CLOSEDFECHADO 7 TERROR

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Ali ainda em choque, Mirella toma em goles lentos um chá preparo de Teresa.

" UM NOVATO SEMPRE TEM DE SER INOCENTE, SERIA CERTO JA SABER DE ALGO NOS PRIMEIROS DIAS? "

- Esta bom?

- Sim.

- Quer falar algo?

- Por que eu...

- Olhe eu estou nisso há tempos, juro, nunca vi uma coleta deste tipo.

- Quer dizer que sou fruto de uma coleta?

- Em poucas palavras, sim.

- Minha cabeça dói.

A mulher sente forte dor de cabeça, aos poucos vai deitando a cabeça no colo de Aguiar, Teresa observa aquilo e sai, logo retornando com um pacote de cor magenta.

- O que é isso?

- O uniforme dela.

- Vai ser fácil assim?

- Acredite, este chá faz milagres.

- Estou pasmo.

- Não consigo acreditar que todo tempo que esta na associação não tenha visto ou participado de uma coleta.

- Celma realizou algumas para outros postos, mais eu nunca participei.

- Entendo, movimentos extremos.

- O que é isso?

- Uma espécie de código da associação.

- Posso lhe perguntar algo?

- Sim.

- Sobre Sabrina.

- Aconteça o que for, mantenha distância dela.

- Por quê?

- Ela não faz e não tem colegas.

- Sempre foi solitária?

- Pelo que sei, ouvi várias histórias sobre ela, uma coisa tenho como quase verdade.

- O que?

- Ela é indestrutível.

- Como assim?

- Ela teve uma espécie de contrato com o chefe.

- Qual chefe?

- Um dos...

- Há vários?

- Sim.

Teresa pega a xícara e sai dali deixando Aguiar que recolhe Mirella a levando para o quarto onde a deita, ao lado na cadeira, o uniforme dela.

- Bons sonhos. Ele fecha a porta e ali ao fim do corredor, Sabrina em vestido preto com fitas vermelhas.

- Há quanto tempo esta aqui?

- Não sei, mais vamos ao que realmente te interessa.

- Como?

- Quer saber sobre mim?

- Quer falar.

- Talvez. Aguiar caminha até a porta indo parar no terraço de ervas, pois há vários vasos com ervas medicinais ali.

- Agora sim, se quiser falar.

- Tudo bem.

Sabrina sobe na mureta, traz em uma mão a haste em formato pequeno, Aguiar olha para a ferramenta dela e abre um sorriso discreto.

- Sou orfã, não conheci meus pais, servi desde cedo a diversos grupos militares até se tornar uma matadora invencível.

- E depois?

- Bem, daí eu fui para diversos países e conheci quase, senão todas as culturas conhecidas ou não.

- Até que...

- Não tenho lembranças exatas disso, só que numa noite após horas bebendo com uma turma do mar, sai do lugar e andei por um trecho ás escuras até uma cabana que eu determinei para mim de casa.

- Nossa.

- Quando acordei já estava na cúpula diante aos elevados dali.

- Você não consegue se lembrar o que aconteceu na cabana?

- Não.

- Isso já faz?

- Tanto tempo quanto a areia deste vaso ou mais.

- Obrigado.

- Pelo quê?

- Por me confiar um trecho de sua história.

- Sabe, ás vezes necessitamos de testemunha.

- Ainda quer sangue?

- Nós executores sempre queremos.

- Deve ser horrível.

- O quê?

- Nunca poder acordar, nunca mais.

Ouve-se um barulho, Teresa vem ali com um prato de sopa e outro com fatias de torradas.

- Para você.

- Obrigado.

- Estava sozinho?

- Sim.

- É impressionante.

- O quê?

- O poder que ela tem entre os gerentes.

Aguiar faz não ouvir e inicia a degustação da sopa.

Sabrina a sentar numa pedra olha para o correr da água de um córrego.

- O que foi, viste um fantasma?

- Não há fantasmas, não para nós.

- Vai, quer falar sobre...

- Pode ir Fausto, conheço-te bem.

- O que foi, agora perdeu sua confiança em mim?

- Quem é louco em confiar em um Fausto.

- Pode ser, porém sei de muitas coisas, você bem sabe disso.

- Sei, também sei que isso lhe faz cambiar tudo ao seu redor, a seu bel prazer.

- Quer um sanduba?

- Vai, dê logo.

- Claro que em troca de algo.

- O quê?

- Uma história.

- Pode ser aquele em que te mato e depois lhe devoro?

- Tome seu sanduiche, malvada.

Sabrina ri para ele que desaparece na noite.

Terminado o sanduiche, ela se limpa jogando as migalhas as águas.

- Ja esta pronta para o trabalho?

- Sempre estou.

Alguém a ajuda se levantar dali e os dois seguem para uma mata.

Teresa prepara um chá e asperge o liquido pelas janelas e portas.

- Por que disso?

- Proteção, simples mais eficaz.

Teresa chega do mercado, Aguiar ali a lavar o banheiro do salão.

- Cadê a Mirella?

- Deve estar cuidando da sua coleção.

- De novo?

- Com certeza. Teresa segue pelo corredor, abre a porta do quarto da moça e nada.

Continua a andar até parar frente a porta do depósito de produtos de limpeza, ali ao abrir a porta, Mirella a lustrar os vidros com olhos e pedaços de corpos em coservação em álcool.

- Minha nossa, você ama estes brinquedos?

- Bem mais do que isso, para mim eles significam renascimento.

O bar ali aberto, entram 3 homens em roupas de serviço braçal.

- Pois não senhores.

- Traga 3 doses de branquinha e 1 cerveja.

- Pra já. Aguiar rapidamente entra no nível línguistico deles.

Já estão na quarta cerveja quando Teresa surge com Mirella, em trajes noturnos, vestido longo, decote um tanto generoso e uma make um tanto marcante.

- Nossa que belezura é essa.

- Boa noite senhores.

- Melhor agora, princesas.

- Sou Mirella e ela é Teresa.

- Lindas companhias por favor sentem com a gente.

- Sim.

- Sou Francisco, Pedro e outro ali é Arlindo.

- Prazer, vocês são novos aqui na cidade?

- Na verdade somos contratados de uma empresa, estamos mais ou menos 1 mês, somos de outra cidade.

- Legal.

- Em que estão trabalhando?

- Numa construção de uma creche, sabe as crianças daqui precisam de uma urgente.

- Louvável o trabalho.

- Obrigado.

Mirella olha para Teresa que senta ali com eles e pede 2si doses, logo estão a papear sobre suas vidas e seus desejos.

Aguiar traz já a oitava cerveja e mais 5 doses.

- As garotas gostam mesmo de beber.

- Sempre. Mirella brilha os olhos quando se trata de bebidas o que faz os homens atiçarem o desejo de ver até onde ela pode ir.

Já Teresa tem um método mais brando, bebendo pouco e falando demasiadamente, deixando sempre o ambiente alegre com seus risos.

Francisco pede licença aos outros e segue para o sanitário, Mirella tenta ir porém Pedro a convence a ficar com eles ali.

- Aquele sem vergonha do Francisco vai dar seu golpe.

- Que golpe?

- Ele tem dessas, sempre que esta perto de pagar, corre para o banheiro.

- Vou lá ver. Diz Arlindo que segue para o banheiro, Teresa acompanha com os olhos, Aguiar enxuga os copos e entende o sinal seguindo para o sanitário, logo ouve-se um barulho, gritos e mais barulho.

Todos vão para o banheiro, ali estão Francisco e Arlindo brigando pelo que de inicio seria a conta e depois se tornou uma mulher que Arlindo lhe roubara um beijo.

- Seu canalha.

- Não tenho culpa se fora lento.

Ali eles cravam nova briga, com socos e chutes até Pedro tirar do cinto um revólver e dar 2 tiros, porém ele não sabia que todo o local era feito para a morte, sem excessões, os tiros foram feitos ao alto mais acabaram por alvejar Arlindo e Francisco.

- O que é isso, o que eu fiz? O desespero seguido de remorso faz Pedro tomar a triste decisão de atirar em si, morrendo ali com os amigos.

- Droga, perdeu-se o clima, o pior aconteceu.

- E agora?

- Vou trazer os filhotes.

- Vai ser aqui mesmo?

- Melhor, Aguiar ja pode descansar, eu e Mirella cuidamos daqui e do resto.

- Tá bom. Aguiar sai dali indo para o salão onde já lavara so copos e outros utensílios, apaga a luz e segue para seu quarto, ao passar pelo terraço vê ali sentados, Sabrina e um homem.

- Olá Aguiar.

- Ainda esta por aqui?

- Só preciso falar com Teresa, mais espero ela terminar o serviço.

- Tudo bem.

- Vejo que esta de bom humor?

- É, não é sempre que me deixam livre de limpeza pesada.

- Parabéns.

- Obrigado.

- Que tal irmos beber, nós três?

- Agora?

- Sim, por que não?

- Tá, bem, vamos.

- Sabe Aguiar, eu verdadeiramente gosto de ti. Os 3 desaparecem ali.

24102018.................................

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 28/10/2018
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