Capítulo 15

Na cidade,aos poucos,ainda sem perceber,a vida vai esvaindo-se do lugar. A vegetação próxima ao lado do Leisom,antes viçosa,verdejante,festiva,vai,infelizmente,dando lugar a um cenário de desolação quase total:a mata multicolorida,vibrante,viçosa dá lugar a um tom seco,semimorto,dando sentimento de horror e tristeza para quem o conhece. O rio definha-se lentamente. Os seres que ali vivem sentem uma nova "experiência":a agonia de viver fora d'água. Os animais que por ali pastam têm um novo sentimento:a sede que a falta d'água produz. Palavra que não constava do vocabulário galabético. O que era antes lugar de vida,transformou-se na medonha palavra que a todos assusta:morte. Mas não a morte de Bendarus,mas a nossa triste,medonha morte. A que traz tristeza,mas uma amarga tristeza. Mas enfim o sol nasce,e com ele,uma manhã cinzenta,triste,aterradora para Leprovitz,onde aos poucos a cidade acorda. E nossos amigos também. Plenirus acorda radiante para ir ao Leisom,mas com uma "coisinha" a mais:Kshyra irá junto!. O que será que acontecerá ao conhecer o pai dela?. Se prepara,gondolev!. Enfim acorda seu primo,chacoalhando-o da cama. _Gobletz!. Acorda, cara!_seu primo acorda sonolento. _Hã?. O quê?. _Já é de manhã. O Leisom!. Esqueceu?. _Leisom!?!. _Espera aí..._e Plenirus vai ao banheiro pegar um copo d'água fria para jogar em Gobletz. CHUÁÁÁ,ainda tinha na torneira. Ele então salpica-lhe o rosto. _Acorda!. Vamos preparar-nos para o Leisom!. _Tá bom... tá bom!_e Gobletz levanta-se. _Ainda temos que pegar as meninas. _É mesmo!. S'imbora!_e só então Gobletz lembra-se do combinado. E por falar nas mocinhas... . Na casa de Kshyra é aquela balbúrdia. Bolsa,esteira,guarda-sol,biquíni,óculos escuros... aquela festa!. _Mamãe,vamos embora!. _Kilimby,desce logo!. _Já vou!. Já vou!_enfim desce Kalysma. _Já era hora!. As famílias dos gondoleves já devem estar esperando-nos!_e eles entram no carro e partem. E na casa de Kalayama... . _S'imbora,gente!. _Espera aí... . _Ah,mamãe!.Anda logo!. _Só estava pegando umas "coisinhas"... . _Sei... "coisinhas". Vamos,vamos!. E enfiaram-se no carro rumo ao ponto de encontro na estrada para as famílias. E pé na estrada!. Enquanto isso,em Negris Cordis... . _Maravilha!. _Estupendo!. _Malevolus,nós conseguimos. Temos as águas mágicas do Leisom!. _Estamos de parabéns_responde Malevolus_agora só nos falta sabermos se com tais águas serei finalmente poderosa!. _Vamos ver!_e entre risos sinistros e guinchos horripilantes,o castelo parece ganhar vida com tais monstros. Enquanto há festa em Negris Cordis,em Leprovitz... . _Olhem eles lá!_exclama Plenirus. _Sim,são eles!_responde Gobletz. Enfim as famílias se encontram. _Então você deve ser Plenirus_fala o pai de Kshyra,estendo-lhe a mão_Gorbeletz. _Prazer. _E você deve ser Gobletz. _Sim. _Prazer,Spartzcletz. Acho que nossas filhas acertaram nos gondoleves para namorarem._ Os quatro ficaram vermelhinhos. _Vamos embora?. _Demorou!_responderam os quatro jovens. _Pai,posso ir com Plenirus?. _Sei não... . _Ah,querido. Que é isso... . _Então vai. Vai!_e Kshyra vai toda contente ao carro. _Pai,posso ir com Gobletz?. _Er... . _Pode ir,filha..._responde sua mãe. _Legal!_e entra com Gobletz. E as famílias seguem na estrada. Quando estão a alguns quilômetros do Leisom,a paisagem transforma-se bruscamente: árvores secas,capim queimado e animais mortos ou em inanição. _Que cenário monstruoso!. _Nem me diga..._diz Kalayama e abraça-se em Gobletz. Chegando ao Leisom,eles tiveram uma imensa "surpresa". _Mas,o que..._diz Plenirus. _Essa não!_respondem estupefatos todos no carro.