NULO SENTIDO

Eu queria da vida apenas entender seus segredos

Fale-me um pouco e me dê os pontos que a linha eu traço

Mas, você nunca pensou em mim...

E assim ainda estou e sigo

Nesta trilha sem destino, sem espaço!

Chegue e me fale do que sabe

Deixe-me mais ou menos doutor

Eu não quero continuar assim como eu estou.

Ensine-me as coisas mais simples:

Plantas respirando, dias e noites coincidem

Big-bang, esplosões de estrelas

Meteoritos pelos ares, planetas, quasares.

Fale-me sobre a criação

Do princípio de tudo ao romance de Adão

Ou se mesmo tudo é fruto da evolução!

Ano-luz de ignorância me separa de você

Eu devia morar em cavernas junto ao povo de Java

Mas, não sou nenhum guerreiro

Nem espartano por isso eu não me engano

Em matéria de saber a ti não me comparo

Ao seu lado me sinto um morto sepultado em mastaba

Sem futuro e sem passado

Que nem sei destingüir o camelo do dromedário

Pagão na inquisição com os doze trabalhos forçados

Neste jogo do saber não sou o coringa do baralho

Vem e me diz tudo o que ainda não sei...

Mostre-me tudo ou pelo menos tente me explicar

O mergulho de Atlântida, o sumiço de Babilônia

Luzes que piscam suspensas no ar!

Eu já cheguei a cobiçar os anéis de Saturno

Vê se eu existo?

Quantas coisas você tem para me ensinar:

Anjos, gnomos, amoletos da sorte e alquimia.

Vem e me ensina tudo

Eu sei que não vou entender

Pois, sou um primata em matéria de saber.

Dos vírus que são criados em laboratórios

Lucro certo encondido no segredo do H.I.V.

Chega e me diz onde a morte começa e a vida termina

Fale-me de tudo, fale-me do nada e me ensina.

DIDO SALVADOR
Enviado por DIDO SALVADOR em 27/07/2008
Reeditado em 14/10/2014
Código do texto: T1100114
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