NÃO PRECISO DE SAIAS

FALEI ASSIM MESMO

Também a mim ensinaram essas atrocidades e outras ainda mais medonhas.

Sabe, o que eu fiz, por não me darem saias que rodam? Rodei nua, sem as malditas saias rodantes, porquanto, ao aportar nesse Planeta, oriunda do CORPO da Minha Avó, através do CORPO da Minha Mãe, EU estava NUA!!!

E, assim mesmo Protestei, Gritei, Esperneei e tals.

Para que então, preciso de saias para Praticar o Meu Livre Direito de Rodar nas Pontas dos Meus Pés?

Rodo Meu Corpo; Meus Cabelos; Meus Olhos... Rodo Meu Pensar!

Não sou escrava de ninguém, Sou Livre!

Quem tiver suas travas e quiser pratica-las, sinta-se a vontade, já eu, nem na Minha Mala tenho trava, só uma Pequena Chave, Guardada no Meu 💓.

Rodando Alegre🩰!

Rodando, Contente 💃!

Rodando FELIZ💞 !

PS:

Minha Resposta ao poema "A saia Almarrotada" em O Fio das Missangas, do escritor Mia Couto.

Adda nari Sussuarana
Enviado por Adda nari Sussuarana em 06/10/2024
Código do texto: T8167536
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