Mundo Sombrio - Episódio 8 - A Torre dos prisioneiros
A Torre dos prisioneiros era uma prisão onde se encontram as “pessoas podres”. Esse termo foi criado por Loeb, para definir os maus elementos do reino. A torre era bem larga e tinha 22 andares. Ela ficava em uma ilha a 200 metros do território do reino. Existe uma ponte de madeira que faz a conexão entre a torre e o reino.
Dustin andava sobre esta ponte em direção a torre. Ela era de um tamanho impressionante vista dali.
Dustin: Aquela é a Torre dos prisioneiros.
Ao chegar no final da ponte, haviam dois guardas parados em terreno firme, um no lado esquerdo e o outro no direito. O da direita entrou na frente de Dustin ainda na ponte, quando ele estava preste a pisar em terreno firme.
_ Identifique-se! _ disse o guarda.
EPISÓDIO 8
A TORRE DOS PRISIONEIROS
Dustin parou, ao ver o guarda em seu caminho. Ele pôs a mão no bolso e tirou um papel dobrado. Desdobrou-o e logo em seguida mostrou ao guarda.
_ Vigia da torre! _ disse Dustin. O guarda pegou o papel e o examinou.
_ Dustin... _ disse ao ler o nome no papel. Era uma ficha contendo as informações sobre um soldado. _ Eu nunca o vi por aqui._ O guarda olhou para o fim da ficha. Havia a assinatura de Ralf na última linha. _ Mas essa ficha prova que você é realmente um soldado de Seylor.
_ É meu primeiro dia de trabalho aqui. _ disse Dustin, recebendo o papel.
_ Entendo. Pode passar! _ o guarda se retirou do caminho, e deixou a passagem livre para o jovem passar.
Dustin: Realmente, eles são bem cuidadosos com o fluxo de pessoas que entram e saem dessa ilha.
O caminho até a torre era de terra com uma floresta ao lado. Após andar alguns metros, ele finalmente chegou à entrada da torre. O grande portão para seu interior estava aberto. Mas novamente havia guardas fiscalizando. Dessa vez eram cinco de cada lado e em fila. Um deles interceptou Dustin quando ele aproximou-se de entrar.
_ Identifique-se! _ disse o guarda.
Dustin: De novo...
Novamente, Dustin retirou o papel do bolso e mostrou-lhe ao guarda. Após ele conferir, abriu passagem para o jovem. Dustin entrou dentro da torre, e no primeiro momento ficou um pouco perdido. Havia uma longa sala à frente com inúmeras portas para a esquerda e direita. E antes da sala havia uma escada para subir para o próximo andar. Ao olhar mais atentamente, percebeu que havia uma recepção logo à frente. Ele foi até lá pedir uma informação.
_ Onde eu posso achar o Sr.Ralf? _ perguntou ele a um velho. Ele tinha uma cara rabugenta e assustadora. E ainda fumava um cachimbo.
_ E o que, meu jovem, você quer falar com ele? _ perguntou o velho.
_ Bem, é que ele me pediu para que assim que chegasse, fosse falar diretamente com ele.
_ Hmmm, Vejamos...Você tem uma autorização?
_ Er...eu tenho isso aqui. _ Dustin tirou novamente a sua ficha de soldado e mostrou para o velho. Ele examinou o papel.
_ Isso aqui não quer dizer nada. Refiro-me a uma autorização por escrito. Você vai falar com um líder do reino. Não é qualquer um que pode passar por aquela porta. O Sr. Ralf tem mais o que fazer do que conversar com um jovem como você.
Dustin não gostou muito do comentário. Ele olhou para a porta a qual o velho se referia.
_ Tenho certeza de que se eu encontrá-lo, ele vai tirar isso limpo para o senhor. _ Dustin seguiu em direção a porta.
_ Ei, o que está fazendo? Eu não o autorizei entrar aí.
Quando Dustin iria abrir a porta, ela foi aberta antes pelo lado de dentro. Foi então que Ralf apareceu na sua frente.
_ Sr. Ralf! _ disse Dustin ao vê-lo.
_ Me perdoe, Sr. Ralf. Mas esse jovem não quis me ouvir. _ resmungava o velho.
_ Não, sem problema. Eu realmente o havia convidado para conversar comigo. Vamos Dustin, entre! _ Ralf entrou na sala. Antes de Dustin segui-lo, ele virou-se para o velho, e deu uma risada para o velho, que por sua vez ficou irritado. Logo após, Dustin também entrou na sala.
_ Esses jovens de hoje não tem educação pelos mais velhos.
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Steve visitou sua área de treinamento. Aquele pedaço de floresta ficava um pouco afastado do centro do reino. É nesse lugar que Steve sempre faz seus treinos. Ele o freqüenta desde criança. Havia alvos pregados nas árvores.
_ Foi aqui! _ Steve lembrou-se de seu pesadelo pela manhã. Era o mesmo lugar onde ele e aquele garoto estavam. Steve olhou para o alvo de uma das árvores. Ele sabia exatamente qual era o alvo que tinha visto transformar-se em um homem durante seu pesadelo. Steve andou até o alvo e o tocou.
_ O que estou fazendo? Foi apenas um pesadelo. Nada mais. _ Steve virou-se e começou a se afastar. Foi quando sentiu um vento frio e forte vindo da floresta atrás dele.
_ Hã? _ Steve virou-se. Ao olhar para a floresta, sentiu um frio na espinha. O vento havia parado. Ele olhou mais atentamente, mas não viu nada de anormal. Uma sensação estranha tomou conta dele. Medo.
Steve: Que estranho. Tive a sensação de... Ah, deixa pra lá. Eu não acredito neste tipo de coisa.
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_ Sente-se! _ disse Ralf acomodado em sua cadeira. Dustin sentou em uma banco em frente à mesa de Ralf. Havia alguns papéis em uma das laterais da mesa. Dustin observou que eram fichas de algumas pessoas. _ São prisioneiros. _ disse Ralf ao ver que Dustin prestava atenção nos papéis. _ Alguns deles se envolveram em uma briga ontem á noite. Estamos analisando-os melhor. É provável que a pena deles seja aumentada.
_ Aumentada? Acho que se isso acontecer, eles nunca vão sair deste lugar.
_ Você está certo! Esta torre leva a fama de “fim da vida” pelos bandidos. A maioria das pessoas que entram aqui, nunca mais saem. Pessoas que cometem crimes de alto grau apodrecem neste lugar pelo resto de suas vidas. Até mesmo, se alguém roubar um alimento, pode pegar de 1 a 3 anos de prisão. A pena aqui em Seylor é realmente muita pesada.
_ Mas...é assim que deve ser, não é? _ Ralf prestou atenção em Dustin depois da pergunta. _ Por que acha isso?
_ Por que? Os crimes aqui no reino caem num ritmo acelerado com o passar dos anos. Isso é um sinal de que esse tipo de julgamento pesado está fazendo efeito. Os criminosos estão com medo de serem pegos. E com isso, suas ações são anuladas. É assim que as coisas estão funcionando.
_ Eu sei...mas...
Ralf lembrou-se de algo que fez em uma noite.
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Ralf segurava um homem pelas costas, enquanto andava pela floresta.
_ Acho que aqui ninguém vai nos ver. _ disse soltando o homem.
_ O que vai fazer?
_ Eu estou te libertando. Mas não quero que conte isso a ninguém.
O homem mal podia acreditar nas palavras de Ralf.
_ Por que?_ perguntou homem sem entender.
_ Você não é um criminoso. De vez em quando eu o vejo trabalhando em sua barraca de artesanato. Você é apenas um feirante. _ Nesse instante, uma cena passou pela sua cabeça. Um feirante abraçando seu filho, que por sua vez o ajudava a desmontar a barraca. E logo depois o feirante deu algumas moedas para o filho comprar algum alimento. _ Ande! Saia logo daqui e não conte a ninguém o que eu fiz.
_ Obrigado! _ o homem agradeceu e correu de volta para a cidade. Ralf sabia que estava fazendo a coisa certa. Ele nunca concordaria em levar um trabalhador para a Torre dos prisioneiros, só por que ele cometeu um deslize.
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...até mesmo pessoas comum sentem medo de fazer algo errado. Um único erro perante a lei, e parte de sua vida vai embora, mesmo ela sendo uma boa pessoa no final das contas. Embora este tipo de lei tenha suas vantagens, leva também suas desvantagens...Mas não foi de falar de leis que te chamei aqui. Um novato como você não precisa se preocupar com essas coisas ainda. _ Ralf pegou uma ficha de Dustin em cima da mesa. _ Realmente você teve ótimos desempenhos no teste para ser um arqueiro. Há muito tempo que eu não tinha visto uma nota de aprovação tão alta. Se não me engano, você ficou entre as 10 melhores notas da história do teste.
_ Errr...isso foi graças ao senhor.
_ Fico feliz de ter descoberto um talento como você. Agora, vamos ao seu cargo aqui na Torre. Você será um vigia externo do 15º andar.
_ Eu... não vou vigiar os prisioneiros.
_Não. Você vigiará os arredores da torre, junto com outras pessoas no 15º andar. A maioria dos arqueiros aqui na torre vigiam o lado de fora.
_ Ah... está bem.
_ Dispensado!
Dustin andou em direção à porta. Assim que a abriu para sair ouviu a última ordem de Ralf.
_ Dustin!... Não vá para as celas!
Dustin: Ele sabe?
Após ouvir o conselho, Dustin saiu em direção ao 15º andar.
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_ Sarah... eu não posso perdê-la. _ Nicolai permanecia deitado sobre a palha. _ Eu a amo. Não posso permitir que ele a leve. Não posso. Você será minha._ os olhos de Nicolai mudaram. Suas lágrimas pararam de escorrer. Seu olhar agora era sério. Levantou-se e saiu. Andou por alguns corredores até chegar em uma porta que o levou até outro corredor pouco iluminado e com apenas algumas velas acesas. A altura do corredor era de uns 7 metros.
Após alguns metros caminhando, Nicolai chegou a uma enorme porta vermelha, em forma de arco. Ele a empurrou revelando um grande salão. Assim como o corredor, não havia muita iluminação naquele lugar. A única luz presente era a que vinha da janela bem no alto da parede esquerda. Não havia uma única vela acesa.
Um longo tapete ia da porta até o fim do salão. Nicolai andou sobre ele, e passou por algumas pilastras paralelas ao tapete. Ao chegar ao fim do tapete, em que começava uma elevação na sala, ele ajoelhou-se e baixou sua cabeça.
_ Eu preciso de sua ajuda. _ Nicolai ergueu o rosto e olhou para quem estava sentado no trono. _ Mestre Francis.
Continua...