O contato com suas emoções...

REFLEXÃO DIÁRIA: 24 DE ABRIL DE 2016

Um amigo convidou-me para participar de um seminário de uma semana sobre comunicação e deu-me um folheto publicitário que prometia que esse seminário “colocaria todos os participantes em contato com suas emoções”. Lembro-me da reação que tive. O que? Eu presunçosamente afirmava a mim mesmo que estava em contato permanente com meus sentimentos e, pela votação de um a zero, concluí que não precisava de um seminário desse tipo. Por fim, depois de muita insistência de meu amigo, concordei em ir “só para ver o que fazem com essas coisas”. O resultado foi uma revolução total que me virou do avesso e me deixou de ponta-cabeça.

De certo modo, ao analisar os efeitos daquela semana, tornei-me dolorosamente consciente de que estivera mentindo para mim mesmo a meu respeito, a respeito de meus sentimentos, de minhas motivações e de meus objetivos. Fiquei tão ocupado dizendo a meus sentimentos como eles deviam ser que me recusei a deixar que eles me dissessem o que realmente eram. E preocupava-me tanto socialmente em ser um padre bom e santo que estava negando minha autenticidade às pessoas. Andei representando o papel de padre, tocando como uma fita de gravados as mensagens que foram registradas e impostas a mim pelas pessoas que me formaram. Nunca disse às pessoas o que realmente sentia. Nunca disse sequer a mim mesmo.

Texto: Ele me tocou

______________________

REFLEXÃO DIÁRIA: 23 DE ABRIL DE 2016

http://paroquiaimaculadaconceicao.com.br/reflexao-diaria-23-de-abril-de-2016/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ParoquiaImaculadaConceicao+%28Paroquia+Imaculada+Concei%C3%A7%C3%A3o%29

Existem três motivos principais para a repressão emocional. Enterramos emoções indesejáveis porque: (1) fomos programados para fazer isso. Às chamadas “fitas gravadas pelos pais” repetem constantemente as mensagens que deixaram para nós. Nossos instintos mais profundos foram moldados durante os primeiros cinco anos de nossa vida pelos pais e outras pessoas que nos influenciaram. (2) “Moralizamos” nossas emoções. Dependendo de nossa formação, tendemos a rotular certas emoções de “boas” ou “más”. Por exemplo: é bom sentir gratidão, mas é ruim sentir raiva ou ciúme. (3) A consideração final que nos leva a negar certos sentimentos humanos válidos é um “conflito de valores”. Quando, por exemplo, “ser homem” é uma parte fundamental de minha identidade e auto-imagem, à qual atribuo grande valor, certas emoções quase certamente serão consideradas perniciosas para essa imagem. Terei de selecionar minhas emoções com o maior cuidado para preservar minha masculinidade.

Não estou certo de que esses três motivos não possam reduzir-se a um único. O que preciso para poder continuar vivendo é auto-aceitação, auto-estima, auto-respeito – um sentimento de celebração. Tentei construir um tipo de estrutura que me proporcionasse essa auto-aceitação tão necessária. Admito que lembra um castelo de cartas. Preciso protegê-la de todas as ameaças: tanto das que vêm de dentro como das que julgadas incompatíveis com a auto-aceitação, podem colocar em risco a torre precária de minha auto-imagem. Não posso permitir isso. Por isso tenho dores de cabeça, alergias, úlceras, vírus de resfriado e tiques nervosos. Emoções enterradas são como pessoas rejeitadas: fazem-nos pagar um alto preço por tê-las rejeitado. O inferno não tem fúria que se compare com a de uma emoção desprezada.

Texto: O segredo do amor eterno.

http://paroquiaimaculadaconceicao.com.br/reflehttp://paroquiaimaculadaconceicao.com.br/reflexao-diaria-24-de-abril-de-2016/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ParoquiaImaculadaConceicao+%28Paroquia+Imaculada+Concei%C3%A7%C3%A3o%29
Enviado por J B Pereira em 26/04/2016
Reeditado em 27/04/2016
Código do texto: T5617494
Classificação de conteúdo: seguro