Fragmentos de solidão (meu vazio)
Sinto em mim uma solidão profunda, uma ausência de afeto que pesa como um fardo. Todos os dias procuro motivos para lidar com isso e me pergunto se a culpa é minha. Mesmo sem procurar respostas, procuro entender.
Em constante mudança, encontro coisas novas em mim, procuro um motivo para as partidas constantes, um motivo para estar sempre sozinho (muito sozinho).
Apesar de me esforçar em ajudar e me sacrificar, parece que não é suficiente. As pessoas continuam partindo, me afundando em um vazio desconcertante. Não me encaixo em nenhum grupo, sempre em transformação, mas à rejeição das pessoas(perceptívelmente), que sugerem que não mereço pertencer.
Diante desse cenário, opto pelo isolamento, choro, tento me adaptar, mas a escolha certa não pode ser feita nesta situação preocupante. A ausência de um pai, de um amigo e de alguém que amenize minha queda é muito mais forte, deixando-me sustentar essa solidão avassaladora (que me consome completamente).
As cicatrizes emocionais se multiplicam e marcam meu caminho como vestígios de relacionamentos desgastados e experiências dolorosas. Cada desafeto deixa uma ferida que parece não cicatrizar, contribuindo para a sensação de estar sempre à margem( e eu sempre "morro").
A falta de conexão persistente é um vazio difícil de preencher, como se faltasse uma peça essencial do quebra-cabeça da minha existência.
Nesse emaranhado de desilusões, percebo que a falta de alguém não idealizado é uma constante. A idealização cria expectativas inatingíveis, enquanto a realidade muitas vezes se revela decepcionante.
A busca por alguém que compreenda minhas perspectivas e permaneça ao meu lado, aceitando a mim com todas as imperfeições, toda essa matéria acumulada....
Essa carência, não apenas de presença física, mas de uma verdadeira conexão emocional( conexões), intensifica a solidão( meu vazio interno transbordando para fora), tornando a mim uma estrutura vulnerável às cicatrizes existentes em amostra.