O REINO ENCANTADO

A menina vivia feliz , com sua família, numa casinha de sapé. O chão era de terra batido. as paredes eram troncos de arvores, amarradas com cipó. A noite via o clarão da lua.

A luz era um lampião a querosene, ou velas.

A muitos quilometros dali tinha, uma venda, que se achava de tudo q precisava.

As carnes eram as caças, de lebres, pássaros enormes e peixes do ribeirão. O arroz e feijão eram plantados pelo pai.

Havia mel, que o pai e a mãe tiravam, dos enxames nas árvores.

O palmito, também era farto. Água buscava na mina, ali por perto.

As poucas roupas eram lavadas, no rio. As nessecidades eram feitas em um pênico, depois jogadas no mato por ali não muito longe.

Tudo era tão bom. A menina acordava, com o canto das aves.

O café era ralo e bem docinho. Leite não tinha. comia mandioca cozida, com o café, ou polenta. Preparados no fogão de tijolo a lenha.

Quando geava a mãe colocava limonada numas vasilhas, deixadas la fora, que se transformavam em picolés.

Ela era a mais velha de 10 irmãos. Todo ano nascia um bebe.

Dormia cedo para economiza a querose das lamparinas.

Geralmente o pai ou a mãe contavam histórias de fantasmas, lobsomem..... E assim a vida ia passando, sen pressa.

Um dia os pais resolveram vender as terras q tinham p ir morar, na cidade, para as crianças irem para a escola.

A menina do mato, nunca mais conseguiu ser feliz novamente.

Tudo na cidade, tinha preço. Não tinha mais as revoadas de pássaros ao entardecer. Nem riacho, para se banhar. Achou a vida da cidade triste, apressada, não conseguia, nem reparar, no canto, das árvores, quando ventava.

Não tinha assunto, com seus colegas de escola. Ela era diferente, deles.

Ela era filha da terra. Uma criatura selvagem, que tentavam domesticar.

O mais difícil foi se acostumar a usar sapatos. Seus pés eram sempre descalços antes. No maximo tinha um chinelo.

Demorou para se acostumar com a luz elétrica. doia seus olhos.

As casas tinham cercas. Ela se sentia em uma jaula.

A professora, quis ajudar a menina. Sabia das saudades, que ela tinha de reino encantado.

Trouxe umas mudas e sementes diversas, para que ela plantasse no quintal.

Assim a menina fez. Plantou, regou e esperou. Algumas brotaram, muitas morreram, mas ela não desanimou.

Vieram as chuvas, as plantas foram crescendo, Pêssegos, mamão, limão, laranja, lima da persia, maracujá,amora.....

Foi ficando tudo cheio de vida, a Mãe se animou, com o gesto da filha e começou a plantar também, uma pequena horta. e flores.

Uma madrugada a menina acordou com canto de pássaros na sua janela e descobriu que ela havia recriado um pouco do seu reino e conseguiu, ser feliz na cidade, mesmo com tudo corrido.