Mulher e arte. O papel feminino: na Revista Pesquisa FAPESP de jan. 2022
Comentário e resumo
J B PEREIRA
27/01/2022
O artigo O papel feminino, na história da arte modernas, evidencia de um lado o difícil reconhecimento das nossas musas pintoras jovens em 1922. Estudos da época evidenciam nelas a criatividade e ousadia de intelectuais capazes de mobilizar público-alvo, além de conquistar patrocínio para suas exposições inéditas. A socióloga Ana Paula C. Simioni do IEB-USP fez o estudo ou a pesquisa sobre Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Regina Gomide Graz, ao evidenciar suas diferenças e semelhanças na obra: Mulheres modernistas: Estratégias de consagração na arte brasileira (2022). Dentre os resultados interessantes de mérito dessas escritoras, evidenciou a luta constante contra o ego masculinista e patriarcal, que as incomodavam em sua trajetória artística. Fica evidente os processos históricos de desigualdades de gênero, hoje novo para contextualizar os estudos da história da arte, segundo a opinião de Christina Queiroz, articulista nesta matéria ou temática; O Papel feminino na Revista Pesquisa FAPESP, de janeiro 2022. Não só no Brasil, há o empecilho e não escolha de obras das duas primeiras pintoras acima citadas em Museu de Arte de NY, que nem sequer quis adquirir as obras dela na coleção de arte moderna latino-americana, segundo a pesquisa de Simioni. Para Maria de Lourdes Penteado, o modernismo brasileiro teve sua repercussão sob a égide do triunfo da modernidade (tarde, segundo Silviano Santiago e outros teóricos). O consenso geral é que a modernidade é eivada ambiguidades entre o novo e o velho, entre o progresso e o conservador em relação às mulheres. Ou seja, ainda há vieses de discursos tradicionais da feminilidade e subordinacionismo. As mulheres são deixadas em segundo plano ou rejeitadas, artistica e profissionalmente, por seus maridos e parceiros. Nos séculos XIX e XX, as escritoras e artistas tiveram embargos e exclusão de sua presença e obras na cultura brasileira. A obra de Anita entre 1915-1916, traça pinturas de perfis masculinos e homens negros do Brasil: estudos do e sobre o homem. Isso as levava a se organizarem com associações e vanguardas ou bandeiras de emancipação, votar, divorciar, autonomia feminina e outros direitos de ser diferente, de andar na moda, escrever e participação política e ideológica, aos poucos, com idealismos e utopias libertatórias em imprensa delas ou com seus próprios recursos. Tais questões estão em artigos e livros da Companhia das Letras (2022) como o Papel de escritoras mulheres no contexto histórico da Semana de Arte Moderna (1922)
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