Foto antiga e nova para nós e seu ressignificado ... na psique e na vida ou memórias coletivas

Citações abaixo de

https://www.gewebe.com.br/pdf/cad17/texto_02.pdf

_______________. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade

técnica. Trad. Gabriel Valladão Silva, revisão técnica Márcio SeligmannSilva, 2013.

"―Fazer da monstruosa aparelhagem técnica de nossos tempos o objeto da enervação humana – é esta a tarefa histórica em cujo serviço o cinema tem seu verdadeiro sentido.‖ (BENJAMIN, 2013, 102; BENJAMIN, 1974, 445) No cinema, a humanidade poderia também testar novas modalidades de convívio intra-humano e com a natureza e, dessa forma, ensaiar – ludicamente – seu futuro."

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" ‗ Ler o que nunca foi escrito‘ é afirmado em Hoffmannsthal. O

leitor no qual deve-se pensar aqui é o verdadeiro historiador."

(BENJAMIN, 1974, 1238).

"Continuemos a passagem de Baudelaire: " Que ela salve do esquecimento as ruínas decadentes, os livros, as estampas e os manuscritos que o tempo devora, as coisas preciosas cuja forma irá desaparecer e que pedem um lugar no arquivo de nossa memória, ela terá nossa gratidão e será ovacionada.5"

(BAUDELAIRE, apud ENTLER, 2007, 10)

nota explicativa 5

"Benjamin alude a essa passagem em ―Sobre alguns temas em Baudelaire‖: ―[Para Baudelaire] A fotografia pode se apoderar, sem ser molestada, das coisas transitórias, que têm o direito ‗a um lugar nos arquivos de nossa memória‘, desde que se detenha ante os ‗domínios do abstrato, do imaginário‘‖. (BENJAMIN, 1989, 138)

"Objetos que se seguem um ao outro ou cujas partes se seguem

uma a outra chamam-se em geral ações. Consequentemente as

ações constituem o objeto próprio da poesia."

(LESSING, 2011, 195)

LESSING, G.E. Laocoonte. Ou sobre as Fronteiras da Poesia e da

Pintura. Tradução M. Seligmann-Silva, São Paulo: Iluminuras, Segunda

edição, revisada e ampliada, 2011.

"―O que torna as primeiras fotografias tão

incomparáveis talvez seja isto: elas

representam a primeira imagem do

encontro entre a máquina e o homem."

Walter Benjamin

As fotos nos contam momentos da história pessoal no contexto coletivo inegável e o valor da vida em seus efeitos mais maravilhosos de que não daríamos conta apenas meditando, às vezes.

J B Pereira

__________

_______________. Obras escolhidas, v. I, Magia e técnica, arte e política.

Trad. S.P. Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985.

_______________. Obras escolhidas, v. II, Rua de mão única. Trad. de

R.R. Torres F. e J.C.M. Barbosa, São Paulo: Brasiliense, 1987.

_______________. Obras escolhidas, v. III, Charles Baudelaire, um lírico

no auge do capitalismo. Trad. de J.C.M. Barbosa e H.A. Baptista, São

Paulo: Brasiliense, 1989.

A fotografia em Walter Benjamin: a “dialética na imobilidade” e a

“segunda técnica”

(...)

Mas a arqueologia dessa crise é feita por Benjamin antes de mais

nada em seus estudos sobre Baudelaire. Em Baudelaire, Benjamin pôde

perceber, para além do crítico da fotografia que via nela uma proximidade das massas (aspecto que Benjamin julgava positivo), alguém que notou sua tendência a se aproximar da ciência, ideia muito cara a Benjamin, que via na fotografia uma espécie de triunfo do aspecto técnico da obra de arte.

Baudelaire anotou no seu ―O público moderno e a fotografia‖:

"A poesia e o progresso são dois ambiciosos que se odeiam de um

ódio instintivo, e quando se encontram no mesmo caminho, é

necessário que um sirva ao outro. Se for permitido à fotografia

substituir a arte em qualquer uma de suas funções, ela logo será

totalmente suplantada e corrompida, graças à aliança natural que

encontrará na tolice da multidão. É preciso então que ela retorne ao

seu verdadeiro dever, que é o de ser a serva das ciências e das

artes, a mais humilde das servas, como a imprensa e a

estenografia, que nem criaram e nem suplantaram a literatura. Que

ela enriqueça rapidamente o álbum do viajante e devolva a seus

olhos a precisão que faltava a sua memória, que ela ornamente a

biblioteca do naturalista, amplie os animais microscópicos, ou

mesmo, que ela acrescente ensinamentos às hipóteses do

astrônomo, que ela seja enfim a secretária e o guarda-notas de

quem quer que precise, em sua profissão, de uma absoluta

precisão material, até aí, nada melhor."

Cadernos Walter Benjamin 17

Professor titular de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem, IEL da

Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Brasileiro, residente em Campinas – SP.

Email: m.seligmann@uol.com.br

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A TEORIA DA FOTOGRAFIA EM WALTER BENJAMIN NA ERA

DA SÍNTESE TÉCNICA DE IMAGENS

Márcio Seligmann-Silva

―O que torna as primeiras fotografias tão

incomparáveis talvez seja isto: elas

representam a primeira imagem do

encontro entre a máquina e o homem‖.

Walter Benjamin

RESUMO

O texto apresenta a teoria da fotografia de Walter Benjamin e discute as suas implicações hoje, na era digital. Ele mostra a relação entre a teoria da fotografia e a teoria da memória e da história, em Benjamin e nos dias de hoje.

Palavras-Chave:

Fotografia. Teoria da fotografia. Segunda técnica.

Fotografia digital. Reprodução técnica.

Professor titular de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem, IEL da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Brasileiro, resid

J B Pereira e https://www.gewebe.com.br/pdf/cad17/texto_02.pdf
Enviado por J B Pereira em 14/08/2021
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