JEZEL LIVRO 2 CAP 12 DE PAULO FOG E IONE AZ
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Monte de Klevis ao norte, Yoko termina o ritual de imolência em Esmery com uma defumação floral, ali em vestes brancas a maga é apresentada a Irion um velho mestre de artes do submundo.
- Esta pronta?
- Sim.
O feitiçeiro tira de dentro de sua veste uma adága manchada em sangue.
- Que os deuses receba em pleno poderio.
Esmery oferece ali seus pulsos que são riscados por aquela adága, seu sangue escorre no chão formando uma runa e desta uma forte luz e surge ali uma jovem negra de cabelos ondulados longos e vestido marron com detalhes dourados.
- Saúdem. Todos ali prestam reverência menos Esmery que treme em frio e em transe ali.
- Sou Oajebá, a senhora do chão e das rochas, deusa de guerra e violações.
- Cheguem. Gritam todos em extrema esteria, Esmery desmaia com a perda de sangue porém a deusa sopra em suas narinas e ela volta á vida só que em um novo aspecto, mais firme e com um olhar cruel.
- Agora faça. A deusa ordena a Esmery que grita tão forte que faz uma média rocha dividir-se e desta divisão surge o portal, Esmery é retirada dali sem sua total consciência e Yoko recebe 3 sacos com moedas das mãos de um senhor de barbas longas e olhar perdido.
- Obrigado.
- Que os deuses estejam em festa.
- Sim.
Jezel ali no povoado de Cloy’s onde o povo dali é bem simples e pacífico.
Na hospedaria, ela vê Jeriah ali a contar novamente as moedas que recebera na troca dos lins, batem á porta, ela abre e ali estão 3 homens em vestes pretas e turbantes.
- É Jezel?
- Sim.
- O mestre quer ve-la.
- Tudo bem.
Ela sai enquanto Jeriah cobre rapidamente seu ganho, ali fora da hospedaria Jezel olha para eles.
- Quem é o mestre de vocês?
- Abdul.
- Abdul?
- Sim, grande comerciante e conhecedor de magia.
- Onde ele está?
- Ali naquela carruagem.
- Obrigado.
Ao entrar nesta, Jezel se depara com um jovem de barba rala e um senhor de cabelos ao ombro e barriga farta.
- Olá Jezel.
- O que querem?
- Gostei de ti, já vai direto ao assunto.
- Fale.
- Preciso que nos atravesse.
- O quê?
- Temos de ir para a Nova Terra.
- Mais...
- Fique tranquila não será de graça lhe pagaremos e muito bem.
- Não é isso.
- O que é então?
- É que...
- Jezel, sabe, eu acho que te fizeram algo em conta que esqueceste de sua origem.
- Como assim?
- Jezel você é fruto de lá.
- Eu sei disso.
- Então também deve saber que por sua causa ou seja seu despertar fora fechado um portal de pequena magia.
- O que quer dizer?
- Sabia, te fizeram uma lavagem espiritual por que não havia pensado nisso.
- O que quer dizer?
- Jezel algumas pessoas de seu conhecimento ficaram por lá.
- Não, impossível.
- Acredite o que falo é a mais pura verdade.
- Nem todos morreram como reza a tal lenda em seu nome.
- O que sabe?
- Bem, posso lhe garantir que o portal novo ja fora aberto.
- Como?
- Romperam o selo.
- Mais o antigo...
- Calma, aquele já não mais existe há muitos tempos.
- O que eles pretendem?
- Isso eu não de verdade não sei, só sei que eu e meu filho precisamos atravessar para lá.
- Tenho que ir.
- Tudo bem guerreira, estarei aqui a sua espera a espera de sua resposta.
Ela sai dali em silêncio, entra na hospedaria e ali no quarto encontra junto a Jeriah o arcanjo Gabriel.
- Gabriel.
- Olá guerreira, fora tomar um ar?
- Não, estive com Abdul.
- Em que trato?
O anjo se aproxima dela um tanto curioso.
- O que foi?
- O que?
- Esta diferente, sei lá, o que houve?
- Não houve nada, vá logo diz o que veio fazer?
- O portal foi aberto.
- Já estou sabendo.
- Como assim?
- Não lhe disse que estive um tal comerciante de nome Abdul.
- E?
- Ele quer atravessar comigo e Jeriah.
- Impossível.
- Por quê?
- Ordens superiores.
- Sabe, ja vou logo lhe dizendo estou me lixando para suas ordens superiores.
- Escute bem guerreira, não poderá mais ninguém além de Jeriah.
- O que eu faço com aquele velho e aquele moço que está com ele?
- Moço?
- Deve ser o filho dele.
- Espere tenho que reportar isso. Gabriel desaparece dali.
- Para onde ele foi?
- Acredite, logo ele estará de volta.
- Será?
- Sim, por isso preciso que me faça um favor.
- Qual?
- Vá dormir, preciso ter alguns assuntos com ele.
- Tudo bem.
- Obrigado.
Jeriah retira de sua bolsa um bom cobertor, bem grosso e segue para sua cama ao canto do quarto, Jezel profere bem baixinho alguns ritos e mantras e o ambiente ali é purificado ainda mais já que anjo ali esteve. Fora do quarto ela segue até a área externa de onde vê não tão distante ser montado um grande tenda, vários homens de vestes iguais as que estiveram em seu quarto á mando de Abdul.
- Este velho e seu filho estão mesmo dispostos a atravessar para a Nova Terra.
- Mais logo terão uma prova. Ela se assusta ao ver ali ao lado dela Gabriel e Miguel.
- Avisem antes.
- Nos desculpe.