Mr. Bean e a copa do mundo 2018. Terceiro capitulo
Mr. Bean e a copa do mundo 2018.
Sr. Atkinson tens certeza de que queres ir ao Brasil vinte dias antes da copa do mundo?
Parece tão perigoso: Tantos crimes, o povo é muito alegre por certo, mas pondere Sr. Atkinson vá apenas dois dias antes.
Atkinson: Não! Estou decidido. Quero viajar pelas montanhas, andar pelas praias, assistir a grandes shows de música, principalmente o samba e o axé. (Diz gesticulando), quero visitar favelas, conhecer os índios, já pesquisei tudo. Chegando lá quero um Athos Hyundai, o mais próximo que consigo daquele que estou acostumado a usar.
-E vais só? Tem certeza disto? Porque não queres que eu vá contigo, ao menos eu.
Enchendo o peito, diz com um sorriso de satisfação própria:
-Quero viver esta experiência, quero impressionar a mim mesmo com a capacidade de lidar com situações, e mais, quero conquistar uma mulher. Sinto que não precisarei de ajuda. Diz olhando o perfil no espelho da sala e passando a mão sobre o cabelo jogando-o para trás. Alguns olhares para o terno alinhado, para o sapato com um brilho intenso. Diz:
-Realmente não precisarei de ajuda!!!
Verder, muito preocupado, fazia a pequena mala, ele quer chegar lá e comprar roupas típicas de cada lugar que visitar. Além do mais não gostava de carregar peso, lembrava-se de um de seus filmes em que a mala só lhe trouxe problema.
Visto que o Sr. Atkinson não mudaria de ideia pegou o celular para reservar a passagem. Preocupou-se de imediato. A euforia do vendedor foi tão grande que certamente ele não teria sossego na viagem.
Verder:
- Sr. Atkinson vai aterrissar no Brasil como Mr. Bean ou o Senhor mesmo?
Pousarei no solo brasileiro do jeito que eu sou!
Verder nada disse, mas o personagem dele é muito presente em sua vida pessoal, ele não percebia que estando ao seu lado tirava-o de diversas enrascadas.
Enfim Deus protege seus filhos, certamente mandará um anjo especial para cuidar dele, de preferência um bem disposto e atento a tudo, sem vacilo, sem descanso.
Marcada a viagem para as 8 horas do dia seguinte.
Ele gosta de viajar cedo, para descansar bem a noite seguinte e estar firme e forte para iniciar suas aventuras. Ele se estressa muito em viagens longas além da mudança radical de clima e ares.
Verder reflete: Dormirei horas seguidas depois que ele partir, acordarei quando meu corpo estiver bem descansado e minha mente tranquila, esquecerei por vinte e um dias daquilo que sou e serei eu mesmo novamente. Que os anjos não tenham que descansar assim como eu.
Atkinson exausto resolveu descansar, gostava de chegar cedo ao aeroporto a fim de evitar contratempos.
No dia seguinte 6h. A.M. Atkinson já estava pronto para iniciar a grande aventura. Comentou durante o café que havia sonhado que chegava ao Brasil e era recepcionado por um povo alegre que o chamava de “Mestre do Riso”. Gostou, achava um bom presságio.
Veder o encaminhou até o embarque, e esperou o avião decolar, por segurança esperou um pouco mais e aliviado andava pisando em nuvens. Logo caiu na real. Precisava salvá-lo de encrencas.
No avião havia fotógrafos e fãs, como sempre ele foi muito simpático e como em seus filmes um homem de poucas palavras, mas um sorriso e expressões de rosto que alegravam a todos. Instalou-se em sua poltrona sob olhares que seguiam todos seus movimentos e quem sabe ganhar um sorriso especial.
-Sr. Atkinson!
-Pois não!
-Eu sou a aeromoça Nathia. Tudo que precisar fale comigo. Estou muito feliz de poder servi-lo.
- Sim, eu entendo! Obrigada. Disse atenciosamente.
Nathia sorrindo foi falar aos colegas sobre a primeira impressão. O Comandante pediu para não importuná-lo. Seria possível não querer conhecê-lo melhor?
Nathia ficou em um lugar estratégico para observá-lo, com todo o cuidado de não o encarar. Observa então que a passageira ao lado o observava discretamente.
Atkinson parecia ser feliz, sério já sabia que era, ouvia muito falar dele, queria saber se era romântico.
Nathia sabia que ele estava separado e que gostava de uma vida solitária, pouco saia, mas gostava de ir a eventos culturais, museus, exposição de arte, shows e em especial é fissurado por corridas, tem um carro próprio e vive em circuitos de corrida.
Ele talvez não soubesse disso, mas o mundo inteiro fala sobre ele- “ela sabe disso, pois, viaja todo dia”- e tem curiosidade sobre como seria conviver com tal personagem, ou melhor, ainda, o próprio Atkinson.
Os tripulantes a elegeram para que descubra tudo que for possível sobre aquele ícone do humor.
Ela é uma aeromoça com um sorriso farto (todas são...), alta, loira, voz doce (todas têm...), 26 anos, viaja pelo mundo todo há quase quatro anos, poliglota, totalmente independente.
Observa que o Sr. Atkinson abraça a bolsa de viagem e abrindo o zíper da parte superior coloca a mão esquerda dentro, olhar de quem está fazendo estripulia, muito conhecido em seus filmes, sorri.
Sua posição privilegiada leva-a a concluir o que deveria ser óbvio, ele acariciava o famoso ursinho. Veja só o senhor Atkinson e o Mr. Bean se encontram neste momento.
Cena inesquecível, Nathia seria capaz de se apaixonar por um homem que expressa um sorriso tão lindo só por tocar um ursinho, imaginava então o toque suave de suas mãos.
Ria por dentro, como conseguiria namorar um homem que a faz sorrir de uma coisa tão simples, soltou um suspiro e uma lágrima ameaçou borrar sua maquiagem. Ela a secou com um pequeno lenço, é muito emotiva e precisava evitar tamanho estrago.
Ainda o olhava quando ele levantou o braço fazendo sinal.
Ela vai até ele.
Pois não senhor Atkinson!
Srta. Nathia veja que lembrei o teu nome.
Obrigada, respondeu.
Traga-me, por favor, um suco de frutas, umas torradas, geleia de morango, um creme de queijo com sal e um copo d´água grande.
Nathia: Sim, trago rapidamente.
Atkinson: Não vá cair, disse apontando o salto alto.
Nathia: tenho experiência senhor.
Sorrindo a olhava andar pé ante pé.
Emocionada contou os detalhes do primeiro atendimento.
Sorria demais diziam seus colegas de voo.
Nathia ao levar o lanche deixou uma caneta e pequenos papéis de anotações com alguns nomes e pediu que ele escrevesse palavras de carinho aos fãs.
Atkinson sorriu olhando para as poltronas ao redor e disse:
-Vou saborear estas guloseimas e em seguida farei minhas anotações. Ok!
Nathia: Ok! Obrigado mesmo. Muito obrigado!
Nathia se colocou no mesmo lugar e observava-o a degustar educadamente o seu pedido. Percebi que ele gostava muito de geleia de morango. Incrivelmente nada derrubou. Lógico que não esperava por isso, mas se acontecesse acharia normal.
Depois de degustar uma porção colocou-se a escrever, olhar de pensador, jeito de criança. Depois de uns minutos, enquanto aparentemente programava o que escrever voltou à geleia e demais itens.
Ao concluir levantou a mão. Ao me apresentar colocou em minhas mãos os papéis e pediu mais geleia.
Sorri, levei os papeis, mas antes de entregar iria ler um a um.
Enquanto ele comia, devagar e pensativo, ela lê:
Maurice:
Ao meu fã: “Buscar não é apenas querer, é ter a certeza de conseguir”.
Fabile: “A beleza de um olhar pode muito conquistar”
Meire: “Olhe para as coisas simples e torne-se simples como elas”
Breno: “Voar nos torna ainda mais livre, mas a verdadeira liberdade vem do coração da gente”.
Nathia: “Servir para ser servida”
Todos ficaram felizes de receber as mensagens, cada frase tinha a ver com os que pediram.
Ao terminar, fui até ele, perguntei se queria mais alguma coisa, e como ele disse que estava satisfeito...por enquanto, disse sorrindo, recolhi a mesa e deixei tudo bem limpinho.
Voltou até ele e disse:
Senhor Atkinson és um homem de grande conhecimento, todos gostaram de sua dedicação e agradecem.
Atkinson: Chegue-se aqui, quero falar-te.
- Com todo o respeito ao chegarmos ao Brasil pode tirar um tempo para conversar, quero saber mais do que li em livros sobre este país.
Sim, afirmou Nathia, tomaremos um chá então. Ok!
Atkinson sentiu-se relaxado, sabia que dali surgiria uma boa amizade, quisera algo mais, ela era deveras muito bonita, mas jovem demais. Ela dirigiu-se aos colegas, mas não revelou o convite, queria apenas conhecê-lo melhor, jamais se envolveria, apesar de confessar a si mesma que se sentia muito bem ao lado dele, continuou a viagem com uma ansiedade gostosa de sentir.
Atkinson adormeceu.
Quando perceberam passaram a olhar para ele com curiosidade, mas cuidavam para não acordá-lo, fofocavam baixinho, muitas relembravam cenas de filmes, as aeromoças cuidavam para manter o ambiente organizado.
A certa altura do voo chegou-se a Nathia um senhor que aparentava 45 anos que pediu para que ela interviesse junto ao senhor Atkinson a fim de confortar seu filho de sete anos chamado Alisson que está voltando ao Brasil depois de fazer um tratamento contra o câncer na Inglaterra, neste hospital, a fim de distrair os pacientes passam filmes e curta metragens do Mr. Bean.
Nathia: Certamente que falarei com ele, assim que ele acordar e eu tiver uma chance.
Após dormir por duas horas ele acordou como acordam muitas de nossas crianças, balbuciando e se espreguiçando, logo cheguei até ele que iria escovar os dentes, eu o orientei.
Na volta me atrevi a falar sobre o caso do menino Alisson.
Ele só me perguntou: “Quer que eu fale com ele como o senhor Atkinson ou Mr. Bean?
Nathia afirmou:
-Pelas suas frases, se puderes junto os dois e sei que será perfeito.
Traga-o então, afirmou.
Nathia foi até a poltrona 18 do senhor Alessandro para que o trouxesse o pequeno Alisson.
O menino sorriu, apesar de estar muito fraco.
Nathia observou então que o menino estava realmente muito abatido, mas com um esforço fez questão de ir até ele.
Atkinson o seguiu com os olhos, levantou-se e o abraçou, sorrindo e falando palavras de carinho, um rosto de expressão particular muito conhecida pelo garoto. Passou a mão na cabeça do menino já sem cabelos, olhando-o e mendigando um sorriso que logo surge no rostinho que agora já toma um ar de quem está vivendo um momento de paz apesar de todo o sofrimento.
Atkinson:
- Então você já assistiu a meus filmes? Disse fazendo trejeitos próprios.
Alisson: Sim, muitos, estes dias passavam no hospital filmes seus para dar alegria aos que estavam em tratamento, todos riam muito, eu mesmo me diverti muito, os médicos dizem que estar bem faz com que a medicação faça um melhor efeito.
Atkinson: Pai, seu filho logo estará bem, o tratamento na Inglaterra é muito eficaz, vou deixar meu contato e vou querer notícias deste grande garoto.
Alessandro: Obrigado senhor Atkinson, estamos muito esperançosos, os médicos disseram que ele tem grandes chances de rir desta fase pela qual estamos passando.
Seguem conversando e a cada instante mais passageiros se viram para seguir as cenas de carinho, sorrisos e por vezes gargalhadas eram ouvidas.
Por fim Atkinson o abraça e diz:
- Meu amiguinho vai sarar porque ama a vida, e o Senhor da vida sabe muito bem disso, prepara-te para ser um ótimo profissional.
Aliás, você já sabe o que vai ser quando crescer?
Alisson: Quero fazer a mesma coisa que o meu pai senhor Atkinson, sorriu e emendou, Mr. Bean.
Atkinson: E o que ele faz?
Alisson: Ele é cozinheiro, aliás, um ótimo Chef.
Atkinson exclamou algo não entendível. O menino sorriu. Ali ficaram por mais um bom tempo até que ele voltou à poltrona a fim de tomar a medicação.
Nathia agradeceu.
- Foi maravilhoso senhor Atkinson, exclamou!
Ok. Fiquei muito feliz de poder ajudá-lo, e com certeza ele também me deu muita alegria, pois percebi que ele gosta realmente de mim.
Atkinson: Vou dar uma cochilada de novo, este avião é muito macio.
Nathia sorri e o ajuda a se ajeitar na poltrona.
Atkinson: Se precisar de mim, pode chamar.
Nathia: Creio que não será necessário, não o deixariam descansar, pois, todos queriam conversar com você, mas já fez muito. Descansa.
Fala sério?
Sim. Mas descanse, quando acordar te apresentarei alguém especial.
Atkinson: Nathia, todo ser humano merece atenção, mas entendi o que quer dizer.
Nathia: Obrigado senhor Atkinson, sempre com palavras sábias, te admiro.
Despedi-me com um belo sorriso, senti que ele gostou do meu jeito, estava com o coração aquecido. Eu estava na hora certa e no lugar certo, e desejava muito conhecê-lo melhor.
Os passageiros o observaram enquanto dormia, seu rosto demonstrava alegria e serenidade. Inquieto, virava-se muito na cadeira, apesar de esta ser muito confortável.
Atkinson acorda e anda pelo avião, brinca ao esticar as pernas e se espreguiça, todos o observam, ao menos os que estavam acordados, alguns lamentariam depois ao saberem do fato. Aproveita ir ao WC, cumprimenta a tripulação. Quando vê sua bandeja de guloseimas vai apressado para a poltrona e brincando se organiza para comer seu saboroso lanche, percebe que a porção de geleia estava do jeito que ele desejava.
Degustava e deixava-se ser observado, brincava com os curiosos, era um momento de descontração para ele.
O seu modo de falar difere do personagem, é um falar mais seguro, filosófico, menos compassado e certamente expressava com grande sabedoria seus pensamentos, além de sempre ter frases de incentivo.
De repente, o comandante avisa que a frente terá uma área de turbulência e pede que todos coloquem o cinto.
As aeromoças agilizam rapidamente todos estavam com os cintos.
Nathia olhava para os passageiros, expressões de preocupação demonstrava que a pessoa não estava acostumada a viajar, de serenidade determinava que viajava constantemente ou que pelo menos conheciam o tema por conversar com aqueles que já passaram pela turbulência. Bean, apesar de aparentar tranquilidade apertava o braço da poltrona com força, e em certo momento apertou os olhos, como se tivesse medo de ver algo terrível, alguns nunca se acostumam, e pelo jeito ele era um deles. O mais fascinante é observar o relaxamento facial após o período de medo pelo que passam os menos experientes.
Ela serviu ao senhor Atkinson um copo de água com um pouco de açúcar, já havia preparado, de certa forma previa a reação dele.
Algum tempo depois, todos tranquilos, anunciam que breve pousarão no aeroporto de Guarulhos.
Nathia cochicha no ouvido de Atkinson:
-Me espera uns instantes, rapidinho o encontro, muitos vão abordá-lo, enquanto isso me arrumo.
Atkinson: Fique com esta roupa, prefiro.
Nathia: Okey. E sorriu.
O pouso do avião foi tranquilo, Atkinson olhava a paisagem e demonstrava estar gostando do que via.
O pequeno Alisson despediu-se de Atkinson, e ele reforço que ira seguir de perto a recuperação dele. Diz ao senhor Atkinson que agora assistirá aos filmes dele com mais interesse ainda. Ele sorri.
Repórteres o fotografavam, crianças, jovens e adultos pediam autógrafo. Ele elegantemente atendia a todos, mas caminhava rumo à área central indicada por Nathia.
Ao longe avistou o encontro de Alisson com sua mãe, enamorou a cena por alguns segundos, uma lágrima teimou em se formar, mas resistiu. Amava a recepção daquele povo, sabia que ia ter momentos de muita alegria.
Um dos funcionários do aeroporto o acompanhou a fim de levá-lo até a área central de lanches e cafés, repórteres o fotografavam sem parar, mas ele fazia sinal de que não iria falar nada.
Ao se encontrar com Nathia disse que responderia a algumas perguntas. Ela organizou as perguntas e sentados em mesas de um dos restaurantes respondia uma a uma.
Nathia o olhava.
Senhor Atkinson, vai ficar muito tempo no Brasil, ou só veio a passeio?
Vim assistir a copa da Rússia ao lado dos brasileiros, quero sentir a paixão pelo futebol neste país, sei que será uma grande experiência, vou torcer pelo Brasil.
Levantando a mão insinuando o hexa do nosso futebol gesticulou alegremente.
Vai conhecer só São Paulo ou viajar pelo Brasil? Porque veio sozinho?
- Minha ideia é viajar pelo país, conhecer o Rio de Janeiro, O estado de Goiás, pesquisei muito sobre ele, mas quero conhecer cachoeiras, as águas térmicas e tantos outros lugares.
-Gravar filme não, estou descansando por um tempo.
O senhor trouxe pouca bagagem, entre os pertences está o seu famoso ursinho, ou ele num veio? Mostra para nós.
Sorrindo Mr. Bean retirou da pequena maleta de mão o ursinho e fez poses brincando de falar com ele:
-Estamos no Brasil, olha quanta gente maravilhosa. Coloca-o no ouvido e faz que sim com a cabeça. Muito bonitas mesmo.
Quem ouviu sabia que ele se referia às mulheres brasileiras.
Depois de momentos de descontração Mr. Bean pede licença e vai à busca de um táxi com a Srta. Nathia, no dia seguinte sairia nas redes sociais e jornais a foto dos dois e a pergunta? Qual a relação de ambos?
Nathia: O senhor não sabia que era tão amado assim no Brasil?
Atkinson: Sim, o povo brasileiro é conhecido pelo seu carinho para com meu personagem, espero ter grandes experiências na minha viagem.
Nathia: Você tem algum contato que o aguarda?
Atkinson: Sim, mas pedi para que me esperassem no Hotel Pullman SP Guarulhos.
Nathia: Por favor, Hotel Hotel Pullman SP Guarulhos, orientou o taxista que já o reconhecera.
Jonatas: Boa tarde Sr.Bean. Posso te chamar assim? Mr. Bean: Claro que sim, é como me chamam em todo lugar, exceto essa bela moça que insiste em me chamar de senhor.
Nathia sorri.
Enquanto se dirigiam ao Hotel conversavam sobre a viagem de avião e relembravam o menino Alisson, ele comentou o encontro dele com própria mãe.
Percebi ao conversar com ele que queria ser e agir como uma pessoa normal, andar pelas ruas, receber e dar atenção, sentar nas praças e conversar, entrar no cinema e não ver ele mesmo na tela, jantar sem receios em um restaurante qualquer, desde que tenha boa música. E eu queria ajudá-lo, mas será possível? O deixariam andar por ai sem o estressar?
Ao chegar ao hotel Nathia o convida para jantar. Ele logicamente aceita, gosta muito de sua companhia.
O taxista nem tentou entrar na conversa, percebeu que ali nascia uma grande amizade, ao chegarem pediu para que ele escrevesse uma frase para seus filhos e não aceitou o pagamento da corrida, seus filhos não o perdoariam.
Assim escreveu: Aos ilustres desconhecidos por mim, mas mui amado pelo pai. Abraços ao Leandro e ao Jonathan.
Assinado Mr. Bean (Atkinson)
Deus os abençoe
Senhor Atkinson combinou com Nathia para dizer que ela era uma amiga e que se conheceram pela internet. Nathia concordou.
Na portaria:
-Bom dia, sou o senhor Atkinson, tenho uma reserva.
Sabemos quem é senhor, bem vindo ao hotel Hotel Pullman SP Guarulhos.
Obrigada senhora.
Vânia: Tem dois homens que o aguardam no rol.
Chegando lá a apresentou a Maicon e Victor.
Atkinson: Eu e Nathia, minha amiga vamos jantar, mas quero que fiquem no hotel, se precisar os chamo, quero ficar a sós, viver de minhas decisões.
Ambos concordaram e disseram que ficariam com o celular a postos e que fizesse um ótimo passeio.
Atkinson: Não vão se meter em encrencas. Ok?
Na verdade eles sabiam dessa decisão, Veder os tinha orientado.
As suas roupas e tudo de uma lista que passaram estão no quarto, quinto andar, 502 e lhes entregaram as chaves, estariam no 501 à frente do dele.
Atkinson: Vamos subir! Você toma um banho.
Nathia: Tenho que ir ao meu hotel para trocar de roupas, nos encontramos às 19h30min minutos, pode ser? E vamos a um restaurante chamado O Compadre, hoje tem música ao vivo, você vai gostar muito.
Atkinson: Okay estarei lá, no horário. Sou bastante pontual.
Despedem-se e ele vai conhecer o hotel, sabia que era ótimo, pois Vader é muito cuidadoso em relação à qualidade.
Ele caminha ao redor do hotel, avista a longa piscina, a área verde de caminhada, em seguida sobe.
Atkinson sentiu-se livre, com o cartão de abertura da porta em mãos sobe ao quinto andar, o sinal de chegada ao andar deu a ele um sopro de liberdade.
Posicionou-se para abrir a porta, passou o cartão para a direita, esquerda e nada, por sorte passou uma camareira que muito atenciosa, mesmo porque o reconheceu, ajudou-o. Desejou-lhe boas vindas e o deixou.
O quarto com grandes cortinas de cores de tons médios, espelhos pela casa, e um quarto muito luxuoso. Joga-se na cama antes de se preparar par o banho. Põem a banheira para encher, escolhe os aromas, coloca o roupão e se observa no espelho, arruma o cabelo com as mãos, dá um sinal de okay e joga-se como uma criança nas espumas da banheira já cheia.
Tem uma hora para pesquisar a localização do restaurante, chamar o táxi e ter seu primeiro encontro com uma linda dama. Não criava expectativa, ela era muito mais jovem que ele, mas a sua companhia era muito preciosa e isso bastava, por enquanto.
Amanda seria a camareira a cuidar do quarto do senhor Atkinson, levar bebidas, refeições, fazer a arrumação. Seus filhos e parentes ficariam lhe perguntando o tempo todo sobre o ilustre hóspede. Havia sido informada por Verder sobre os costumes do senhor Atkinson, cores, janelas abertas a meio fio, os perfumes prediletos para as águas da banheira, doces, bebidas e demais regalias.
Enquanto a banheira enchia ele olhava a paisagem, gostava do quinto andar porque era a altura exata para paisagens mais próximas, olhar o horizonte era pensar longe demais, queria as coisas do momento, fáceis de alcançar.
Distraiu-se por um momento e a banheira quase transbordando chamou-o apressadamente, mergulhou jogando água fora, mas observou que o banheiro era planejado para tal situação, a temperatura estava ótima e a hidromassagem tirava dele as energias que ainda restavam, mergulhou para dar fim ao sono que já o acomodava, pensava em Nathi, teria que estar bem desperto para impressioná-la, na dúvida colocou o celular para despertar, vai que cochila. Mas a ansiedade não deixaria.
Levantou-se sentindo a energia em seu corpo, olhava no espelho e se arrumava, queria impressioná-la realmente, nem que não fosse para conquistá-la, mas fazia questão de se sentir bem diante dela. Ele tinha seu charme e era o Mr. Bean, dois pontos a seu favor.
Pronto, desceu o elevador e o táxi já o esperava, queria chegar mais cedo e escolher um ótimo lugar, conversar de antemão com o garçom sobre o cardápio, escolher as músicas, e enfim estar tudo em ordem quando ela chegasse. Pediu flores para a mesa, disse que era uma pessoa muito especial, foram extremamente atenciosos com ele, afinal de contas sua presença era muito importante.
Avisou o garçom que só daria autógrafo mais tarde, o proprietário agradeceu sua presença e disse que ia fazer daquela noite uma noite inesquecível.
Alguns minutos depois chegou a Nathi, roupa sensual (contava nos dedos os pontos a favor, 1) cabelos soltos e sedosos(2) salto alto (3), batom em tom médio (4 ) sorriso lindo ( 4 ), andar de quem desfila para alguém que ama ou quer amar ( 5 ), bem diferente da aeromoça que conheceu, muito mais mulher.
Levantou-se para recebê-la, puxou a cadeira e a cumprimentou.
Atkinson: Belíssima, agora vejo uma mulher.
Nathia: Obrigado, vindo de você fico feliz em ouvir (6)
Nem prestavam atenção nos curiosos que os observavam.
Enquanto ela se ajeitava a música que ele escolheu era tocada, os músicos tinham uma ordem musical para cada momento do encontro.
Nathia percebeu que ele já tinha organizado o encontro, pois ninguém o importunava, gostou muito disso, é claro. Sentia-se bem na companhia do senhor Atkinson e queria desfrutar da melhor forma àqueles momentos.
Fez o pedido dele e perguntou qual seria o meu prato, falou das opções e descreveu algumas delas. Nathia se entusiasmou com o conhecimento dele em relação à comida brasileira.
Atkinson: São os milagres da internet. Pesquisei muito antes de vir para o Brasil, disse apontando para a própria cabeça, como se dissesse: “garoto esperto”.
Sempre ouvi falar que você gosta muito do Brasil. Por quê?
Atkinson: Bom, há muitos motivos: Praias, lindas paisagens, um povo alegre, belas mulheres, aliás, estou diante de uma, disse sorrindo.
Nathia retribui com um belo sorriso. (8) e diz: “O senhor é um ótimo galanteador, bem diferente do seu personagem, e isso é muito bom” (9).
Senhor Atkinson esperava pelo décimo e gesticulava o dedinho como que ansioso para fechá-lo.
Atkinson: Concordo, o Mr. Bean não é muito bom com as mulheres, gostam do jeito dele pela simplicidade e sinceridade, mas ele exagera.
Os pratos estavam deliciosos, Nathia era muito educada e fina em uma mesa, não havia nela traços de superficialidades, era naturalmente uma dama.
Garçom: Faremos a apresentação de dança típica brasileira logo após o jantar. Terá espaço para dança, será ótimo vê-lo dançar.
Atkinson: Que ótimo, estarei atento, muito obrigado. E sei que a dama aqui me dará o prazer de uns passos.
Seguiram momentos de delicadeza e alegria, Atkinson havia escolhido as músicas que sabia dançar a fim de não fazer nenhum fiasco, mesmo dançando com desenvoltura seus passos não deixavam de ter uma característica própria, muitos flashes marcaram aqueles momentos.
Ele não sabia que seu relógio tinha um localizador colocado pelos seguranças, sabiam exatamente onde ele estava e ficavam por perto sem ele saber a fim de agir se necessário for.
Enquanto as músicas eram tocadas o restaurante contratava outros grupos do gosto do senhor Atkinson, que se prontificavam rapidamente.
Em seguida aprontaram o palco para a dança típica brasileira: “O Samba”
Garçom: Para aquecer colocaremos dez minutos de música lenta, depois samba.
O tempo passava e o restaurante começava a lotar, certamente uns se comunicavam com parentes e amigos que vinham com toda a família, de cento e quarenta lugares ocupados rapidamente chegou à lotação com quinhentos lugares. Milagres da comunicação!
Os funcionários divididos entre a recepção, servir e preparar o som sabiam que a noite seria longa.
Todos queria partilhar de sua presença, mesmo cautelosamente, vê-lo sorrir, fazer suas expressões faciais ou simplesmente estar no mesmo lugar que ele pelo tempo que puderem.
Maitre: Vai ter início a dança, avisa ao casal.
Nátia levantou-se e o puxou delicadamente pelas mãos encaminhando-o ao centro do salão.
Dançaram graciosamente , ela deitou-se em seu ombro -é pouco mais baixa que ele- apesar da diferença de idade formavam um belo casal.
Terça-feira à noite, salão lotado, música lenta, crianças e adolescentes presentes. Milagre alcançado pela presença de tão ilustre.
Ele nada percebia (ou fazia de conta), estava entretido com a forma carinhosa de como ela se ajeitara em seu ombro, dançava com os olhos fechados, parecia um casal apaixonado. Nátia percebeu então que ele havia cochilado, os passos bambos demonstravam que era hora de acordá-lo, foram para a mesa, em seguida todos se acomodaram a fim de organizar o espaço para o samba.
Sr. Atkins: Desculpe-me, acho que o cansaço da viagem misturada à música lenta me derrubaram.
E também o calor do teu corpo fez-me lembrar os tempos de minha juventude, os bailes, as valsas, romances.
Nátia : então vamos juntos ouvir um ritmo musical que não da espaço para o sono, nossa música e dança típica.
Maitre: Gostaria de chamar nosso ilustre convidado para dizer umas breves palavras.
Sr. Atkins levanta-se e sorrindo, fazendo suas expressões que são tão conhecidas vai até ao palco:
Agradece a todos e firmemente decidido demonstrando muito carinho diz:
Senhoras e Senhores, crianças, adolescentes, funcionários é um prazer estar no país de vocês, ficarei por aqui alguns dias, assistirei aos jogos da copa do mundo com os melhores.
Aplausos.
Vim conhecer esta terra maravilhosa agora que já estou aposentado e tenho tempo para momentos especiais longe das câmeras.
Brinca apontando para tantas que o gravam.
Espero não desapontá-los, mas estava na hora de eu descansar. Nesta minha estadia quero ser o que realmente sou e conhecer vocês como são realmente, não só o que a mídia diz, e digo que por enquanto estou me apaixonando.
Aplausos
Mr Bean olha para a Nátia enquanto aplaudem.
Quero agradecer este primeiro momento, escolhi um ótimo local ( bate palmas olhando para os anfitriões ) e vejo mais que um povo, uma família. Obrigado a todos!
Aplausos por um longo tempo.
Mr Bean recebe o carinho de muitos presentes e promete autógrafos.
Música ao fundo, vão para o centro do salão dançarinos e dançarinas fazendo uma demonstração inicial de samba na voz de Martinho da Vila. Bean olhava e gesticulava mexendo-se na cadeira, já aquecia o corpo para se aventurar na dança assim que liberassem o palco. Ele elogiava o show com sorrisos e gestos, olhava atentamente a beleza das mulheres, Nátia preferia ver a apresentação como uma arte a ser admirada afinal de contas também era muito bonita.
Após trinta minutos de show chamaram ao palco os convidados especiais e em seguida todos os demais.
Nátia ensinava os passos e ele desajeitadamente dedicava-se a arte daquela dança que exige muito dos quadris, mas devagar foi se ajeitando, depois ele confessou que havia treinado um pouco e que demonstrara maior dificuldade do que tivera realmente. Verdade ou não ele acabou por exibir alguns passos sob aplausos de olhares que o fitavam e suas câmeras que não cansavam de enviar imagens para amigos e conhecidos.
Em seguida chegou à sua mesa muitos objetos e papéis para ele autografar, atenciosamente se dedicou àquele ritual por um bom tempo. Debaixo da mesa os pés dele tomavam conta do colo de Nátie que o acolhia carinhosamente.
Foi realmente uma noite muito agradável, mas as duas da manhã os sinais de cansaço já eram visíveis e ele resolve se despedir. Saiu sob aplausos, logicamente que o Maitre não se permitiu cobrar e levou-o até a saída pedindo que voltasse outras vezes. Ele agradeceu, não pelo valor econômico, mas pelo que significava, o carinho da recepção.
Caminhando à luz da luz cheia e conversando sobre a viagem e a noite que tiveram. O Sr. Atkins a levou até o apartamento onde despediram-se . Tanto um quanto outro acharam cedo demais para qualquer envolvimento, marcaram de sair as 10:30 min, ela iria buscá-lo.
Nátia sabia,o sorriso da alma não lhe cabia no peito, poderia sim ser o início de um romance, os olhos deles gritavam que sim, os dela murmuravam, mas valeria a pena ser conquistada por ele, ela sentia isso.
Durante o banho os pensamentos são mais confiáveis, a hora que a água se transforma em mãos e o vapor quente no aconchego do amado, nestes momentos ela decidiu que tentaria.
Deitou-se e logo dormiu, nem deu para agradecer o belo dia.
Sr. Atkins chegou ao apartamento dançando, sorriso lado a lado, nem queria dormir , mas o cansaço falava mais alto, acordaria cedo pela hora que era, quase 3: 15 da manhã.
Nátia despertou e logo cedo resolveu que pediria uns dias de folga, todos saberiam do por quê. Ela nunca folgava, pois gostava do trabalho, mas decidiu estar com Atkins, sabia que ele também gostaria.
Foi até o aeroporto e fez a documentação, despediu-se dos colegas que sabiam o que estava acontecendo e voltou ao apartamento, colocou uma belíssima roupa, um perfume suave, e no horário, com a mesma pontualidade britânica Atkins chegou.
Nátia: Bom dia Sr. Atkins
Atkins: Bom dia, mas vamos deixar de lado o Sr., Srta. Nátia e a beijou. Ela não rejeitou, era o que mais desejava. O momento foi ensaiado por ambos, portanto saiu perfeito. Momentos de paixão que se estenderam pela manhã, despertaram do fogo do desejo pela hora do almoço com a fome dos amantes os seduzindo para irem ao restaurante mais próximo.
Nátia: Bean, quero chamá-lo assim, pode ser?
Atkins: Como queira, gosto muito deste personagem, só espero que não seja amor de fã apenas.
Nátia: Claro que não, você sabe disso. Sabe o que fiz hoje de manhã?
Bean: Ficou pensando em mim e se arrumou o tempo todo.
Nátia sorrindo diz: Também, desde a hora do banho que decidi que iria tentar conquistá-lo e deixar-se conquistar por você. Mas, fui ao aeroporto e assinei vinte dias de folga. Eu tinha direito, não gosto de ficar sem viajar. Para ficar com você. Abraçando-o entregou-se novamente aos carinhos daquele homem que decididamente a conquistara.
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