JEZEL LIVRO 2 CAP 3

Perceu ali tão perto de Jezel tenta mais uma vez feri-la com a flecha porém Yoko abre sua bolsa e desta retira uma pena cinza, com um breve rito ele sopra esta, um vento forte forma-se ali.

Perceu tenta fugir porém se vê diante a 2 arcanjos que o prendem, Jocasta dá ordens para seus subordinados que levantam a sua liteira, ela grita com um copo de barro na mão, joga o liquido no chão, neste solo brotam alguns arbustos de folhas negras, quando vão movimentar a liteira esta cai e a rainha das trevas vê seus escravos correrem, debandar-se.

Ali na sua frente Jezel, seus olhos em um vermelho vivo, abre sua boca, uma nuvem de gafanhotos atinge a rainha que revida com magia, Perceu vem até elas e tenta com feitiços parar Jezel que solta um grito tão forte que arremessa o líder dos Kolunus para muito longe.

Jocasta tenta fugir porém Jeriah a detêm com uma espécie de bússola que a faz ficar imóvel e suas magias assim ficam por milésimos do tempo bloqueadas, o suficiente para Jezel lhe acertar com as 3 adagas que ganhara de Esmery.

Jocasta solta fortes gritos de estremecer toda a região, no céu se rompe uma espécie de fissão, desta saem alguns demônios alados que recolhem o corpo de sua rainha ali lavada em sangue que se torna gosmento e preto.

Ao longe vê-se dentro da fissura a figura de uma criatura aterrorizante de chifres imensos.

- O que foi aquilo?

- Não sei.

Jeriah sente calafrios por ter visto aquele ser, Yoko olha ao redor diversos Kolunus mortos, o céu vai retornando a um azul celeste, o sol já demonstra sua tranquilidade.

As bruxas surgem ali e logo todo todo o lugar é tomado por diversos anões da ordem que recolhe os cadáveres.

Yoko procura por Jezel e a encontra caída, ferida, á beira do lago, ele procura em sua bolsa por alguma medicina, encontra um vidro de cor opaca, despeja o liquido na boca da guerreira que já saíra do transe retornando a um aspecto mais simples e conhecido.

- O que houve com ela?

- Esta muito ferida.

- O que faremos?

- Temos de tira-la daqui.

- Para onde?

- Calma, estou pensando. Yoko diz para Jeriah, sem perceberem uma bruxa se aproxima deles.

- Levem-na para a cabana da floresta.

- Por que ouviriamos você?

- Por que eu sei o que ela tem, e sei a cura disto.

- Como vamos leva-la, o lugar que diz é muito longe e ainda para ajudar só temos um cavalo?

A bruxa vai até Yoko e toca em sua testa ele cai e logo flutua.

- O que foi isso, que tipo de bruxaria fez em meu amigo?

- Só retirei o seu selo mágico de bloqueio.

Yoko retorna os sentidos e percebesse que esta voando.

- Eu posso voar?

- Agora levem-na logo, o veneno esta ficando mais potente.

Yoko voa diminuindo a intensidade entrando em modo de plainar no ar, trazendo preso a si 3 cordas e 2 correntes que estão presas aos 2 amigos, Jezel tem sua febre aumentada, em uma espécie de jangada improvisada pelas bruxas, feita de caules de coqueiros, ali ela repousa tendo seu corpo aquecido pelo cavalo e Jeriah que tem encostado seu corpo no da guerreira.

- Falta muito?

- Já estou vendo o lugar.

- Como vamos descer ao solo?

- Isso sim será um grande problema, eu não faço idéia.

Conforme se aproxima em altitude de córrego abaixo deles, Yoko sente que suas forças diminui estranhamente.

- O que esta havendo Yoko?

- Estou me sentindo fraco.

- E agora?

- Fique calmo, não deixe ela se assustar.

- Tudo bem.

Do nada, Yoko perde o restante da sua força e todos caem em queda livre, porém ele tem parte desta força restituída de forma misteriosa e eles plainam a pouquissimos centímetros do solo.

Em terra firme, Jeriah dá água para o cavalo e busca algum capim, porém o animal já encontrara algum próximo a beira do córrego.

- Onde estamos?

- Não sei Jeriah, mais agora temos de ser rápidos. Jezel tem sua pele a se tornar em um tom esverdeado.

- Será que...

- Sim, o efeito do veneno aliado ao feitiço esta piorando a sua saúde.

- E agora?

- Vamos.

Jeriah montado no cavalo e levando consigo Jezel que reduziu seu peso considerávelmente, enquanto Yoko sobrevoa indicando o local da cabana.

Algum tempo passa e eles já estão há poucos metros do local, Jeriah bate a porta desta, ouve um entre em língua antiga.

- Vou entrar. Com a guerreira nos braços, totalmente debilitada, Yoko entra depois e presta reverência e saudações mágicas aos 3 caciques que se encontram dentro da cabana que por sinal é imensamente maior do que por fora.

- O que os trazem a este templo?

- Templo?

- Sim, este é o templo de Azurbe.

- Azurbe. Diz Jeriah em tom surpreso, Yoko vem a ele.

- Já ouvi falar, minha avó contava estórias sobre este lugar e de seu povo.

- Mais. Um dos caciques faz sinal para que tragam a eles Jezel.

- Poderá ter cura?

- Isso só depende dela, ninguém mais pode ajuda-la.

- Malditas bruxas, nos enganaram.

- Para um servo de Esmery tem se tornado um tanto fraco.

- Me perdoe.

Jeriah se dobra ao chão diante aos caciques.

- O que foi Jeriah?

- Me lembrei, os velhos do palácio também contavam estórias, eles são os anciãos sagrados.

Yoko se curva também, um deles ali na frente lhes diz que façam os pedidos frente a um pequeno totem a direita deles e coloque flores.

- Flores?

- Sim, para a Deusa Efênya.

- Efênya?

- Sim.

Yoko sai da cabana e anda alguns passos e escolhe pequenos ramos de mosquitinhos do campo.

- Acho que deve servir. Ao retornar não encontra mais a cabana.

- Que inferno, onde foi parar?

Jeriah estranha a demora de Yoko, Jezel ali deitada tem seu corpo irradiado por ritos e mantras xamãs, sente ali um calor e depois um ar gélido toma conta do ambiente.

- Vou procurar Yoko.

- Não deve sair daqui, ele esta sendo provado.

- Que tipo de prova?

- Ele tem de se interrogar e achar por si as suas respostas.

- Isso esta ficando um tanto louco.

- A loucura é a base de todo esclarecimento.

- Como diz?

- Olhe para si, realmente sente e vê tudo que esta ai em seu peito?

- O que vocês fizeram com meu amigo?

- Se ele for realmente amigo de vocês ele logo retornará.

- Senão?

- Ficará preso em jardim de incertezas.

Yoko anda por todos lados, corre e não sai em meio as flores que ele começa a ter para si estão se multiplicando de forma rápida e uniforme, praticamente infestando qualquer trecho vazio daquele imenso campo, sepre que as toca com suas mãos tem lembranças de sua vida, boas e ruins.

- Por que, por que isso?

Logo se vê entre uma lembrança que o marcou muito, a morte de sua mãe em uma aldeia de prata, lugar miserável e triste.

- Mamãe.

- Filho.

Ali na sua frente, sua mãe, de pele morena segura forte a mão daquele garoto, a respiração dela é cada vez mais fraca.

- Mãe, você esta melhor?

- Por favor Yoko me prometa.

- O quê, mãe?

- Vai ficar com Esmery, não saia de perto dela até atingir seu grau de magia.

- Que magia mãe?

- Me desculpe querido eu sinto muito, mas não poderei ficar do seu lado e nem te cuidar.

- Por que mãe, por que, espere eu vou colher as frutinhas que te curam, agora, eu vou tá.

- Não tem mais como, eu preciso...

- Mãe, não. Ao fechar os olhos suas mãe não retorna a vida, ele ali debruçado, lágrimas empapam o lençol naquele trecho que ele repousa sua face.

- Não, minha mãe, minha mãezinha.

Yoko é retirado de sua dolorosa lembrança tendo a sua frente um penhasco.

- Onde estou?

- Olá forasteiro.

Ele se vira, a sua frente uma jovem pele clara, cabelos longos, vestido branco rico em conchinhas aquáticas e traz de ornamento na cabeça plantas aquáticas.

- Quem é você?

- Sou Efênya, sua protetora, Yoko.

- Como sabe meu nome?

- Sei de tudo, principalmente o que quero saber.

Ele se lembra dos ditos na cabana, cai de joelhos se curvando diante a moça.

- Me perdoe Deusa, senhora de toda a vida.

- Fique de pé, já havia visto seu coração.

- Como?

- Trazes graves feridas.

- O quê?

- Não adianta tentar colocar uma pedra de jorra tanta angústia e perdas.

- Por que ela se foi?

- Isso só cabe ao grande Mestre, o Criador.

- Eu preciso tanto dela.

- Vocês sempre irão precisar de outros.

- Vou ve-la algum dia?

- Se conforme, ela te cuida com um breve sorriso toda manhã.

- Como?

- Você não a vê, mais ela sempre esteve e estará a te zelar e cuidar de ti.

- Sinto muito a falta dela.

- Mais havia um outro que também a sentia.

- Quem?

- Seu pai.

- Desculpe Yoko tocar em ti com isso, mais a verdade é que ele sempre te quis.

- Um dia minha mãe me disse...

- Que ele a abandou e a ti também?

- Sim.

- Ela só quis lhe protejer de algumas injustiças.

- Injustiças?

- Nem sempre poderão ter tudo a que lhes pertence.

- Meu desejo.

- Sua amiga guerreira?

- Vai cura-la?

- Ela ja esta se curando, o que me faz estar aqui são as tuas feridas.

- Eu estou bem.

- Será, acho que diz para os outros ppor que não quer a piedade deles.

- Não sou um fracasso, sou um aprendiz de...

- Você já tem consigo as fórmulas e convicções, ja esta preparado há tempos.

- O que diz?

- A sua barreira mágica já fora quebrada, porém a tua fortaleza que você criou para se distanciar ainda esta ai.

- Eu quero voltar.

- Isso depende de ti.

A Deusa desaparece de frente enquanto alisa os cabelos dele.

- Eu quero, eu a quero de volta. Yoko grita com extrema força interior que todo local se enche com sua sonoridade.

Lágrimas descem de seus olhos e ali diante dele a mãe, sua mãe se materializa.

- Mamãe você me ouviu, finalmente me ouviu e veio para me ver, me buscar? Ele tenta abraça-la mais ela desaparece e ele diz em tom natural.

- Eu já te perdoei por tudo, só preciso que me perdoe querida mãezinha.

Uma forte luz invade ali e seus olhos sentem um ardor, ele os fecha e logo isso passa, quando abre os olhos ali em sua frente esta a porta da cabana.

Ele entra e ai se dá conta, esqueceu ou deixara cair o ramo de flores para o totem.

- Yoko. Jeriah corre até o amigo em felicidade o abraça procurando por algum ferimento ou fratura.

- O que é isso?

- Você esta bem?

- Claro que estou.

O aprendiz vai até os 3 caciques e ali se curva.

- Me desculpem, não trouxe as flores.

- E estas que estão presas a sua bolsa.

Yoko olha para a bolsa e nesta 3 galhinhos de rosas quase secas ele as deixa no totem e ela florescem ali enchendo o lugar de colorido e exalando um doce perfume.

- Ela o quer em boa posição. Diz um dos caciques.

- Quem?

- A Deusa.

- Efênya?

- Sim, a sua madrinha de magia.

- Mais eu ainda não terminei...

- Você já esta mais que pronto, mago Yoko.

- Mago?

- Sim. Jeriah corre novamente e lhe parabeniza e os 2 festejam e enem se dão conta que todo lugar se desfaz e que a guerreira os olha com fagulha nos olhos.

- Jezel, você esta melhor, está curada.

- Vamos logo embora deste lugar.

- Mais e os anciãos?

- Que velhos?

- Meu Deus, onde foram?

Ao redor deles agora só há ruinas de um templo que fora destruido há muitos séculos.

- Ai me deu uma fome.

- Novidade hein. A guerreira diz para Yoko, Jeriah avista ao longe um cervo pastando, Jezel pede silêncio e dali ela lança uma adága que perfura o pescoço do animal.

- Minha nossa.

- Agora preparem nossa refeição.

- Para agora mesmo.

" NÃO SE FAZ DA CARNE TUDO QUE SE TEM VONTADE, O ORGULHO, AVAREZA E SUJEIRA TRAZ ALGUNS EMPECILHOS PARA AQUELE QUE PRETENDE SER SEU PRÓPRIO JUIZ, ATÉ QUE FIQUE BOM, NÃO QUEIRA JAMAIS SOPRAR SUAS FERIDAS, PODEM APODRECE-LAS E O ODOR FÉTIDO ATRAIR MAUS ABUTRES ".

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 28/06/2018
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