Liberdade do início ao fim e o Fim. Quinto e último conto

(Um alto sacerdote vestido de branco começa sua pregação ao ver um moribundo, este sacerdote é enviado por Deus)

(Sacerdote) -Moribundo! Ouça Esta pregação sobre os deuses! Sim os deuses.

-Filho do Poder, ilimitador do poder. Criaram leis, costumes e até mesmo um status quo, apenas para te conter. Mas és forte demais e a todos derrotou. Por adorar sua força clamo o anarquismo, onde tu reinas junto ao Caos, seu outro pai. Como o status quo visa enclausurar-te? Tolo! E tolos todos os que o sustentam, ousam um suicídio. Deuses eu os vanglorio como absolutos! E que nenhum mortal busque o bem, mas sim, que ele busque vocês!

-O poder clama por liberdade total.

-E enquanto buscarem o poder, serão anarquistas de alma!

-O anarquismo é a verdade inegável!

(Chega um ser oco de alma! Que descobriu que o Poder é falso. E a verdade é uma dúvida.)

(O morimbundo abre os olhos, e fala como um grande homem. Seu discurso é entoado em uma voz inspirada e forte.)

-Sou o herói, sou o nada. Sou o nada! O único, repito, o único capaz de destruir a Santíssima trindade do homem, pois a do "Céu" qualquer um derrota.

(esta fala é extremamente calma)

-A partir de agora tudo muda.

(O sacerdote morre com o peso das palavras do herói e seu corpo some. Os Deuses Poder, Liberdade e Caos param para ouvir.)

-Tenho o poder, mas não o desejo, nada desejo. Saiba que todo o conhecimento humano é vão, todo! Sou voltado ao nada e tudo será destruído comigo, pois tenho o poder e com este tenho a liberdade. Enfim se sou capaz de fazer algo, imediatamente estou livre para fazê-lo.

(A voz se torna forte de novo)

-A verdade é uma dúvida! E por poder os seres se corrompem e sofrem! Sepultados serão por mim, pois esta é minha vontade. E para saciá-la levarei tudo, assim como os poderosos, mas com uma diferença, não busco o poder, busco a verdade! E por isso não trarei o Caos mas apenas algo inteiramente novo!

(Um a um os deuses Poder, Liberdade e Caos, atacam e são mortalmente feridos por nosso herói)

(Os deuses moribundos se juntam na figura mais poderosa de todas, em seu último ato, a de Deus.)

(Ao avistar nosso herói, Deus cai de joelhos e chora.)

(Deus) -Como pude ser tão Cego? Não há verdade, este é o fato!

(Herói) -Nem no último momento se polpa da vergonha? A verdade absoluta que explica e motiva tudo existe seu tolo!

(Deus) -Existe?

(Herói) -É uma dúvida, ela existe!

-Seres, perdoai-o; ele não sabe o que faz!

-Neste momento, destruo tudo pela base, tudo é multifatorial, até mesmo o assassinato de um deus.

(Cessam todos os movimentos, o último foi um sorriso de nosso herói.)

(Destruição de cada elétron e sub-quarks do Universo)

(Não há mais fome)

(Não há mais dor)

(Não há mais nenhum sofrimento)

(Não há mais poder, pois todo o poder foi usado em um único ato)

(Não há mais liberdade, pois toda a liberdade foi direcionada em uma única escolha)

(Não há mais caos, pois todo o caos foi consumido por um única destruição)

(André)

Paxe
Enviado por Paxe em 26/02/2008
Reeditado em 17/05/2011
Código do texto: T876755
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