CAPÍTULO ZERO (Os Treze Mistérios) / Romance-Suspense

CAPÍTULO ZERO

 

 

“O sucesso da minha existência

Está ligado do exercício da fé

Pois se ela remove montanhas

Também traz grana e um monte de mulher

 

Pois eu transformo água em vinho, chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel, pra mim, não existe impossível, Pastor João e a Igreja Invisível...”

 

Raul Seixas e Marcelo Nova

(Pastor João e a Igreja Invisível)

 

 

10: 10 – Sinal de mudanças positivas, saúde e harmonia.

 

Foi o que apareceu quando eu consultei as horas iguais, depois de este fenômeno ter acontecido novamente.

Desenvolvido por uma irrmã no sul da França, na última década do século XV. Estava iniciando-se a prática de um grande erro, que a humanidade jamais perdoaria.

 

Foi publicado o livro “Malleus Maleficarum, Maleficas & earum haeresim, ut framea potentíssima conterens”, que é bastante falado na mídia profana, apesar de bastante distorcido nas discussões, pelo mal hábito de os profanos gostarem muito de falar aquilo que não sabem e usam onomatopeias extravagantes para reforçar sua certeza e crença em determinada opinião.

 

Ontem um rapaz, que parecia ter uns trinta anos me abordou na frente da igreja de Santa Cecília no Centro de São Paulo, com um panfleto de um candidato da dita esquerda, que não passa de uma caricatura de mal gosto do Lula. Ele estava com alguns outros rapazes, que, na minha época de militância pueril eram os caras mais descolados da Universidade. Não dei muita atenção para ele. Pelo olhar frenético e as frases decoradas e repetidas em velocidade, nitidamente sua mente ainda está longe da libertação. Tenho uma missão a cumprir, não posso perder tempo.

 

Me lembro bem, quando, na Primeira Conferência Nacional de Juventude, em Brasília, o Lula tinha conseguido um feito que mudaria para sempre a história do Brasil, e, se isto foi feito uma vez, pode muito bems ser feita novamente. Eu não sei se ainda tenho a carta que, supostamente ele teria escrito para nós, em algum dos meus e-mails, sempre deixo pra procurar mais tarde, porque aprendi a “intimizar" a mensagem.

 

Intimização é uma técnica de compreensão da mensagem a partir de sua ideia profunda, descascada de todos os preconceitos que se possa ter, avaliada a fundo, duvidando sempre de cada ponto e perguntando-se a cada momento se o passo que está sendo dado é Justo e Perfeito, ou não.

 

Justo é aquilo que é correto, é bastante simples de se compreender. Perfeito vem do Latim perfectum e significa Feito até o Fim. A partir de agora, toda a sua compreensão sobre o mundo, muda ao seu redor. Este é o início do segredo que começa a ser desvelado na Câmara de Reflexão, depois do chamado "Irmão Terrível” te jogar num calabouço, portando uma espada afiada.

 

No calabouço, o papel do seu testamento para o dia em que você trair a fraternidade, dizendo para quem deve ser destinado os seus bens caso você morra, a partir daquele dia. A partir deste dia, a sua esposa vira a cunhada de todos os irmãos, que zelarão de seu bem estar em todos os momentos com toda a sua rede de contatos, nunca ficando desamparada em um momento de dificuldade.

 

Dentro do calabouço, com direito a estrutura de pedras, grades de aço, ratazanas e tudo o mais, com um crânio humano real, amarelado em cima de uma mesa de madeira úmida. Na sela, água pelos tornozelos.

Alguns avisos ao “candidato”. Dentre eles, o de que, se trair a fraternidade, todos os maçons do planeta se virarão contra si, e, com sorte, terá uma vida de perseguição e dor.

 

Seus filhos e filhas passam a serem tratados como Sobrinhos e Sobrinhas, e esta é sua nova família. A anterior, passa a ser segundo plano, caso não se adeque aos seus novos parâmetros de vida que são condicionados e direcionados a serem os mais impolutos e exemplares, dignos de um cidadão do mais alto nível, qualificado para dirigir qualquer situação de risco que envolva grandes responsabilidades sendo sempre guiado pelos princípios de construir tudo com justiça e perfeição, assim como os grandes Templos Antigos.

 

Basta olhar para a Santa Casa de Misericórdia, a Catedral da Sé, a base do Viaduto do Chá e diversas outras construções históricas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Uma pedra para encaixar na outra precisa adequar-se a ela, que se for disforme, é praticamente impossível encaixar-se com perfeição, tamanha a capacidade do Grande Arquiteto do Universo de criar ornamentos para embelezar o Planeta que Ele deu gratuitamente para nós, tamanha Sua Benevolência.

 

Então, para que uma parede possa ser erguida de forma a ficar forte e bela, todos os blocos precisam ser modelados e polidos a partir de um longo e tortuoso processo de busca pelo autocontrole pleno das emoções que são as molas propulsoras do caos em nossas vidas.

 

As emoções são o que nos fazem humanos, são o que nos fazem belos. Somos perfeitos apenas por existirmos, somos perfeitos porque somos criação de Deus. Deus fez cada um de nós do jeito que decidiu fazer, cada um com suas peculiaridades, que, naturalmente não se encaixam às peculiaridades de cada um de nós.

 

E é por isso que cada um precisa ter o seu próprio espaço, para poder viver de acordo com sua própria maneira, e, dentro da esfera coletiva, precisamos respeitar um código de conduta aprovado por um processo que vem sendo desenvolvido ao longo dos milênios que chama-se democracia, que, já causou bastantes problemas para ser mantida, mas, vem sobrevivendo a tiranos à bastante tempo, desde os tempos dos deuses-reis Xerxes e Ramsés II até a chegada do Bozó, que será superado, também.

 

A palavra maçom significa pedreiro. Pedreiro do Grande Arquiteto do Universo, que, no Rito Adhoniramita é chamado abertamente de Deus, por sua natureza Templária com traços fortíssimos de Xamanismo, talvez por isso seja criticado pelos "escoceses" e "ingleses" que gostam de algo mais formal e tangível.

 

Os conhecimentos indígenas aprimoraram o que os jesuítas trouxeram para as terras do que eles decidiram chamar naquele momento de Ilha de Vera Cruz, e depois, de Terra de Santa Cruz, mas, os Tupis já chamavam de Pindorama. E com a troca de conhecimento entre civilizações tão distantes, nasceu este rito que buscou preservar tudo o que foi compreendido como sábio, dos povos que foram possíveis ter-se contato pacífico.

 

Os Adhoniramitas são os decendentes dos Cavaleiros Templários, que caíram numa sexta-feira treze, quando o irmão Jaques Demolay foi derrubado na França e receberam asilo do rei de Portugal Dom Manoel. Os Cavaleiros Templários tornaram-se, então a Ordem de Cristo, e juraram lealdade ao rei.

 

Dos Campos de Batalha, passaram a dedicar-se aos estudos cristãos, e viver em comunidade, já que eram celibatários, foi onde desenvolveu-se a prática teosófica.

 

Estou à caminho da antiga Vila de Paranapiacaba, cidade magnífica construída com a diligência dos irmãos ingleses a pedido e expensas do querido irmão Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, e tive o prazer de viajar ao lado de dois pedreiros, ou, como chamamos: "Mestres Operativos", no trem, após ter mudado do assento preferencial onde eu estava, porque, não sei quem foi a besta, que colocou o assento preferencial posicionado de lado no vagão do trem.

 

Os engenheiros e designers não compreenderam que pessoas com mobilidade reduzida podem ter problema na coluna e o balanço do trem, devido ao acelera e freia, causa efeito de pêndulo na coluna, machucando e causando lesões e dor.

 

É impressionante o quanto seres humanos são capazes de desprezar coisas óbvias por dinheiro. Não consigo compreender tanta burrice. Tanta burrice só pode ser proposital e extremamente maléfica.

 

Eu fico imaginando o caos que seria para o governo que aí está instalado no Governo do Estado de São Paulo há cerca de trinta anos, quando o povo começasse a processar o Estado para pagar indenização por danos físicos e morais pelo descalábrio que acontece no transporte público paulista.

 

E eu estava com dor nas costas e reclamava delas, o nervo ciático agora deu pra viver inflamado e doendo. Ao vagar ao meu lado um assento comum virado para frente, eu troquei de assento e fui para ele, ao meu lado, na janela, um outro homem, depois fui saber, pedreiro também, muito solícito que me convidou para sentar-me ao lado dele, com pequenos gestos. Aceitei prontamente o convite e agradeci. Graças a Deus! Minhas costas já não aguentavam.

 

O trem parou na estação Mooca, e o pedreiro mais velho entrou e sentou-se no assento preferencial à minha frente, exatamente do qual eu estava reclamando, antes de me mudar de lado ficando virado para frente, lado corredor.

Eu estava me queixando das dores que estava sentindo nas costas, que eram insuportáveis, e o quanto elas me faziam eu me sentir um inútil, pois já não conseguia fazer aquilo que fazia quando tinha meus dezenove anos, era atleta e já acordava fazendo flexões e abdominais.

 

Ele sorriu... E decidiu aceitar o convite para o diálogo.

 

- Eu tenho sessenta e nove anos e cinquenta e seis anos de profissão, tenho problema no nervo ciático, érnia de disco, quatro pinos nas pernas e quero trabalhar até o dia que Deus me permitir!

 

A curiosidade tomou conta da minha mente. Aquilo era uma coisa para mim, absurda. Eu me sentia uma pessoa privilegiada por ter meus direitos trabalhistas e previdenciários resguardados em meio a uma sociedade, em grande parte, injusta, principalmente no aspecto social.

 

Eu entendia que pessoas como ele deveriam estar desfrutando de sua aposentadoria da forma que planejou em sua juventude, fosse com sua família em uma chácara do interior, ou em uma casa de praia, como a maior parte das pessoas gosta de fazer, ou até os sonhos mais exóticos como comprar um barco e viver nele em Ilha Bela, ou em um trailer nos Estados Unidos, ou viajar em uma Kombi, como fez uma amiga minha.

 

Ele dizia revoltado, porém, sabiamente tranquilo, com a paciência de quem já não briga com seus obstáculos, sabe contorná-los muito bem:

 

- Hoje existem apenas pedreiros que não sabem o valor de ser um profissional livre, que realiza o sonho das pessoas de terem uma casinha pra viverem com suas famílias, e não têm o dinheiro de pagar um profissional do mercado de hoje, que está acostumado a trabalhar para construtoras, com um salário alto e cheio de benefícios para fazer uma coisa só.

 

O outro pedreiro que estava ao meu lado, sentado para o lado da janela seguiu:

 

- Desculpe eu entrar na conversa, meus irmãos, é que eu estava ouvindo aqui, e achei a conversa interessante. - Nós dois consentimos dando as boas vindas ao novo membro do diálogo de viagem de trem de subúrbio. Começou a discorrer:

 

- Eu tenho cinquenta e seis anos e sou pedreiro, também. O que o senhor está dizendo é a maior verdade. Hoje o trabalhador está sufocado numa favela, e ninguém deveria querer morar em uma favela, com todo respeito a quem gosta.

 

De fato, as pessoas ficam à mercê da vontade alguém, quando não moram nas partes ditas, nobres, da cidade, que são tomadas por conjuntos de apartamentos que mais parecem aparelhos de ar condicionado, no qual as pessoas vão ficar trancafiadas e estressadas para o resto de suas miseráveis vidas.

 

Nada contra quem gosta, também, eu apenas acho um convívio inóspito, pelo o menos para mim que não suporto a mim próprio, quem dirá outras pessoas ao meu redor. Eu gosto de seres humanos, são fascinantes, e é por gostar tanto que defendo sua autonomia e direito à individualidade que é um direito de personalidade.

 

Cada um tem o direito de morar numa casa que lhe faça sentido, que tenha significados, valores, como por exemplo aquela cadeira do avô, a cama da vóvó, a mesa em que nos reuníamos para tomarmos café da manhã em conjunto.

 

Hoje até os móveis são de papel, e caros, não podem durar, porque as pessoas precisam aprender a apegarem-se apenas a valores monetários, não a seres humanos. É fácil escravizar pessoas famintas e mal alojadas que se culpam pelo próprio fracasso.

 

Um sistema que escraviza as pessoas e as fazem correr atrás do próprio rabo, sempre endividadas, escravas de bancos e de instituições de créditos que parcelam peças de papelão para a casa em milhares de vezes.

 

As pessoas precisam de móveis, e a sociedade exige que sejam bonitos, afinal, as bençãos de Deus vêm em forma de prosperidade financeira, para esta sociedade implantada pelos facínoras que estão no poder.

 

Então as pessoas parcelam, e endividam-se no cartão de crédito, boletos e empréstimos, e isso vai virando uma bola de neve. E isso sempre acontece a cada “crise financeira” criada para construir o maior fenômeno de transferência de renda já visto na história, só que, ao inverso, transferindo a renda de milhões de seres humanos para os bolsos especulativos do Ministro da Economia. O profano de avental que ocupa o cargo de Ministro da Economia.

 

Que, como um vampiro, suga o sangue de milhões de pessoas que acreditaram no discurso odioso de um anjo caído, que decidiu rebelar-se contra seu próprio Pai Criador e cheio de amor, por achar-se superior a Ele.

 

Lúcifer, pra ganhar a presidência da República, prometeu prosperidade financeira, aos que acompanhassem, mas, os incautos encontraram a fome e a miséria, as dívidas, a escravidão por dívidas, o sofrimento da condução lotada por pessoas de diversos lugares do país e do mundo que estão todas suportando aquele sofrimento em busca do mesmo sonho: sobreviverem.

 

E a mesma coisa acontece com o chamado Mercado Imobiliário. Eu jogava esse joguinho quando eu era criança, mas, não imaginava que o pessoal da minha geração iria levar isso tão a sério quando crescesse.

 

Os bairros charmosos de São Paulo estão morrendo por conta deste avanço desenfreado e descriterioso, e está ignorando totalmente o déficit social das periferias de São Paulo que estão muito grandes para serem consideradas periferias.

 

Os aglomerados periféricos já são senzalas há muito tempo, a ponto de várias populações das periferias já terem até apelidado os ônibus que as transportam para seus empregos de “negreiros”, fazendo alusão aos navios negreiros do tempo da escravidão ou então “cata osso” remetendo aos carros que transportavam os cadáveres dos campos nazistas de Auschwitz. Atualmente, seu novo apelido carinhoso é: HUMILHANTE.

 

Um trabalhador pergunta ao outro:

 

- Você vai de humilhante?

 

O outro responde:

 

- Não, hoje vou de UBER, é dia de PAGODE! – Referindo-se ao dia de pagamento.

 

Cenários de guerra diuturnos terríveis, onde todos os tipos de atrocidades próprios de uma guerra estão presentes, como mutilações, espancamentos, linchamentos, extorsões, torturas, tráfico de drogas, exploração sexual, violência doméstica, homicídios, corrupção policial, formação de milícias e grupos criminosos, poder paralelo governamental, corrupção política, o verdadeiro inferno.

 

De forma que as pessoas vivem com medo de tudo, encontrando como único consolo, afinal, não têm tempo mais para nada, os cultos e os programas de canais evangélicos que falam de Deus e leva de bandeja as notícias sobre a criminalidade crescente constante, que se estampa nas manchetes dos jornais de “espreme e sai sangue”.

 

Juntando com uma alimentação entupida de sódio, gosduras trans e outros produtos cancerígenos que vão mutilá-las e depois matá-las antes que possam receber suas aposentadorias, ou, que possam desfrutar o mínimo possível, para que a previdência social fique “saudável financeiramente”, tem-se a fórmula perfeita para a escravidão mental.

 

- E É por isso que agora - o pedreiro mais velho seguiu falando - a cada dia que passa, as casas também estão morrendo, e apenas estão levantando prédios e barracos. Assim fica fácil delimitar bem quem é que manda, e quem é que é comandado. Os escravos com maior nível de sofisticação intelectual, moram em “unidades” com um pouco mais de conforto, em convívio com escravos do “seu nível social”, enquanto os escravos destinados aos trabalhos sujos e braçais moram há dezenas de quilômetros da civilização para não emporcalhar a ilusão de civilização de um grupo de hipócritas. E nesta juventude, grande parte dos pedreiros são escravos de construtoras, com carteira carimbada, uniformizado, com o apelido de infância trocado por um número no departamento de RH, que controla todos os seus passos, inclusive seus batimentos cardíacos, pronto a burlar qualquer direito seu para cortar custos para o seu patrão e assegurar a prestação de seu apartamento, carro, sapatos e cosméticos. Não sabem mais levantar uma casa, e trabalham apenas por dinheiro. Tanto que hoje a gente vê muito pedreiro que não tem uma casa pra morar. Aquele mestre contava com amor e felicidade que já havia entregue, em sua vida, mais de cem casas inteirinhas, com todos os detalhes tão bem feitos que nunca deram problema nenhum.

 

Reclamava que hoje as pessoas só querem coisas que seja muito rápidas, como "fast food", e é por isso que caem em golpes. Que nunca vão pra igreja rezar ou fazer oração, e quando querem ir, é comprar sua salvação com algumas notas de dinheiro ou bens materiais. Hoje, aceita-se até PIX no grandioso monumento ao Faraó do Brás, que desistiu de construir pirâmides e agora rouba símbolos sagrados para enganar mentes corrruptas . A maquininha de cartão ainda é usada por lá, apesar de já estar ultrapassada.

 

E com isso enriquecem algumas bancas de feira que chamam equivocadamente de igrejas.

 

Certa vez ouvi um repente cujo mote me fez refletir bastante: “No Comércio da Fé Jesus não passa de um Produto Vendido à Prestação”. Com certeza, pelos Judas de hoje Ele seria leiloado na Bolsa de Valores. Os falsos cristãos acusam os Maçons exatamente daquilo que os próprios fazem, enquanto emporcalham o Brasil com suas mentiras.

 

Alguns profanos de avental, ao invés de combaterem a tirania, são conselheiros do próprio Faraó que ocupa o Palácio do Planalto e submete o povo à fome, à loucura e ao abandono.

 

A conversa com os pedreiros, mestres operativos, continuou até nos despedirmos na Estação Prefeito Celso Daniel, em Santo André, cada um para seu destino, cada qual para sua vida e seus afazeres...

 

É ano de eleição presidencial, e, mais uma vez, eu sei exatamente qual o rumo que o Brasil vai tomar, depois de tantas coisas previsíveis que vêm acontecendo desde sempre. Tantos eventos batidos e rebatidos, explicados e criticados por tantos pensadores ao longo dos tempos.

 

A realidade é que o povo não gosta de pessoas honestas e diligentes que venham resolver o problema. O povo comum gosta de soluções simples, seja com o “tem que acabar com isso daí”, seja com os “shows da fé” ou com a “picanha e cerveja aos domingos”, que o povo quer tanto quanto os hebreus quiseram cebolas e pepinos na saída do Egito.

 

Eu, particularmente, decidi me abster quase que por completo destas eleições e isso já faço há anos. A última vez que votei em alguém, foi no Bisneto do Barão de Água Branca, quando ele se candidatou para prefeito pela última vez.

 

Já há muito tempo não acredito mais neste teatro que é a República Brasileira, que não passa de uma triste invenção de um corno alagoano revoltado e sua trupe de imbecis. É impressionante o poder que tem a união de um xibiu, um imbecil e um par de chifres.

 

O povo realmente não gosta de gente honesta, gosta de soluções simples, rápidas e mágicas. Se, realmente, o povo gostasse de gente honesta, Dom Bertrand estaria sentado no trono do Império do Brasil, e começaríamos, todos, como um povo de verdade, a reconstruir o país com trabalho e seriedade.

 

Mas, o povo gosta de furar a fila do SUS e vender votos por consultas e cirurgias para candidatos, ou, por empregos, milheiros de tijolos, pagamento de contas de luz atrasadas, botijões de gás, dentre outros presentinhos, que já substituem os espelhos que agora já são comuns e sem valor, assim como o sal.

 

Triste é saber que com meus versos e bravatas, ajudei, no passado, a construir esta porcaria que aí está... A REPÚBLICA BRASILEIRA! Sem qualquer Amor, apenas: Desordem e Regresso.

 

O celular está tocando... Bendito seja Graham Bell, que inventou este treco, e Dom Pedro II, que descobriu Graham Bell, e bendito seja o Barão de Mauá que promovia todas as “loucuras” do imperador.

 

- Alô? - Atendi a ligação em tom de pergunta, apesar de já saber do que se trata.

 

- Boa tarde, amado e querido irmão, tudo Justo e Perfeito?

 

- Sim, Sereníssimo, em ambos os pilares. - Respondi de pronto.

 

- Está chovendo por aí, meu amado irmão?

 

- Está estiado, Sereníssimo, e em meu relógio os ponteiros marcam doze horas. Estou de Pé e à Ordem para vossas instruções, como devo proceder?

 

- CONTINUA... -

 

 

 

Graciliano Tolentino
Enviado por Graciliano Tolentino em 26/08/2022
Reeditado em 26/08/2022
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