Problemas com solução; dilema com tensão e dualidade - sem solução? J B Pereira - 10/04/2023.

Apresentação: Partimos da certeza: problema implica solução; dilema patina na dualidade e indecisão.

Vimos 4 momentos em que professor e aluno estão na sala de aula. Aprender é o objetivo. Mas, para isso, há um percurso. Que muitos chamam de currículo oculto. Ou seja, existem motivos e situações que estão na vida do aluno, da família dele, na sala de aula, o conflito com os colegas e com o professor.

O aluno é mais emoção do que razão. E tem a inteligência bloqueada por motivos contraditórios, alguns fáceis de solução, outros, mais demorados e só o tempo para determinar seus avanços na autoeducação, autodisciplina, autoaprendizagem... Mas, enquanto está conosco, precisa de nós como mediadores e atores de seus conflitos e dificuldades. Na sala, tem acontecido muita coisa que a 5 anos não aconteciam. A ansiedade tomou conta de todos, inclusive de nós, que somos também hiper cobrados.

Após essa introdução, vamos fazer uma breve estudo de casos.

Dificuldade de ouvir, dificuldades de foco, dificuldades de aprender, dificuldades de ter limites. Cada caso é um caso!

1. Caso. Você fala e ele não entende. Será que não ouviu? Será a linguagem do professor ser diferente dele? Se não ouve, não sabe como fazer, aprender, ter dúvidas. O novo de uma nova matéria gera uma tensão para aprender. E essa tensão é positiva quando o aluno consegue mostrar para si que aprendeu. Vem a autorrealização ou autossatisfação. Alegria de ter aprendido. Ele aprende e pode ensinar ao que não aprendeu ainda.

2. Ele está distraído no celular, conversando, significa que não está disponível para aprender? Desmotivado? É um momento difícil da sedução das cores, luzes e atrativos do celular .... games... O professor se sente a falar no deserto. O aluno assim está na bolha de si e distante do propósito da aula. É falta de propósito, objetivo, consequentemente, perde-se o foto e a motivação. Cabe ao professor incentivar e aplicar modos e provocar a atenção de alguns minutos nesses alunos. Tempo perdido, aluno gameizado, internauta à deriva ou acomodado à sua vontade de bolha.

3. Aprender requer apreender o objeto por parte do sujeito. Ambos são atrativos ou não. O aluno parte do princípio de que já sabe. O professor insiste em mostrar o tema, proposta da aula, ou seja, o objeto do conhecimento. Será necessário inserir o estudante na situação de aprendizagem. E se não quer, não aprende; se quer mais ou menos, nada aprende. Mas, se quer aprende e pede ajuda... Satisfação de ambos: estudantes sabe mais e professor se realiza mais ao ensinar. Somos ensinantes e aprendentes. Ambos devem se colocar no lugar do outro para apreender o saber. Saber vem de sabor no latim, sapere, sapiens: aquele que sabe ... por ter curiosidade, vontade e desejo de aprender, dar sabor e saber para dar sentido ao viver e aprender a ser ....].

4. Depois de seculos de autoritarismos, estamos a viver a contramão da história, a busca do equilíbrio. Experimentamos de tudo um pouco ou muito: indiferença ao saber, agressividade dos atores na educação, dificuldades de estabelecer o respeito e o limite. O limite deveria ser a superação de limites, mas não de desrespeito aos outros e a si mesmo. Ensinar agora é uma das profissões perigo, cheia de percalços e receios, as inseguranças estão dentro e fora de nós. Os alunos gritam, a família implora ajuda ou fica na impotência, alheia ao que vem acontecendo... Terceirizando a educação, seja o estado quando não assume as políticas públicas, seja as famílias sem condições de acompanhar os filhos dentro do sistemas que a todos vitima e oprime com o perverso salário de fome... Professores cansados, olhos frios, abandonados à má sorte... pelo sistema sem deriva ou mesquinho ou indiferente. O aluno está perdendo o limite, não sabemos o que fazer, os pais estão pedindo arrego, poucos pais conseguem direcionar ou educar o presente para a expectativa dos filhos. Pois, os próprios genitores estão sem futuro, aprisionados em seus limites ideológicos e receosos de perder o que pouco têm.

O que eles têm filhos, que são príncipes e princesas no pseudocastelo doméstico...

O professor tem dificuldade de estabelecer alguns limites, pois levam tudo ou quase tudo para o lado pessoal, agridem o professor ou aos colegas, choram por detalhes ou suas coisas, temem ou não os pais, revidam aos colegas se puderem...

Há a dificuldade de dizer, sentir e agir como sendo estudantes tão necessários à escola... Parece que a escola é um apêndice ou clube de que posso tirar vantagens, pouco contribuir... Mas, há os que já tem o sentido de solidariedade e respeito ao professor, à escola, às funcionarias, ao patrimônio.

Se não agirmos em conjunto e termos mesmos objetivos e ações, estaremos patinando ou nos lameando em cada momento sem saídas, sentindo-se decepcionados.

Contudo, ainda há tempo de fazer mais e melhor por nós e nossos alunos, para termos autorrealização e boas aulas. O futuro já começou e é agora.

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J B Pereira, Stella, Benedito, Eliana, João Paulo e Érico. Contexto EEHPC 2023
Enviado por J B Pereira em 10/04/2023
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