O homem que escolhe uma mulher como esposa e companheira de sua vida, por sua própria escolha eliminou todas as outras mulheres como possíveis esposas e companheiras de vida.

REFLEXÃO DIÁRIA: 03 DE MARÇO DE 2016

O x da questão é: será que nos realizamos procurando ter todas as experiências que podemos? É verdade que, quando mais experiências tem uma pessoa, tanto mais desenvolvida e realizada ela será? Ou o contrário é que é verdade, que a pessoa se realiza assumindo um compromisso e depois escolhendo experiências que honrem, promovam e reafirmem esse compromisso?

Assumir o compromisso de amor permanente e incondicional significa que certas experiências, que em outras circunstâncias eu poderia ter, agora são impossíveis para mim. O homem que escolhe uma mulher como esposa e companheira de sua vida, por sua própria escolha eliminou todas as outras mulheres como possíveis esposas e companheiras de vida. É essa eliminação que nos amedronta quando estamos prestes a assumir um compromisso. Todo compromisso é como todo momento da vida: há uma nascimento e uma morte em cada momento. Algo passa a ser e algo deixa de ser. Há uma escolha e uma entrega, um “sim” e um “não”. Amar tem realmente um preço elevado. Amar incondicionalmente é um desafio vital. Assumindo-o, escolhemos um lado da fronteira, e não há volta. É nesse limite que muitos parecem sucumbir. Com a grandeza ao alcance das mãos, abatem-se com a ideia de nunca mais voltar. É a estrada menos percorrida que há.

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REFLEXÃO DIÁRIA: 04 DE MARÇO DE 201

E assim, mais uma vez, como um bumerangue, a pergunta volta para mim: acredito mesmo que preciso ser honesto comigo para poder ser autêntico com você? Quero mesmo ser honesto comigo? Quero mesmo ser honesto com você? Quero lhe dar meu verdadeiro presente ou quero deixá-lo em lugar seguro e só lhe dar meu enigma? Minha cena de teatro é o preço que pago pela segurança e pelo aplauso. É a armadura que me protege dos ferimentos, mas também a barreira interior a impedir meu crescimento. É, ainda, um muro entre nós impedindo-o de chegar a conhecer minha verdadeira pessoa. Renunciar ao teatro requer coragem. É assumir um risco verdadeiro, sair de trás de meu muro. Vou ter de reescrever meu cartaz: “Essa é minha verdadeira pessoa. O que você vê é o que você tem”. Tenha paciência comigo. Não vai ser fácil. Suspeito que o velho Polônio sabia muito bem disso ao aconselhar Laerte: “Seja verdadeiro com seu verdadeiro eu”.

Mas, se eu estiver disposto a assumir esse risco, minha coragem vai conquistar recompensas maravilhosas: a estátua vai adquirir vida, a Bela Adormecida vai despertar. Passarei a saber quem sou realmente. Talvez pela primeira vez eu veja onde acaba o papel e onde começa o verdadeiro eu. O verdadeiro eu vai aparecer por trás da máscara, da impostura, do disfarce. Vou começar a desabrochar em meus relacionamentos e a me transformar na melhor pessoa que posso ser. Os gregos antigos sabiam de tudo isso ao aceitar o resumo de toda a sabedoria: “Conhece-te e ti mesmo”.

A viagem mais longa é a viagem para o interior.

Bon voyage!

Texto de Arrancar máscaras, abandonar papéis.

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Publicado em Reflexão Diária em 4 mar 2016

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5 mar 2016 às 11:25 pm, joão bosco Diz:

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Atores e agentes; representação ou atuação? Essa ambiguidade pode rica e um risco. Rica se for para o bem da alma e levar Deus aos outros. Um meio de criativa evangelização como fez os místicos, o presépio de São Francisco, o teatro jusuitico de Anchieta…

Mas, é um risco: mera reprodução de papeis. E nos perdemos neles… Ou o risco de querer ser o que se representa e não se aceitar o que se é.

Deus nos dê a sabedoria. Leia Eclesiastico 51. Lindo!

http://paroquiaimaculadaconceicao.com.br/reflexao-diaria-04-de-marco-de-201/comment-page-1/#comment-5628

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Enviado por J B Pereira em 05/03/2016
Reeditado em 05/03/2016
Código do texto: T5564772
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