LAURA E O VAMPIRO
Este texto faz parte do Desafio nº 2 do curso online Escrevendo para Jovens realizado pela Editora Metamorfose. O tema é escrever um diálogo entre dois jovens e decidi compartilhar com vocês. Estou me aventurando nesta área. Boa leitura!
— E aí, Laura? Tudo beleza?
— Marcinho, você nem sabe o que aconteceu ontem à noite!
— Você ta tensa. O que foi que houve?
— Adivinha o que eu encontrei coladinho na janela do meu quarto?
— Não faço nem ideia. Me conta, vai.
— Você vai cair duro. Um vam-pi-ro.
— Tá louca? Você cheirou o quê?
— Meu, é verdade. Você não acredita em mim?
— Não. Nem em você e muito menos em vampiros. Fala sério!
— Ah, Marcinho, é tudo verdade. Juro. Vou te contar. Presta atenção. Eu tive vontade de fazer xixi às três horas da manhã. Quando voltei para o quarto percebi uma sombra na minha janela atrás da cortina.
— Ah, para. E por que você não chamou seu pai?
— Deixa eu terminar. Eu fiquei com medo, mas fui até lá do mesmo jeito. Quando puxei a cortina para o lado... Tcharã! Tinha um vampiro ali. Por que você tá me olhando deste jeito?
— Ô Laura... Qual é. Você viu alguma série sobrenatural na Netflix antes de dormir, né?
— Claro que não. Não vai acreditar em mim, então?
— Mas só se eu fosse muito trouxa. Então me diz. Como ele era?
— O vampiro? Ah, destes de cinema. Capa vermelha, cabelo comprido. Com dentes.
— Dentes eu também tenho.
— Caninos. Afiados. Pra cravar no pescoço de alguém. Falando nisto, onde fica sua jugular?
— Ei, tira esta mão gelada do meu pescoço, sua louca.
— Marcinho, já falaram pra você que seu pescocinho é uma delícia?
— Claro que sim, mas não era nenhuma vampira. Caraca, meu. Você tá rindo do quê?
— É que eu acho que você daria um vampiro bem bonitinho.
— Vai rindo. Ei, espera aí. O que houve com seus dentes, Laura?