MAIS OU MENOS ASSIM...
Sou assim mais ou menos,
Opto por medir o terreno
Que pisar tenho quando ando,
Saio por ai me desabafando
Dos pormenores de afazeres
Tarefas de laser e de prazeres
Naquilo que bem fazer sei,
De ser mau jovem me negarei,
Ser jovem bom, eis minha sina,
Na robusteza que as vitaminas
Me proporcionam quando as tomo,
Em final de caminho me retorno,
Por esse ser meu optar aportuno,
Ao retornar eu me asseguro,
Voltei para a base de vida antiga,
Que achava meia ruim de ser vivida,
Por isso, a minha procura por melhoras,
Trilhei estradas muitas mundo afora,
Mas tive que voltar para minhas origens,
O cansar-me de andar me deu vertigens,
E agora, no meu canto me sossego,
Me apressava por chegar a me ser velho,
Pois de ser jovem me via cansado,
Ora, ora, eu mesmo, me deixe antenado,
Por enquanto deixo a velhice
Para aqueles que se veem velhos, idem,
No espelho de suas bem vividas vidas,
Foram jovens, e quem disso duvida,
Quero continuar contando os meus dias
Mesmo sentindo que minha rotina me judia,
Muito tempo me resta, por ser jovem,
Apesar do tempo que me consome,
Que a contagem dos dias da juventude
Me seja prolongada e me torne imune
Ao tempo, que quer que me torne
Um ser mortal de corpo, e que se comprove
Ao menos que imortal de alma se seja,
Uma alma jovem pra si ter se almeja...