JEZEL LIVRO 2 CAP 15 DE IONE AZ E PAULO FOG

Agachada atrás de uma elevação do muro, Jocasta faz pequenos feitiços no intuito de não ser vista ali por Jezel que passa a poucos metros dela, quando a penúltima carroça passa, ela pula para dentro tendo sua entrada facilitada pelo filho de Abdul.

- Então é você a grande arma de meu pai?

- Fique quieto tem um mago atrás de mim.

- Quem?

- Yoko.

- Mais ele é amigo dela, a guerreira?

- Mais ou menos, vamos acreditar que a tal amizade esta ruindo.

- Se é assim...

- Agora dê um jeito de ir até seu pai e entregue isso a ele.

- Sim. O rapaz pega um amarrado em um lenço de cor vermelho xadrez.

- Ja na carroça de Abdul, este abre o embrulho e ali uma poção de cor verde e 3 ramos de ervas com as instruções.

- Chame o cozinheiro.

- Sim meu pai.

Um velho de cor parda vem a Abdul com os olhos de um azul triste.

- Prepare um chá com estas ervas.

- Sim senhor.

- Pode ir.

- Sim. O homem sai, Canael olha para o pai curioso.

- O que há com aquelas ervas?

- Nada, são só ervas.

- Então...

- Em combinação com esta poção se torna um feroz veneno.

- Vai envenena-la?

- Não, somente a deixarei um pouco tonta.

- E no que isso vai nos ajudar?

- Daí vem a parte de Jocasta, fará um feitiço para deixar confusa a guerreira.

- Confusa?

- Aguarde e verás. Canael encosta a cabeça nas almofadas e fecha os olhos.

Yoko corre para alcançar a comitiva mais sente um enorme cansaço parando por várias vezes para buscar ar, tudo devido a ritos que Jocasta profere da carroça que esta.

- Tenho de vencer esta feitiçeira. Ele procura na bolsa por algo e tira desta 2 pedras brancas.

- Vou tentar. Em um rito em latim ele lança estas pedras em direção a comitiva e o feitiço é quebrado, a roda da carroça em que Jocasta esta quebra.

- Agora sim, eu a pego. Yoko corre e logo chega a carroça porém nada da feitiçeira, assim segue a comitiva e ele sobe em uma outra carroça.

Esmery aproveita o momento em que esta sozinha, retira de um manto velho desbotado uma bola de cristal, faz um breve rito e logo tem a imagem da comitiva, ali ela vê Yoko e tenta ajuda-lo já que consegue ver Jocasta.

- Não posso fazer muito, mais posso fazer isto. Ela manda fortes energias que viajam em alta velocidade até chegar a Yoko que sente seu corpo eletrizar-se sua mão movimenta desordenadamente até apontar o dedo para a carroça chiqueiro.

- Você esta ai, sua bruxa maligna.

Com um golpe mágico ele faz a carroça girar, criando um enorme alvoroço entre os animais até que Jocasta sai do meio do feno.

- Pare, você tem de me acompanhar.

- Jamais.

Jezel percebe o barulho no fim da comitiva e pede para parar sua carroça mais não é atendida, a guerreira decide por pular desta e vai para onde esta a confusão.

- Yoko.

- Olá Jezel.

- O que faz aqui?

- Olhe para lá. A guerreira olha e vê ali junto dos animais Jocasta.

- O que esta bruxa faz aqui?

- Ela quer atravessar.

- Isso nunca, jamais. Jocasta levita da carroça e inicia um forte rito que traz um céu negro e tempestuozo.

04092018..................................

17

Jezel consegue vencer a escuridão imposta por Jocasta e ali tendo a feitiçeira presa em suas mãos, ela se prepara com a espada para dar fim nesta quando surge um forte vento que faz ela combalear e Jocasta se solta dela.

- Vou te matar.

- Não desta vez.

Jocasta lança um feitiço em Jezel que começa ficar pálida, suas forças se esvai e ela perde o fôlego.

- Agora sim, vou ter minha vingança, guerreira maldita.

Jeriah acorda com tanta bagunça, vozes e trovões.

- O que houve. Ela sai da carroça ainda a coçar os olhos e se depara com a cena, Jocasta em ponto de matar Jezel com um punhal enfeitiçado, ele retorna a carroça e quando sai sopra um pó verde que aos poucos vai limpando o céu e uma forte luz invade ali, quando torna ao normal Jezel já não esta mais lá.

- Onde ela foi?

Abdul sai e olha para Jocasta que lhe pergunta sobre a guerreira, ele sem saber faz um sinal para ela, Jeriah percebe a ligação dos dois e tira de sua bolsa um dardo com sua zarabatana sopra em direção a feitiçeira mais atinge Abdul que cai ali em profundo sono.

Canael vem em socorro ao pai e logo percebe que ele fora imobilizado por dardo e procura em visão pelo culpado, Jeriah já afastado da carroça e com os pertences dele e de Jezel entra na mata, Jocasta inicia vários arremessos mágicos que criam vários focos de incendios ao redor.

Esmery ainda esta em transe a mandar energias para Yoko, porém logo sai desta já que percebe a vinda dos sacerdotes ao seu local.

- O que querem?

- Tens de fazer alguns sacrificios.

- Para qual Deus?

- Harany.

- O que será?

- Bezerros.

- Animais estão proibidos neste tempo.

- Não aqui, as leis nada valem neste templo.

- Tens coragem de chamar isso de templo.

- O que quer dizer?

- Quero falar com o mago mestre.

- Impossível.

- Por que?

Uma voz ressoa pelo corredor, feminina e firme.

- Por que ele foi morto há tempos.

Ali naquele quarto entra em vestido longo colado ao corpo e com uma enorme fenda nas laterais e na costa deixando a perna á mostra, Oajebá.

- Quem é você?

- Eu sou uma deusa, não sente em seus ossos?

- Não minha, jamais.

- Estranho, dizem que os magos principalmente as magas poderosas, dizem que é o seu caso, sentem o perigo e os infortúnios em recusar e desobedecer as ordens superiores, será realmente verdade isso?

- Maligna, isso sim você é. Oajebá faz Esmery levitar ali com forte dor de esganadura no pescoço, seus olhos quase esbranquecem devido a tanta dor, quando a deusa faz ela cair ao chão.

- Agora escute bem, cansei de sua rebeldia e não tolerarei mais, principalmente seus atos de heroismo.

- O que diz?

- Acha mesmo que eu não sabia que você estava a ajudar seu amigo bruxo.

- Me deixe ir, não quero ficar nem tampouco participar, servir este lugar.

- Acho que eu estou a ouvir você a fazer e dar condições.

- Quero ir embora, só isso, me deixe ir.

- Você é uma cativa, ainda não percebeste.

- Cativa?

- Oras pensou que seria uma sacerdotisa comum, jamais, não passa de uma cativa.

- Por que?

- Você é na realidade uma faxineira, faz os ritos e entrega os sacrificios, nada mais que isso.

- Para isso você ja tem gente demais aqui, não precisa de meu trabalho, tampouco de meus conhecimentos mágicos.

- Acho que tens razão, porém você é perigosa demais para ficar por ai, livre não acha?

A deusa pega Esmery do chão e a arrasta pelo corredor fazendo esta gritar de dor com seu corpo em atrito com o piso íngreme e frio.

- Pronto, parabéns pelo seu novo aposento. Esmery é jogada em uma cela fria, escura, colchão de feno e um forte odor de urina ali.

- Me solte por favor.

- Cale a boca ou a tiro deste e de qualquer outro mundo.

- Que tipo de deusa tem o trabalho de castigar pessoalmente um ser tão distante em glória?

- A mesma espécie que matou e dizimou teu povo.

Esmery não resiste ao ouvir aquilo, lágrimas descem de seus olhos.

- Oh, não sabia, fui eu quem matou seus pais.

- Assassina.

- Obrigada sua bruxa medíocre.

Esmery se levanta com toda dor que sente, busca forças e a avança, Oajebá que resbala mais não cai porém logo esta sente algo arder em seu interior e gelar ao mesmo tempo.

- O que fez maldita?

- Vinho sagrado. Esmery mostra para ela uma pequena flecha embebida em um liquido roxo.

- Isso é praticamente impossível.

- Sim, a cura também o é, até para deuses.

- Maldita.

- Morra.

Aos poucos a deusa se retorce ali em tantos espasmos ela grita, seu corpo todo é tomado por chamas.

- Alguém corra até aqui.

Um dos soldados vem a ela e esta tanta fura-lo com uma adága mais ja não tem mais forças, se o conseguisse com o sangue deste ela faria o antídoto.

- Eu jurei, por todos os dias de minha existência a todos os deuses que o dia que eu encontrasse quem matara meus pais eu os vingaria.

- Ordinária.

- Morra vá para o inferno e jamais saia de lá.

- Se esquece que sou princesa lá, posso retornar quando quiser.

- Morra. Esmery grita, nisso uma forte luz toma conta do lugar e quando se esvai ali estão Miguel e Rafael.

- Obrigado Esmery.

- Pelo quê?

- Por destruir o bloqueio maligno deste lugar.

- Vão leva-la?

- Sim.

Esmery se aproxima daquele corpo cadavérico e cospe nela.

- Ainda vamos nos encontrar novamente.

- Estarei pronta para destrui-la.

- Maldita. A maga chora ali de joelhos ao lembrar da morte de seus pais, Rafael vai a deusa e lhe tira um anel de sua mão esquerda.

Esmery corre junto de um servo que traz 2 bolsas com mantimentos e poções, á beira do lago de Moeb, eles se refrescam e enchem seus cantis, mais de 1 hora de caminhada e estão aos pés do Monte Siene.

- Vamos aguardar.

- Será que virão?

- Sim é a época deles.

Em poucos minutos ali de aguardo vem eles, cavalos fortes que trazem tatuados no dorso um escudo real.

- São lindos.

- E fortes, muito fortes, resistentes.

- Como vamos...

- Monta-los?

- Sim. A maga corre até uma vegetação de onde retira alguns galhos e se aproxima deles, com uso de magia deixa os animais um tanto sonolentos ao comerem as folhagens deste e eles os montam.

- E agora maga?

- Agora vamos.

Esmery quebra a magia com outra e logo estão a galopar em velocidade considerável rumo a comitiva.

Abdul aos poucos vai retornando ao normal, os guardas da comitiva procuram por alguma zarabatana ou seu dono.

- Encontraram?

- Nada.

Yoko corre até a primeira carroça onde quebra a zarabatana e joga nas ramagens ali dispersa também outros dardos e segue para a carroça de Abdul.

Jeriah vai até a carroça de Abdul onde entra, coloca a mão na sua bolsa e nada encontra de zarabatana e dardos, Canael olha aquilo um tanto suspeito.

- Aconteceu algo?

- O quê, nada.

- O que tanto procura em seus pertences?

- Eu....

Yoko entra ali e pede a Jeriah seu cantil e algumas poções de lesmas.

- Mas...

- Olhe você havia dito que tinha.

- Eu, não, nem... Yoko o afasta até coloca-lo para fora dali e segue com a poção até Abdul.

- O que é isso?

- Quer ou não seu pai vivo?

- Sim eu quero.

- Então vamos. Yoko mergulha o liquido num pano e leva ao nariz de Abdul que logo tosse por várias vezes até vomitar um liquido espesso azulado.

- O que era isso?

- O mau da poção, o veneno em si.

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paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 15/09/2018
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