closedfechado cap 4

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Destinos são sempre perfeitos, estamos propensos a vive-los ao completo sem qualquer intervenção?

2001 – Álvares Machado SP, Afonso faz anotações no diário do estabelecimento, Aguiar abastece os freezers e arruma as toalhas nas mesas quando Osmar entra ali.

- Bem então ja estamos prontos, podemos abrir daqui há pouco?

- Bem, acho que deveríamos manter o horário que tinhamos.

- Sei que estavam acostumados a disciplina de Celma, mais vejam bem já faz um bom tempo que eu estou na direção.

- Sim, mas...

- Vejam, rapazes, este será o nosso terceiro dia neste novo horário, os filhotes cresceram e estão mais fortes.

- Sim, mas....

- Sim mas, agora é só tempo de se trocarem e vamos abrir.

- Sim.

Aguiar entra no quarto pensativo olha para o cabide preso á porta com seu uniforme impecável, poucos minutos e ele ali vestido ouve o bater na porta, Afonso vem lhe convidar para irem junto ao salão.

- Sim, vamos.

Copos sendo secos por eles ali, enquanto de uma velha Jockbox ouve-se uma bela melodia dos anos 50, nisso adentra ali uma jovem, branca, alta, trazendo no rosto um semblante de cansaço e pesar.

- Olá.

- Oi.

- Bem vinda.

- Obrigada.

- Queira sentar-se.

- Obrigada, 2 cervejas por favor.

- Duas?

- Sim, beberei bem rápido, prometo.

- Tudo bem, madame.

Aguiar olha ali a situação, Afonso abre o freezer e pega as cervejas para servir a cliente, coloca-as na bandeija, taça, surge ali Celma que faz sinal para Aguiar que a acompanha até um pequeno salão para clientes.

- Celma.

- Por favor, ouça, não sirva e nem deixe que esta mulher beba.

- Por que?

- Cód 68.

- 68?

- Sim.

Aguiar retorna ao bar e Celma desaparece, Afonso já vai servir quando Aguiar esbarra na bandeija indo tudo ao chão.

- O que foi isso?

- Quero saber, Aguiar o que houve?

- 68. Afonso rapidamente se íntera e pede as devidas desculpas saindo, retorna com balde, pano e rodo e limpa ali o incidente, Aguiar vem logo atrás com um copo grande contendo uma bebida rósea com muito gelo.

- Nos desculpe, nossas cervejas mais geladas eram exatamente estas duas e agora levará cerca de uns 40 minutos para termos novas geladas a seu gosto, madame.

- Sim.

- Por favor aceite como parte de nossas desculpas esta bebida especial que preparei de coração para a madame.

- Bem, tudo bem. A mulher bebe em poucos goles e fica feliz ali.

- É muito boa.

- Obrigado madame, espero que nos perdoe.

- Não foi nada assim de tão ruim. Logo ela sente uma sonolência e debruça na mesa.

- Já podemos leva-la.

- Vamos.

Aguiar e Afonso levam a mulher para um corredor, uma porta é aberta e um carro á espera, onde é colocada, Cíntia, 23 anos, professora, grávida de 3 meses, fora salva de um destino mortal talvez por uma vida inocente que carregava.

Osmar ali em pé frente a ante sala.

- Como souberam?

- Fui avisado.

- Quem?

- Celma.

- Impossível, ela esta proibida de vir.

- Parece que nem tudo nos fora contado, sr.

- Olhe vocês são meros peões e assim devem permanecer.

- Seu canalha.

- Não tenho culpa se a gerente daqui cometeu erros.

- Pode ser, porém o seu fora muito grave também. Ali na porta Celma e outra mulher, jovem, loira em vestido longo preto de fenda acima dos joelhos e costas nuas.

- O que faz aqui?

- Cód 97, ordens superiores.

- Não pode ser.

- Faça contato e assim receberá uma notificação extra.

- Mais...

- Onde e como pode, deixar adentrar no recinto uma fêmea com bebê.

- Eu não...

- Sabia, sabia sim, fomos muito bem treinados quanto a isso.

- Foi você, você que fez isso, armou tudo para que eu saisse de ruim e você se tornasse a rainha.

Celma olha para o lado, ali Aguiar e Afonso com as malas e sacolas contendo os pertences de Osmar.

- Quero uma explicação diagramada.

- Terá em sua nova função.

Um homem negro de aspecto rude entra ali e cruza os braços, Osmar se vê vencido e sai sem falar mais qualquer palavra.

- Celma.

- Bem pessoal, não poderei ficar, só vim buscar meus filhotes.

- O quê?

- Fui designada em outra função, portanto poderei leva-los, vocês ficarão a cargo da nova administradora.

- Administradora?

- Sim, agora vocês dois serão os gerentes e Teresa ficará sob um tipo de apoio a vocês, como supervisora.

Já quase ás 3 da manhã, num furgão vermelho, vários corpos esquartejados minuciosamente são colocados em frezzers com gelo, as criaturas saem enroladas em cobertores e Celma se despede deles ali.

- Mais agora o que faremos?

- Amanhã já terão um novo lote.

- Quantos?

- Cerca de uns 15.

- Tantos assim?

- Houve um problema.

- Como assim?

Ela olha fixo em Aguiar e o traz para si falando ao seu ouvido.

- Foram exterminados 8 locais, ainda é um segredo quem e como fizeram isso.

- Mais...

- Estão tratando-os como um cód 14.

- Cód 14, isso é muito ruim.

- É gravissimo, perdemos mais de 5000.

- E a imperatriz?

- Quer os culpados, á todo custo.

- Já sabem de algo?

- Mais ou menos, acho que logo teremos novidades.

- Como?

- Por que acha que querem Osmar assim, tão rapidamente.

- Ele se arrumou dessa vez.

- Sim, terá de dar as devidas explicações diante ha alguns fatos que estão chegando a sede.

- Não queria estar lá.

- Ninguém o quer.

- Quando retornará?

- Acho, que nunca mais, ja tive meu prazo, fui liberada.

- Enfim a liberdade?

- Pois é, mais não sei como irei reagir.

- Fique tranquila, fez o melhor que pôde.

- Obrigado.

- É...

- Bem, só te peço a vocês dois que fiquem juntos e trabalhem e não provoquem os superiores.

- Sim, faremos isso. Risos.

- Bem, afinal ficamos por muito tempo trabalhando e nos divertindo.

- Sim. Afonso olha de longe mais logo é chamado para ficar mais perto deles e ali surge um abraço.

Teresa fecha a porta atrás de Celma que entra no veiculo.

- Agora, vamos mudar o visual deste lugar.

- Sim.

- Então mãos á obra.

Todos ali começam a retirar as coisas do lugar e fazer uma limpeza para que depois façam uma pintura e mude a estrutura do lugar um pouco.

Amanhece, Celma acorda na praia uma bolsa do lado e cerca de 10 mil reais dentro, um bilhete aéreo e uma carta que ela lê ali e logo lágrimas derramam.

Ela cumprira sua missão com êxito e fora liberada, agora poderá viver como qualquer humano, uma vida comum, pacata, com uma generosa conta no banco e nossos documentos.

- Acabou, fiz minha parte e fui reconhecida, ela tira da bolsa 1 comprimido e o engole á seco, minutos depois ela bebe água mineral que comprara da primeira barraca que o dono acabara de chegar, agora nova vida e outras estórias.

Afonso entrega 1 pacote a um velho moreno na porta do cemitério, este o leva até um fosso onde Afonso e Aguiar descartam quase 30 sacos de lixo com ossos de vítimas do clesedfechado.

Osmar ali diante ao primeiro ministro vê que sua situação é bem delicada, após uma breve votação ele de joelhos é atingido por uma lâmina que o faz entrar em combustão e só ficam ali as cinzas que voam pelas janelas daquele castelo.

30092018............................

paulo fogaça e ione az
Enviado por paulo fogaça em 02/10/2018
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