Vida tem sentido, mesmo quando parece anuviado...
Desde o despontar de nossa existência, o fenômeno vital e a natureza nos encantam. Esse fascínio alimenta a esperança, a alegria de viver e a curiosidade.
Contudo, adolescer nos impacta em quase todos os sentidos e se instala crises dantes, talvez, percebidas em sua agucidade e demora. Ansiedade e receios, fobias e experiências traumáticas inquietam o nosso adolescimento. Adolescemos!
O tédio e o fastio nos inquietam deveras. Rotina e regras nos irritam ... Tornamo-nos rebeldes sem causa, tantos desejos e hormônios, sonhos e conquistas nos projetam rumo ao futuro... O passado desejamos desvencilhar dele... A tradição é empecilho a nossa liberdade. Queremos mais e mais. E alçamos voos de liberdade, criatividade e novas curiosidades fora e dentro de nós, na poesia, na política, na literatura, nas amizades etc.
Estudamos obrigados... Queremos prazer, dormir, amar, logo desanimais de tudo mais...
O deserto vem onde era mar de alegrias e família, amizades... As florestas interiores cedem à aridez da indiferença, revolta, inquietações, stress, ansiedade, ódios, medos, Medo de nós e da humanidade, talvez?
Movemo-nos pelo pathos, pela paixão, pela adrenalina, pela velocidade, pela supressa, pelas festas, por descartes rápidos da cultura e do consumismo, pelo surrealismo, pelas músicas e lamentações. Alguns querem o isolar-se dos diários, das mágoas das paixões não correspondidas, outros avançam nas militâncias partidárias, outros mais vão febris aos movimentos de resistência contraculturais, ecológicos, negacionistas, reativos, conscientes cidadãos plurais e compassivos aos outros, de defesa da vida, da natureza, dos animais, fanatismos diversos de times de futebol, religiosos etc.
Período de mortes e paixões por nacionalismos e ideologias diferentes são fermentadas no coração da juventude.
Paixão vem do grego: Pathos como fogo de palha, sentimento radical que nos queima, inquieta, confunde entre amor próprio e obscurantismos, adesão ideológicas e legitimidade por direitos humanos, ser sincero e ser franco, ameaçador e indiferente ao mundo e ao familiar, alegre aos amigos e despeito ao coletivo perverso, amoroso contumaz e devagar nas compreensões culturais e direitos da comunidade e da história humana tão contraditória e ziguezagueante...
Eros segue essas marcas e pistas da paixão, purificando-se da amizade (philia do grego ou aprendizado de si com e nos outros) e do Ágape (amor maior e incondicional, sobrenatural ou transcendente, divino e maternal compromissado com a vida, paternal amoroso com a prole e com o respeito à vida...). é preciso vencer os impulsos (canalizar para o bem) , o delírio de si nas coisas não tão legais e construtivas... Urge vencer a nós contra o ódio, as raiva, a vingança, a inveja etc. Os pecados capitais devem tornarem-se em graças capitais para o bem de todos.
Amor é atitude, não sentimentalismo, elegância fértil, construtiva, libertadora, terapêutica, . Pleinifica o coração. O amor vem o perdão, doação, mutirão, amor à vida, não ao aborto e contra a eutanásia, contra a tortura, contra a pena de morte, o cristão não pode aceitar isso, essa mentalidade farisaica, hipócrita, obscura, perversa de desrespeito a vida em nome de estado, poder, seguranças, partidos, elites, ideologias etc. . Amor rima com alegria, justiça social, doutrina social da Igreja Católica, solidariedade, paz, mediação de poderes, tolerância, amizade, bondade, honestidade, igualdade, fraternidade, parceria.
Isso, amor como amizade vem de Philia, no grego, parceria, socius, aprender a ser e viver com e para os outros, ser com os outros, ser social ativo, ecológico, crescer nas virtudes políticas, sociais, culturais, teológicas, bíblicas e religiosas. O eu se constitui ou se constrói com o outro diferente de si, a alteridade. Não há identidade sem alteridade, sem respeito pelo diferente, quem quer que seja...
Somos essa grande ou próxima rede de convivialidade fundamental e fundante da vida e do fazer-se cotidianamente capazes... Vioda que demanda e aprofunda viver e depender para ser e ter melhor sem oprimir ninguém, nem machucar-se a si e aos outros, nem os animais e nem ao verde da vida e da natureza. Somos ser-no-mundo, Dasein, ser da natureza, ser com os outros, ser com Deus...
1. Qual a diferença de ágape, eros, pathos e philia?
2. Por que se perde o fascínio da vida?
3, Como recuperamos o amor e o sentido à vida e à convivência?
4. Que dimensões do ser embalam seu viver? O que ainda precisa fazer para humanizar a si e aos outros, defender a vida e à ecologia, aproximar-se de Deus?
Conversão, conversio, metanoia, mudar de direção, para ser mais inteiro, feliz, fraterno, ético, ecológico, oracional, teológico... socialmente coerente e elegante