que plantei
Pelas dores que causei
Em cada lágrima que sempre fiz rolar
Mas, que venham as flores que reguei
Na palavra amarga que neguei
Em resposta àquela que só me fez chorar
Que o meu corpo sinta o fogo em si
Por todas as chamas que criei
E , que a minha alma sinta a glória, enfim
Por tudo aquilo que já perdoei
Que venham a mim: o bem e o mal
Mas que venham só de Deus
Pois, só Dele aceito: todo mel, todo sal
E sobre tudo o que passei
Todos males que causei
Alivia-me, Senhor , no juízo final!
E no silêncio do quarto e na paz do coração
O Pai, o Filho e o Espírito me santificarão
A consciência dos meus atos me preparará
E isto é o que me deixa farto para o que virá.
Que venham a mim: o bem e o mal
Mas que venham só de Deus
Pois, só Dele aceito: todo mel, todo sal
E sobre tudo o que passei
Todos males que causei
Alivia-me, Senhor, no juízo final.