Bilhete
Me levanto, ando em círculos e me ponho a pensar “será que fui envenenado novamente? Não pode ser....mal se passou o feito do primeiro veneno e já me aparece outro. Como posso ser tão bobo de chegar ao ponto de deixar me matarem? ”.
Sento rapidamente, estou sonolento, a morte está a se apossar de mim, logo não terei controle sobre minhas ações.
Procuro desesperadamente por caneta e papel para deixar minhas últimas palavras. Com os materiais em mãos ponho-me a rascunhas, não tinha tempo para desenhar a letra.
Ao final do bilhete, o veneno já tomava conta de mim, parei de escrever e saí mundo a fora.
“Não tenho muito tempo, fui envenenado novamente, aquela mulher me fez tomar a poção do amor, sinto a paixão me consumindo. Pela minha falta de atenção, agora terei que lidar com essa droga.
Você, meu caro leito, que encontrou esta carta, peço que me ajude, encontre a cura para o amor e me faça toma-la.
Aparentemente essa droga não é ruim, mas as aparências enganam, ela é o veneno mais mortífero que existe, deixa suas vítimas fracas, confusas, loucas e pode levar até a morte caso o assassino não se importe com sua vítima.
A droga do amor já está me consumindo, espero que não me mate, ou mate logo e acabe com esse inferno.
Não encontrei a cura, nem sei como encontrar e agora começo a pensar, o que antes eu pensava que seria meu fim, na verdade é o recomeço. O amor não é um bicho de sete cabeças, é apenas algo confuso e estranho que quando se aprende a lidar com ele, acaba se tornando algo lindo.
Ouço passos, acredito que seja meu amorzinho.
Ass: Um Cara Qualquer”