Verdade/Mentira - 2007

Eu digo não à mentira

e toda e qualquer falácia

em que a palavra,

então, delira.

Não ouço mais a malícia,

nem boato e nem notícia.

Não tenho ouvido

pra fofoca e detração.

Meu juízo é o silêncio

e as janelas abertas.

As antenas eretas

e a mudez juramento.

Não quero mais que o momento

em que a vida se declara

e meu sentir se depara

com o acontecimento.

Não quero mais

que ver,

sem ter que crer.

Eu digo sim a verdade

de qualquer natureza

aprecio um bom fato

em minha mesa.

Posto pra meu deguste,

postas, como le gusta,

eu gosto bem das coisas

como são.

O fato é "um"

de um jeito que

as palavras nunca são.

O verbo é vão,

se tal, só vem depois

do que já foi.

Fá Gonçalves
Enviado por Fá Gonçalves em 27/07/2008
Reeditado em 30/10/2008
Código do texto: T1099739
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.