Sexo, drugs e homossexualidade
Sobre como o sexo afeta emocionalmente.
Sobre o uso de drogas como medicamento.
Sobre como mulher+mulher se desejam.
Um vazio foi preenchido quando ele entrou dentro dela. Uma dor foi levada pra longe quando elas se tocaram embaixo do lençol. O corpo subiu e alcançou dimensões de alto prazer e luxúria. Era quente e luzes piscavam quando eles fechavam os olhos. As veias pulsavam e o sangue fervia, esquentando suas peles. Muito insaciável, ritmo acelerado, suor escorrendo, molhava, pingava, esguichava. Então explodia. Depois era a pressa, o vestir as roupas sem se olhar nos olhos, o corpo agradecendo, a alma perdida e sem companhia pra dormir abraçada. O momento pareceu ter durado um minuto, mesmo tendo sido oito horas seguidas.
Uma bomba estourando em seus ouvidos. Um grito querendo sair e um silêncio ensurdecedor. A perna balança inquieta, o choro saindo pela boca. Eles não entendem o que tem passado. A fumaça te abraça e acalma. Vamos comemorar juntos, não deixar que elas nos use, só usá-las. Pula, dança, canta e chora. Se sente infinito. Fica tranquila, se solta e fala o que quer. Lembrando de Amy, Mack, Bob, Charlie, ouvindo seus sons. Olha em volta, a natureza é sem erros, e eles fazem parte dela. A gratidão envolvida. A tristeza carregada a cada tragada.
Ela passa, o cheiro dela ficar no ar, na altura do nariz. Inspira fundo e sente seu sabor. O desejo é algo sólido, macio e tentador. Parece muito certo, se torna natural. O olho não é mais olho, é flerte. A boca não sabe falar, parece um filme e ela não consegue parar de assistir. Morde o lábio, nessa hora queria ser seu gloss. O cruzar das pernas faz imaginar a pele suave em que habita. Imagina a pele, imagina as duas peles juntas. A respiração quente, rente ao pescoço, lhe sussurrando algum segredo bobo, uma risada, uma piscada. Joga o cabelo e faz pose. Enquanto sentada chama com o dedo e penetra os olhos. Cada parte do seu corpo convida, e quem vai recusar?
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emillybuscaroli