Mundo Sombrio - Capítulo 4 - Pesadelos
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Sinopse
A noite fria é marcada por lembranças, sentimentos e pesadelos.
Personagens
Melvin,Sarah,Steve,Billy,Baltazar,Cristina,Nicolai
Billy pôs seu último copo sobre a mesa. Já havia bebido uns seis ou sete copos durante a noite. Mas nada que se compare ao quanto Baltazar bebeu. Havia algumas garrafas na mesa que Billy nem havia tocado, sinal de que Baltazar bebeu garrafas em vez de copos.
Apesar de tomar muitos copos, Billy não estava bêbado, pois ele sempre acompanha algum alimento ao beber, e já é dele mesmo não ficar bêbado facilmente. O que não se pode dizer de Baltazar que já estava embriagado desde os primeiros goles. Billy o olhou observando como seu rosto parecia caído.
Billy: Também, depois de tomar todas essas garrafa, não me admira que ele fique assim.
_ Eu acho que..._ A cabeça de Baltazar girava de um lado para o outro enquanto falava. _ Acho que voltarei aqui mais vezes...eu vou...
_ Você vai para casa! _interrompeu Billy_ Acho que já deu por hoje.
_ Tudo bem...mas antes eu vou tomar mais uma...e depois mais uma...e mais uma...e mais uma _ Billy não o agüentava vê-lo falar _ e mais uma...e depois mais uma...
_ Esse cara é um caso perdido. Consegue ser pior do que eu.
Nessa hora, a porta do bar foi aberta violentamente. Todos de dentro olharam na direção da porta e viram uma mulher que gritou um nome.
_ Baltazar! _ a mulher usava um avental e tinha o cabelo amarrado. Enquanto ela se aproximava, Billy tocou no ombro de seu amigo que ainda não havia percebido.
_ Ei, Baltazar. É melhor dar uma olhada. Sua mulher está aqui. _ Baltazar parecia meio zonzo por causa das garrafas que bebeu.
_ Ah? Minha mulher? _ Baltazar olhou para o lado e viu uma imagem conhecida a poucos centímetros de distância. _ Cristina? _ disse reconhecendo-a.
Baltazar! Você faz idéia de quanto tempo estou atrás de você? Há essa hora já devia estar em casa e não bebendo por aí.
_ Querida, eu só estava...
_ Vamos pra casa! _ gritou a mulher. Billy a conhecia pouco, mas o que marcava Cristina e que todo mundo já havia reparado é seu pavio curto. Do mesmo jeito que Baltazar. Os dois se combinam.
Cristina puxou a orelha de seu marido e o levou arrastado até a porta.
_ Querida, espere um pouco. Deixe eu pelo menos tomar mais algumas pra fechar a conta. _ disse Baltazar enquanto sua orelha ficava vermelha.
_ Você nem a devia ter aberto. _ disse sua mulher chegando à porta com ele. Todas as pessoas do bar olharam a cena até o casal ir embora. Billy ainda estava sentado em sua mesa.
_ Mas que tipo de mulher mais estranha. Baltazar é um cara corajoso. Eu é que não ia pegar uma mulher dessas.
EPISÓDIO 4
PESADELOS
Melvin chegou em seu quarto e foi logo sentando na cama. Ele ainda lembrava das palavras de Sarah.
Lembrança de Melvin
Sarah: Eu tenho amigos em que posso confiar. Amigos como você. E por sinal,...você é o meu melhor amigo.
Sarah: Fico feliz de ser sua amiga.
Tempo atual
E logo após lembrou-se do beijo no rosto. Ele levantou e andou até a janela. Lá, ficou olhando para o castelo. As estrelas podiam ser vistas como um panorama ao fundo do castelo.
Nessa hora, Sarah também olhava pela janela de seu quarto, mas em direção a praia. A lembrança de sua conversa com Melvin lhe passou pela mente.
Lembrança de Sarah
Melvin: Eu sou apenas um amigo conselheiro. Eu só quero ver minha amiga feliz como sempre foi.
Tempo atual
Sarah olhou para cima, e apreciou o céu estrelado. Melvin fazia o mesmo. Ambos pensando um no outro enquanto olhavam as estrelas.
.................
_ Maldito Melvin!_ disse Nicolai irritado, pondo o copo com vinho na mesa de forma agressiva, fazendo um pouco do vinho derramar. Nicolai estava sozinho. Não havia ninguém naquele lugar. Um local fechado no castelo. As janelas ficavam bem no alto da parede, impossível de serem alcançadas a menos que tenha uma escada por perto. Havia uma sacada sustentada por algumas pilastras ao redor da sala. _ É sempre ele. Só ele a consegue fazer feliz. _ Nicolai dá um soco na mesa_ Por que sempre ele? Eu me dedico a ela mais do que qualquer um. Eu a vejo quase todos os dias, enquanto ele vem aqui apenas uma ou duas vezes no ano. E mesmo assim...e mesmo assim ele se sai melhor._ Nicolai pegou o copo e o jogou na parede. O vidro se quebrando foi o único som a ser ouvido.
Entretanto, alguns instantes depois, ele ouviu passos em algum lugar de dentro da sala.
Nicolai olhou para os lados, mas via apenas a escuridão ao fundo. Havia apenas um lustre aceso, que ficava bem acima dele. As extremidades da sala estavam na completa escuridão.
_ Quem está aí?_ o som dos passos cessaram_ Olá? _ Não havia nenhum som além da voz de Nicolai. Estava tudo em silêncio.
Nicolai: Será que foi minha imaginação?
.............
Billy andava na rua após ter saído do bar. Fazia o caminho normal para a sua casa. Já era um pouco tarde, e havia poucas pessoas na rua. Sua casa não estava muito longe. Quando chegasse, iria direto pra cama, pois seu dia foi bem cansativo.
Um gato cruzou seu caminho e entrou em um espaço entre duas casas. Billy olhou nessa direção e surpreendeu-se com o que viu.
_ Mas o que é isso?_ Billy aproximou-se da pessoa, vendo que se tratava de uma mulher. E não era uma mulher qualquer, era alguém que ele conhecia. _Kate!_ Ela estava desmaiada. Billy observou que ela tinha alguns ferimentos na pele, como se tivesse levado alguma pancada. _ Kate, o que houve com você?_ ele olhou para o corpo dela e decidiu que não ia deixá-la naquele lugar. _ Eu vou levá-la comigo.
................
Steve deixou a janela aberta, e o ar frio entrou pelo seu quarto. Mexia-se de um lado para outro com o cobertor em cima. Mas não era apenas isso que o incomodava. Estava sonhando...
Sonho de Steve
Steve: Onde estou?...
Steve abriu os olhos e viu o céu.
Steve: Um céu nublado. Igual à aquela noite.
Ele sentiu algo de estranho
Steve: O que está havendo? Eu não consigo ouvir nada.
Tudo parecia quieto. Steve desceu sua visão e viu o horizonte. Milhares de pontos sob a escuridão. A guerra se faz presente em Seylor. Via-se apenas guerra e mais guerra. Mortes sem fim. Soldados arriscando suas vidas no campo de batalha.
Steve: Esse cena... eu já a vi antes.
Sua visão desce mais um pouco e ele vê o chão. Mas ele não estava apenas olhando em direção ao chão, estava caindo. A cada segundo o o chão aumentava. Um caminho sem volta. Até o ponto em que não há mais caminho, e a escuridão consome seus olhos.
Tempo atual
Ao abrir os olhos, a primeira coisa que viu foi a janela batendo por causa do vento.
Steve: Foi só um pesadelo? Apenas um pesadelo...?
Steve ainda tinha o pesadelo em sua mente. Primeiro ele olhava para o céu, depois para o horizonte, e ao fim para o chão. Foi então que ele teve a sensação de estar caindo de um ponto bem alto.
Steve: Eu estava caindo aquela hora...? Mas não era eu.
................
Steve não era o único a ter pesadelos nessa noite. Melvin já estava dormindo há essa hora. Ele não se incomodava com o frio e nem se mexia de um lado para o outro. Ele estava completamente sereno, dormindo profundamente...
Sonho de Melvin
Melvin: Grama... onde eu estou?
Melvin viu grama. Algo incomum já que estava em seu quarto há poucos instantes. Ele levantou-se e olhou ao seu redor. Ele olhou para o céu e viu a escuridão. Era noite, parecia que ele estava em algum campo. Havia muita neblina em volta
_ Que lugar é esse?
Foi então que ele viu uma silhueta se formando na neblina à frente. Alguém estava vindo. Não era muito grande, parecia ser uma criança pelo tamanho.
_ Quem é você? _ perguntou Melvin enquanto a figura desconhecida se aproximava. Algum instante depois, podia-se ver nitidamente seu corpo. Ela aproximou-se ficando alguns metros de Melvin.
_ Olá, Melvin! Eu estava procurando por você. _ disse uma voz infantil feminina.
Melvin: O que? Quem é ela?
CONTINUA...