A Cidade dos Corvos - Um Lugar de Paz e Uma Despedida
Estar de volta naquele lugar foi uma das melhores decisões do mundo, apesar de ter sido um lugar que me trouxe um sofrimento, me ensinou a lutar, e eu fiz uma promessa para aquelas almas, e eu iria cumprir.
-Então você voltou para nós é?! - falou a voz feminina atrás de mim.
-Pois é…..eu prometi não foi?! - falei erguendo os ombros.
-Garoto danado! Sabia que você iria conseguir. - falou a outra voz.
-Eu tive os melhores professores. - sorri em ve-los tão bem e felizes.
-E então? Que notícia tem para nos dar? -questionou a voz feminina.
-Bem……- eu coloquei a mão no bolso, e entreguei as duas pedrinhas que brilharam estrondosamente e no outro bolso, entreguei dois cartões, com o nome dos dois, e o nome da cidade.
-M-mas….o que é isso?- perguntou a voz feminina.
-a cidadania de vocês,agora, vocês são livres e podem morar na cidade. Chega de floresta maligna. - sorri para eles.
Eles sorriram e choraram.
Boo e Zoo viveram a vida toda naquela floresta, e mereciam viver fora dela.
-Espera! Tem uns nomes aqui. Quem são? - perguntou Zoo.
-Thalles é o seu Boo e Lisa é o seu Zoo. Agora, tem nomes completos. Verdadeiros moradores de Ravens City - sorri.
A barreira se abriu e ambos saíram de mãos dadas.
-Eu não tenho palavras para expressar a minha gratidão Tom. Muito obrigada. - sorriu Boo.
-E eu não tenho palavra para expressar a minha gratidão por vocês terem me ajudado. - falei sorrindo. -se você fosse por vocês, eu não teria conseguido sobreviver n nessa floresta, e nem matado Medusa. - sorri.
-Ela morreu mesmo? É verdade? - perguntou Boo.
-Morreu de vez. - sorri abertamente.
Abracei os dois, e eles foram embora seguir o caminho deles em direção a cidade, Louise sorriu para mim e eu olhei para ela e falei:
-E agora?......eu vou embora? - perguntei confuso.
-Não….mas sua jornada está acabando…...tem mais uma pessoa que me pediu para te ver. Ande…..segure o meu braço. - falou ela e ela estralou os dedos.
Demorou um pouco para a minha visão voltar ao normal, mas quando viu, eu comecei a chorar. Eu sabia onde que eu estava, era um cabana feia, com uma luz vindo da Sala, uma voz Masculina falando sobre um jogo de futebol, e um velho resmungando sobre alguma coisa, o lago estava em perfeita harmonia e limpo, as águas estavam calmas. O céu cinza para variar, e eu sabia o que fazer, mas eu não fiz, Louise ficou parada ao meu lado, e achou estranho a minha reação, eu fiquei ali parado olhando para aquele cenário e então, ela quem me perguntou confusa:
-O que houve Tom? - falou ela sem entender.
-Quando eu vim para cá, eu senti que alguém havia me puxado no lago, Betto não foi, e eu nunca descobri quem fez aquilo. A Sra sabe? - perguntei sem entender muito bem.
-Sei. Eu mesma. - falou Louise sorrindo para mim fraquinho.
-Como assim? Nao entendí. O porque? - Perguntei erguendo a sombrancelha.
-Bem, na verdade, Era para você estar morto agora. Mas como eu soube que você era Porta-voz, eu não podia te deixar morrer tendo essa missão tão importante. Então, eu te resgatei, e ai, estamos aqui. - falou Louise sorrindo.
-Acho que eu te devo essa. - sorri piscando para ela.
-Talvez um açaí de vocês. - piscou ela para mim.
-Eu te darei um completo - sorri para ela.
-Agora…..você não vai entrar? - perguntou Louise.
-Acho que agora está na hora. - falei sorrindo.
E fui caminhando até a porta de Roberto, bati na porta, e ouvi um rasto de chinelo vindo na minha direção, ele resmungou alguma coisa e então, ele abriu a porta e eu sorri abertamente.
-Moleque! Moleque! É você?! Você está vivo!!!! - exclamou ele de braços abertos.
-Sim….eu estou! Estava com saudade do Senhor. - e abracei o Betto fortemente.
-Diga-me que você venceu aquela bruxa! - falou ele dando um tapinha nas minhas costas.
-Bem…...arranquei a cabeça dela com um só golpe - ergui os ombros e afastei de Betto.
Ele estava mais velho do que a vez que eu havia visto ele, ele então, me puxou pelo braço e fechou a porta.
-Moleque! Como você está? Está com fome? Me parece magrelo! - falou Betto sorrindo.
-Talvez esteja com um pouco de fome - falei erguendo os ombros.
-Vou preparar um bolo, fica aí ! Fica aí! - falou ele levantando e indo para a cozinha. - e então Tom, como foi a sua missão? -questionou Betto.
-Foi longa…… Depois que eu saí daqui eu….- e comecei a contar tudo que havia acontecido, e em alguns momentos, Betto cerrou o punho fortemente demonstrando ódio, e outras, ele sorria abertamente, mas a maioria das reações era sério, o sério estilo Betto.
Quando eu acabei, o bolo finalmente estava pronto, e eu faminto, comemos um bolo de chocolate e brigadeiro, e tomamos um suco de maracujá.
-É para acalmar as lumbrigas. - disse Betto.
E eu sorri.
Para mim ele era o meu avô, e eu o neto dele,ei estava feliz por estar com ele ali, estava feliz por ter que reve-lo. Era bom estar em casa. Aquele lugar me trazia paz, calmaria, tranquilidade. Quando nos enchemos de bolo, Betto me olhou sério e me fez a seguinte pergunta:
-E agora?! O que vai acontecer?! - perguntou ele olhando sério para mim.
-Bem….acho que vou para casa. - sorri.
-E nunca mais vai voltar? - perguntou ele curioso.
-Não…..quer dizer…..eu não sei….. a não ser que tenha mais algum vilão por ai. - sorri.
Betto sorriu de volta. Mas eu sabia que ele não estava satisfeita com a resposta, talvez,ele quisesse que eu ficasse com ele.
-Prometo que farei uma visita, a todos. Mas agora, preciso ir para a minha realidade. É hora de voltar. - sorri para ele.
-É…..é…..você está certo…..você está certo. - falou ele concordando. - então, quer ver o jogo? - pergunto ele para mim.
-Eu quero!.....quero demais! - falei sorrindo para ele.
Betto aumentou o volume da TV e ficamos assistindo o jogo até eu cochilar no sofá, e quando eu acordei, Louise estava em minha frente comendo um pedaço de bolo e tomando um gole de café. Foi então que eu levantei rapidamente, e ela sorriu e disse a mim:
-Tom, Ravens City agradece gentilmente a sua força e garra para nos proteger. Por hora, estamos seguros, e Você já tem a liberdade para retornar a sua casa. - falou ela sorrindo.
Betto me pegou no colo e disse:
-Sentirei a sua falta moleque. - falou ele com os olhos marejados.
-E eu sentirei a sua seu bundão.- falei sorrindo.
Ele me levou até o lago, me deu um beijo na testa, e então, me jogou no lago.