EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS de Santo Inácio de Loyola, REFLEXÃO DIÁRIA: 08 DE FEVEREIRO DE 2016 e oração pelo Bem das Almas em Jesus.
Silêncio, silêncio - canticos da Igreja católica
https://www.youtube.com/watch?v=HhkFw7e_4uE
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SANTO INÁCIO DE LOIOLA
1491 – 1556
ALMA DE CRISTO
Alma de Cristo santificai-me
Corpo de Cristo salvai-me
Sangue de Cristo inebriai-me
Água do lado de Cristo lavai-me
Paixão de Cristo confortai-me
Ó Bom Jesus ouvi-me
Nas vossas chagas escondei-me
Não permitais que me separe de Vós
Do inimigo maligno defendei-me
Na hora da minha morte chamai-me
E mandai-me ir para Vós
Para que vos louve com os vossos Santos
Por todos os séculos dos séculos. Amém.
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Princípio e Fundamento(4) DOS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA
2O homem é criado para louvar, prestar reverência e servir a Deus nosso Senhor e, mediante isto, salvar a sua alma; 3
e as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para que o ajudem a conseguir o fim para que é criado. 4Donde se segue que o homem tanto há-de usar delas quanto o ajudam para o seu fim, e tanto deve deixar-se delas, quanto disso o impedem. 5
Pelo que, é necessário fazer-nos indiferentes a todas as coisas criadas, em tudo o que é concedido à liberdade do nosso livre arbítrio, e não lhe está proibido; 6 de tal maneira que, da nossa parte, não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida curta, e consequentemente em tudo o mais; 7mas somente desejemos e escolhamos o que mais nos conduz para o fim para que somos criados.
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[B. CONTEMPLAÇÃO GLOBAL EM CHAVE DE AMOR(28)]
230 – 1Contemplação para alcançar amor
2Nota: primeiro, convém atender a duas coisas.
A primeira é que o amor se deve pôr mais nas obras que nas palavras.
231 – 1
A segunda é que o amor consiste na comunicação reciproca, a saber, em dar e comunicar a
pessoa que ama à pessoa amada o que tem ou do que tem ou pode; e, vice-versa, a pessoa que é
amada à pessoa que ama; 2
de maneira que, se um tem ciência, a dê ao que a não tem, e do mesmo
modo quanto a honras ou riquezas; e assim em tudo reciprocamente, um ao outro.
3Oração habitual [46].
232 – Primeiro preâmbulo é a composição, que é aqui ver como estou diante de Deus nosso Senhor,
dos anjos, e dos santos a intercederem por mim.
233 – Segundo [preâmbulo]: pedir o que quero; será aqui pedir conhecimento interno de tanto bem
recebido, para que eu, reconhecendo-o inteiramente, possa, em tudo, amar e servir a sua divina
majestade.
234 – 1
Primeiro ponto é trazer à memória os benefícios recebidos de criação, redenção e os dons
particulares, 2
ponderando, com muito afecto, quanto tem feito Deus nosso Senhor por mim e quanto
me tem dado do que tem e, consequentemente, o mesmo Senhor deseja dar-se-me, em quanto pode,
segundo seu desígnio divino. 3
E, depois disto, reflectir em mim mesmo, considerando, com muita
razão e justiça, o que eu devo, de minha parte, oferecer e dar a sua divina majestade, a saber, todas
as minhas coisas e a mim mesmo com elas, como quem oferece, com muito afecto: 4
Tomai, Senhor,
e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade,
tudo o que tenho e possuo; 5Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vosso, disponde de
tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta.
235 – 1
Segundo [ponto], considerar como Deus habita nas criaturas: nos elementos dando-lhes o ser,
nas plantas o vegetar, nos animais o sentir, nos homens o entender; 2
e, assim, em mim dando-me
ser, vida, sentidos e fazendo-me entender. E também como faz de mim seu templo, sendo eu
criado à semelhança e imagem de sua divina majestade. 3Reflectir igualmente em mim mesmo, pelo
modo que está dito no primeiro ponto, ou por outro que julgar melhor. Da mesma maneira se fará
sobre cada ponto que segue.
236 – 1
Terceiro [ponto], considerar como Deus trabalha e opera por mim em todas as coisas criadas
sobre a face da terra, isto é, procede à semelhança de quem trabalhasse. 2
Por exemplo, nos céus, nos
elementos, nas plantas, nos frutos, nos animais, etc., dando-lhes ser, conservação, vegetação e sensação,
etc. Depois, reflectir em mim mesmo.
28 Em relação à estrutura-tipo da Terceira «semana», que deve servir de orientação para a da Quarta (Cf. EE 226), a
contemplação para alcançar amor corresponde, aqui, à contemplação de toda a Paixão junta, lá (EE 208,9-11; 209,3.6).
50.
237 – 1Quarto [ponto], atender como todos os bens e dons descem do alto, por exemplo, como o meu
limitado poder vem do sumo e infinito poder do alto, e bem assim, a justiça, a bondade, a pieda de, a
misericórdia, etc., tal como do sol descem os raios, da fonte as águas, etc. Depois, acabar, refletindo
em mim mesmo, como está dito.
2
Terminar com um colóquio e um Pai nosso
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– 1Exame Particular(6) e quotidiano.
Compreende três tempos e examinar-se duas vezes
2
Primeiro tempo. Pela manhã, logo ao levantar, deve propor guardar-se, com diligência, daquele
pecado particular ou defeito que se quer corrigir e emendar.
25 – 1
Segundo tempo. Depois da refeição do meio-dia, pedir a Deus nosso Senhor o que se quer, a
saber, graça para se recordar de quantas vezes caiu naquele pecado particular ou defeito e para se
emendar no futuro. 2
Em seguida, faça o primeiro exame, pedindo conta à sua alma daquele ponto
particular proposto de que se quer corrigir e emendar, 3
percorrendo hora por hora ou tempo por
tempo, começando desde a hora em que se levantou até à hora e momento do presente exame; 4
e
faça, na primeira linha do g = tantos pontos quantas forem as vezes que tenha incorrido naquele
pecado particular ou defeito; 5
e depois, propo nha, de novo, emendar-se até ao segundo exame que
fará.
26 – 1
Terceiro tempo. Depois da refeição da noite, fará o segundo exame, também de hora em hora,
começando desde o primeiro exame até ao segundo, 2
e fará, na segunda linha do mesmo g= tantos
pontos quantas as vezes que tenha incorrido naquele pecado particular ou defeito.
27 – 1
Seguem-se quatro adições para mais depressa tirar aquele pecado ou defeito particular
2
Primeira adição. Cada vez que a pessoa cair naquele pecado ou defeito particular, ponha a mão no
peito, doendo-se de ter caído; 3
o que se pode fazer mesmo diante de muitas pessoas, sem que notem
o que faz.
28 – Segunda [adição]. Como a primeira linha do g= significa o primeiro exame e a segunda linha
o segundo, veja, à noite, se há emenda, da primeira linha para a segunda, a saber: do primeiro exame
para o segundo.
29 – Terceira [adição]. Conferir o segundo dia com o primeiro, a saber: os dois exames do dia
presente com os outros dois exames do dia passado, e verificar se, de um dia para o outro, se
emendou.
30 – Quarta adição. Conferir uma semana com a outra, e verificar se se emendou, na semana
presente, em comparação com a semana passada.
1
PALAVRAS. 2Não jurar, nem pelo Criador nem pela criatura, a não ser com verdade,
necessidade e reverência. 3Necessidade entendo, não quando se afirma com juramento qualquer
verdade, mas quando é de alguma importância para o proveito da alma ou do corpo ou de bens
temporais. 4Reverência entendo, quando ao pronunciar o nome do seu Criador e Senhor, com
consideração, se lhe tributa a honra e reverência devidas.
1MODO DE FAZER O EXAME GERAL.
Consta de cinco pontos
2O Primeiro ponto é dar graças a Deus nosso Senhor pelos benefícios recebidos.
3
Segundo, pedir graça para conhecer os pecados, e libertar-se deles.
4
Terceiro, pedir conta à alma, desde a hora em que se levantou até ao exame presente, hora por hora
ou período por período, 5
primeiro, dos pensamentos, depois das palavras, e depois das obras, pela
mesma ordem que se disse no exame particular [25].
6Quarto, pedir perdão, a Deus nosso Senhor, das faltas.
7Quinto, propor emenda, com sua graça.
Pai Nosso
1
Primeiro Dia
A PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO É DA ENCARNAÇÃO.
Consta da oração preparatória, três preâmbulos e três pontos e um colóquio
2Oração preparatória, a costumada [46].
102 – 1
Primeiro preâmbulo é recordar a história do assunto que tenho de contemplar, que é aqui
como as três pessoas divinas observavam toda a planície ou redondeza de todo o mundo, cheia de
homens, 2
e como, vendo que todos desciam ao inferno, se determina, na sua eternidade, que a
segunda pessoa se faça homem, para salvar o género humano. 3E, assim, chegada a plenitude dos
tempos, é enviado o anjo S. Gabriel a nossa Senhora [262].
103 – 1
Segundo [preâmbulo]. Composição, vendo o lugar. Aqui será ver a grande extensão e
redondeza do mundo, no qual estão tantas e tão diversas gentes. 2Assim mesmo, depois,
particularmente, a casa e aposentos de nossa Senhora, na cidade de Nazaré, na província de Galileia.
104 – Terceiro [preâmbulo]. Pedir o que quero; será aqui pedir conhecimento interno do Senhor
que, por mim, se fez homem, para que mais o ame e o siga.
105 – 1Nota. Convém aqui notar que esta mesma oração preparatória, sem a mudar, como está dito
no princípio [46;49], 2
assim como os mesmos três preâmbulos se hão-de fazer nesta semana e nas
outras seguintes, mudando [nestes] a forma segundo a matéria proposta.
106 – 1
Primeiro ponto é ver as pessoas, umas e outras. E, primeiro, as da face da terra, em tanta
diversidade, assim em trajes como em gestos: 2
uns brancos e outros negros, uns em paz e outros em
guerra, uns chorando e outros rindo, uns sãos e outros enfermos, uns nascendo e outros morrendo, etc;
3
segundo, ver e considerar as três pessoas divinas, como [que] no seu assento real ou trono da sua
divina majestade, como observam toda a face e redondeza da terra, e todas as gentes em tanta cegueira,
e como morrem e descem ao inferno; 4
terceiro, ver nossa Senhora e o anjo que a saúda. E reflectir para
tirar proveito de tal vista.
107 – 1
Segundo [ponto]: ouvir o que dizem as pessoas sobre a face da terra, a saber, como falam
umas com as outras, como juram e blasfemam, etc.2Assim mesmo, o que dizem as pessoas divinas,
a saber: «Façamos a redenção do género humano, etc.»
3
E, depois, as palavras do anjo e de nossa
Senhora. E reflectir, depois, para tirar proveito de suas palavras.
108 – 1
Terceiro [ponto]: depois, observar o que fazem as pessoas sobre a face da terra, como ferir,
matar, ir para o inferno, etc. 2Assim mesmo, o que fazem as pessoas divinas, a saber, realizar a
santíssima Encarnação, etc. 3
E, assim mesmo, o que fazem o anjo e nossa Senhora, a saber, o anjo
cumprindo o seu ofício de legado, e nossa Senhora humilhando-se e dando graças à divina
Majestade. 4
E, refletir, depois, para tirar algum proveito de cada uma destas coisas.
109 – 1
Ao fim, se há-de fazer um colóquio, pensando o que devo dizer às três Pessoas divinas ou ao
Verbo eterno encarnado, ou à Mãe e Senhora nossa, 2
pedindo, conforme em si sentir, para mais
seguir e imitar a nosso Senhor, assim recém-encarnado, dizendo um Pai nosso.
177 – 1O terceiro tempo é tranquilo, considerando primeiro para que nasceu o homem, a saber, para
louvar a Deus nosso Senhor e salvar a sua alma; 2
e, desejando isto, escolhe, como meio, uma vida
ou estado dos que a Igreja aprova, afim de ser ajudado no serviço de seu Senhor e salvação de sua
alma. 3 Disse tempo tranquilo, quando a alma não é agitada por vários espíritos e usa de suas
potências naturais, livre e tranquilamente.
3O primeiro ponto é propor diante de mim a coisa sobre a qual quero fazer eleição, como, por
exemplo, um ofício ou benefício a tomar ou deixar, ou qualquer outra coisa compreendida no
âmbito de eleição mudável.
179 – 1
Segundo [ponto]. É preciso ter como objectivo o fim para que sou criado, que é para louvar a
Deus nosso Senhor e salvar a minha alma; 2
e, além disso, achar-me indiferente [23], sem afeição
alguma desordenada, de maneira que não esteja mais inclinado nem afeiçoado a tomar a coisa
proposta do que a deixá-la, nem mais a deixá-la que a tomá-la ; 3mas que esteja no meio, como o
fiel da balança, afim de seguir aquilo que julgar ser para mais glória e louvor de Deus nosso Senhor
e salvação de minha alma [169].
180 – 1
Terceiro [ponto]. Pedir a Deus nosso Senhor queira mover a minha vontade e pôr em minha
alma o que devo fazer, quanto à coisa proposta, que mais seja para seu louvor e glória; 2
discorrendo
bem e fielmente, com o meu entendimento, e escolhendo conforme a sua santíssima e beneplácita
vontade.
181 – 1Quarto [ponto]. Considerar, raciocinando, quantas vantagens ou proveitos para mim se
seguem, com ter o cargo ou benefício proposto, só para louvor de Deus nosso Senhor e salvação de
minha alma; 2
e, pelo contrário, considerar também os inconvenientes e perigos que há em tê-lo.
3
Fazer o mesmo na segunda parte, a saber, ver as vantagens e proveitos em o não ter; e também, os
inconvenientes e perigos em o não ter.
182 -1Quinto [ponto]. Depois de assim ter discorrido e reflectido, sobre todos os aspectos do
assunto proposto, ver para onde a razão mais se inclina; 2
e, assim, conforme a maior moção
racional, e não conforme moção alguma da sensibilidade, se deve fazer a deliberação sobre o
assunto proposto.
183 – 1
Sexto [ponto]. Feita a eleição ou deliberação, deve a pessoa que a fez, ir, com muita
diligência, à oração diante de Deus nosso Senhor, 2
e oferecer-lhe essa eleição, para que sua divina
majestade a queira receber e confirmar, se for para seu maior serviço e louvor.
208 – 1
Segundo Dia,
à meia-noite, a contemplação será DESDE O HORTO À CASA DE ANÁS INCLUSIVE [291]; e,
de manhã, DA CASA DE ANÁS À CASA DE CAIFÁS INCLUSIVE [292]; 2
e, depois, AS
DUAS REPETIÇÕES e a APLICAÇÃO DE SENTIDOS, conforme está já dito [204].
3
Terceiro Dia, à meia noite, DE CASA DE CAIFÁS A PILATOS INCLUSIVE [293], e, de
manhã, DE PILATOS A HERODES INCLUSIVE [294]; 4
e depois, as REPETIÇÕES e [a
APLICAÇÃO DOS] SENTIDOS, pela mesma forma que já está dito [204].
5Quarto Dia, à meia-noite, DE HERODES A PILATOS [295], fazendo a contemplação dos
mistérios até metade dos da mesma casa de Pilatos; 6
e, depois, no exercício da manhã, OS
OUTROS MISTÉRIOS QUE FICARAM DA MESMA CASA, e as REPETIÇÕES e [a
APLICAÇÃO DE] SENTIDOS, como está dito [204].
7Quinto Dia, à meia-noite, DA CASA DE PILATOS ATÉ SER PREGADO NA CRUZ [296], e,
de manhã, DESDE QUE FOI LEVANTADO NA CRUZ ATÉ QUE EXPIROU [297]; depois, as
duas REPETIÇÕES e [a APLICAÇÃO DE] SENTIDOS [204].
8
Sexto Dia, à meia-noite, DESDE O DESCIMENTO DA CRUZ ATÉ AO SEPULCRO
INCLUSIVE [298]; e, de manhã, DESDE O SEPULCRO INCLUSIVE ATÉ À CASA PARA
ONDE NOSSA SENHORA FOI, depois de sepultado seu Filho.
[B. CONTEMPLAÇÃO DE TODA A PAIXÃO POR JUNTO]
9
Sétimo Dia, CONTEMPLAÇÃO DE TODA A PAIXÃO JUNTA, no exercício da meia noite e da
manhã; 10e, em lugar das DUAS REPETIÇÕES e [da APLICAÇÃO] DE SENTIDOS, considerar,
todo aquele dia, o mais frequentemente que puder, como o corpo sacratíssimo de Cristo nosso
Senhor ficou desatado e apartado da alma, e onde e como ficou sepultado. 11Conside re-se assim
mesmo, a soledade de nossa Senhora, com tanta dor e aflição; depois, por outra parte, a dos
discípulos.
209 – 1Nota. É de notar que, quem se quiser alongar mais na Paixão, há-de tomar, em cada
contemplação, menos mistérios [cf. 162], a saber, na primeira contemplação, somente a Ceia; 2
na
segunda, o lava-pés; na terceira, o dom do Sacramento [da Eucaristia]; na quarta, o sermão que
Cristo fez [aos discípulos]; e assim nas outras contemplações e mistérios.
3Assim mesmo, depois de acabada a Paixão, tome, um dia inteiro, metade de toda a Paixão; e, no
segundo dia, a outra metade; e no terceiro dia, toda a Paixão.
4
Pelo contrário, quem quiser abreviar mais a Paixão, tome, à meia-noite, a Ceia; de manhã, o horto;
à hora da missa, a casa de Anás; à hora de vésperas, a casa de Caifás; na hora antes do jantar, a casa
de Pilatos; 5
de maneira que, não fazendo repetições nem a aplicação de sentidos, faça, cada dia,
cinco exercícios distintos, e, em cada um dos exercícios, distinto mistério de Cristo nosso Senhor;
6
e depois de acabada assim toda a Paixão, pode fazer, outro dia, toda a Paixão junta, num exercício
ou em diversos, como mais lhe parecer que poderá aproveitar-se.
46.
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274 – 1COMO CRISTO FOI TENTADO.
Escreve São Lucas no capítulo quarto,1-13
e Mateus no capítulo quarto, 1-11
[Lc 4,1-2b-Mt 4,1-2a
/ Lc 4,3-Mt 4,6.9/ Mt 4,11b]
2
Primeiro. Depois de ter sido baptizado, foi ao deserto, onde jejuou, quarenta dias e quarenta noites.
3
Segundo. Foi tentado pelo inimigo, três vezes: «Chegando-se a ele o tentador disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pão; deita-te daqui abaixo; tudo isto que vês te
darei se, prostrado em terra, me adorares».
4
Terceiro. «Vieram os anjos e serviram-no».
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286 – 1A CEIA EM BETÂNIA.
Mateus, capítulo 26
[Mt 26,6-Jo 12,1/ Mt 26,7/ Jo 12,4-Mt 26,8.10]
2
Primeiro. O Senhor ceia em casa de Simão, o leproso, junta mente com Lázaro.
3
Segundo. Maria derrama o perfume sobre a cabeça de Cristo.
4
Terceiro. Judas murmura, dizendo: «Para quê este desperdício de perfume ?" Mas Jesus defende,
outra vez, Madalena, dizendo: «Porque molestais esta mulher por ela Ter feito uma boa obra para
comigo ? ».
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297 – 1MISTÉRIOS PASSADOS NA CRUZ.
João, 19, 23-27
[Lc 23,34.43; Jo 19,26-27.28; Mc 15,34;
Mt 27,46; Jo 19,30; Lc 23,46; Mt 27,51-52;
Mc 15,38; Lc 23,45 / Mt 27,51-52 /
Mt 27,39-40-Mc 15,33-36; Jo 19,23-24-Mt 27,35; Jo 19,34]
2
Primeiro. Disse sete palavras na cruz: 3Rogou pelos que o crucificavam; perdoou ao ladrão;
encomendou a S. João a sua Mãe, e à Mãe a S. João; disse com voz alta: «Tenho sede», e deram-lhe
fel e vinagre; disse que estava desamparado; disse: «Tudo está consumado»; disse: 4
«Pai em tuas
encomendo o meu espírito».
5
Segundo. O sol ficou escurecido, as pedras quebradas, as sepulturas abertas, o véu do templo
rasgado em duas partes de cima abaixo.
6
Terceiro. Blasfemavam contra ele, dizendo: «Tu que destróis o templo de Deus, baixa da cruz»;
foram divididos os seus vestidos; ferido com a lança o seu lado, manou água e sangue.
298 – 1MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CRUZ ATÉ AO SEPULCRO INCLUSIVE.
No mesmo capítulo
[Jo 19,38-39 / Jo 19,40-42 / Mt 27,65-66]
2
Primeiro. Foi tirado da cruz por José e Nicodemos, em presença de sua Mãe dolorosa.
3
Segundo. Foi levado o corpo ao sepulcro e ungido e sepultado.
4
Terceiro. Foram postos guardas.
___________
299 – 1A RESSURREIÇÃO DE CRISTO NOSSO SENHOR. SUA PRIMEIRA APARIÇÃO.
[Vita Christi]2
Primeiro. Apareceu à Virgem Maria; o que, ainda que se não diga na Escritura, se tem como dito,
ao dizer que apareceu a tantos outros; 3
porque a Escritura supõe que temos entendi mento, como
está escrito: «Também vós estais sem entendimento?».
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EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS - 109 P.
Tradução do autógrafo
http://www.raggionline.com/saggi/scritti/pt/exercicios.pdf
http://pt.scribd.com/doc/17711972/Exercicios-Espirituais-de-Santo-Ignacio-de-Loyola-14911556
http://www.raggionline.com/saggi/scritti/pt/exercicios.pdf
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vocabulário dos EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS ACIMA:
Amor – sensual: 89,3; 97,2; 189,10 — espiritual: por acto de consolação+ ou dom: 316,1.3; 15,4;
322,3; 330,1; cf. lágrimas +; por acto de virtude ou esforço «com auxílio divino que sempre nos
fica, embora claramente se não sinta»: 320,2; cf. 22,3; 65,5; 150,1; 184,2.3; 317,3; 338,2.3; 370,1.3;
em que consiste e como se mostra, 230-231; amor e temor filial, 370; o espírito de amor nos
exercícios, 53; 61; 65,5; 71; 97; 104; 113; 114; 155; 167; 184; 221; — no trato de amizade com
Deus: contemplação para alcançar amor, 230 – 237; cf. afeição +; amante (231,1); amar (104,1;
231,1; 233,1; 273,4; 278,2.4; 281,2; 282,4; 284,2.4; 316,2; 338,3; 363,1); amigo (20,2.6; 54,1;
146,1; 224,1; 338,1); caridade+; carnal (97,2); comunicar (231,1; 15,3; 54,2); dar (43,2; 61,1; 71,3;
77,3; 191,2; 231,1.2; 234,2.3.5; 235,1.2; 236,2; 238,3; 274,3; 281,4; 283,1; 289,4; 292,4; 295,3;
297,4; 304,4; 306,4; 307,3; 315,3; 330,1; 336,2; 338,2; 342,3; 343,2; 344,6); fruto (60,3; 236,2;
263,4); misericórdia (18,7; 61,1; 71,4; 237,1); oblação +; obras+
Deus – Deus (25 vezes); Deus nosso Senhor (58 vezes); Deus e Senhor (1 vez: 343,1); Cf. Criador
+; Sua Divina Majestade (26 vezes); Pai +. Cf. atributos+; essência (39,6); vida eterna (63,6; 65,5;
74,3; 102,2; 135,3); idolatria (39,8);
Ânimo – alma: 12,2; 216,1; 353,1; 361; cf. alma (79 vezes); — valentia ou entusiasmo: 5,1; 7,2;
315,3; 325,2.3.4.6; cf. animar (235,2); forças (7,2; 16,2; 155,3; 195,2; 213,3; 315,3; 323,1; 324,2;
325,1; 327,2); liberalidade (5,1; 94,1);
Anjo – Bom: 58,2; 60,2; 102,3; 106,4; 107,3; 108,3; 232,1; 262,2-4; 265,2 266,3; 269,2; 270,2;
274,4; 300,3; 312,4; 329,1; 331,1-3; 333,1; 335,1.4 – Mau: 50,1; 50,3-4; 331,1-3; 332,1; 335,4; Cf.
adversário (13,2); besta (325,7); capitão (327,2); caudilho (138,2; 139,1; 140,1; 327,1.2); demônio
(141,1; 281,2); espíritos+; inimigo (7,2; 8,1; 10,2; 12,3; 135,5; 136,1; 138,2; 140; 217,3; 314,1;
320,1; 324,2; 325,1.4.5.7; 326,4; 327,3; 329,1; 333,4; 334,1; 345,1; 347,2; 349,1.3.4; 350, 1.2.3);
lúcifer (136,1; 137,1; 138,2);
Fé – forma de consolação ou «fruto do Espírito»: quando intensa ou crescida, 316,4; cf. 320,3; —
simples virtude sem consolação: 279,3; 280,4; 282,4; 366,1; 368,1.2; 369,2; cf. crer (71,1; 276,4;
285,3; 303,3; 305,2.3.4; 365,1.2); credo (253,1; 258,6);
Homem – Homem Deus: cf. humanidade+; — homem humano: na sua relação a Deus (19,2; 20,6;
23,2-4; 53,1; 58,1-2; 102,1; 104,1; 149,1; 150,1; 177,1; 235,1; 284,5; 295,4; 325,2; 370,2); Cf.
Adão (51,1.3); alma (cf ânimo+; espírito+); gente (51,2; 103,1; 106,3; 307,4; 362,4; humano (7,2;
10,2; 51,2; 89,3; 92,1; 94,1; 102,2; 107,2; 135,5; 136,1; 165,2; 195,1; 196,1; 281,2; 325,7; 326,4;
327,3; 334,1); pessoas (67 vezes); salvação+;
Igreja – Comunidade: 177,2; 351,1; Esposa de Cristo 365,2; Mãe dos fiéis, 363,5; 365,3; estrutura
jerárquica, 365,1; cf. «Mãe Jerárquica», 170,2; 353,1; atitudes de verdadeiro sentido militante, 352–
370; cf. ministérios, 337,1; 339,2; 341,1; 344,6); obediência+; estados+; espalhar (141; 145);
mandamentos+; negro (106,2; 365,1); prelatura (189) – Templo: 88,2; 355,1; 358; 360;
Jesus Cristo – A Pessoa: sua divindade, 124,1; 196,1; 219,1; 223,1; (cf. Verbo encarnado,109,1;
130,2; divino); sua humanidade, 195,1; 196,1; (cf. humano, 92,1; 94,1; homem, 53,1;102,2; 104,1;
284,5; 295,4); sua condição de vida,164,1 (cf 165-168); — Contemplação da sua vida: familiar,
101-134; (cf. 262-272); pública, 158-162; (cf. 273-288); pascal, 190-209; 218-237; (cf. 289-312);
— disposição básica, 91,4; 96-98; (cf. 91-99; 136-157); — graça a demandar e pedir em todas as
contemplações,104,1; — contemplação bifurcada da sua vida familiar e da sua vida pública,
135,2-4; — contemplação confrontada da Paixão e Ressurreição na sua vida pascal, 95,5; 203,1;
221,1; 195-196; 223-224; — nomes de Cristo: Jesus (22 vezes); Cristo (42 vezes); «Jesus Cristo» (1
vez: 47,4); «Cristo nosso Senhor» (73 vezes); «Senhor nosso» (2 vezes); «Senhor universal» (2
vezes); «Filho e Senhor» (3 vezes); «Verbo encarnado» (2 vezes); Majestade (2 vezes); Redentor (1
vez); Rei (5 vezes); Sumo Capitão (4 vezes); Cf. Filho+
Juízo – Julgamento em tribunal: humano, 41,3; 74,4; ou divino, 74,3; 78,2; teste de indiferença
antes de eleições conscienciosas, 187,1; 341,1; ambientação para sentir a graça da meditação dos
pecados, 74,2.3; 78,1.2 (cf. 55,4); – julgamento interior: 89,3; 336,4; 346,1-2; 353,1; – bom senso:
96,1; 336,4; Cf. condenar (22,2; 48,4-5; 52,3); confusão+; contrição+; cristão (22); juiz (74,3-4;
296,2); julgar (213,3; 339,3); temor+;
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Intenção: Senhor Jesus, eu vos amo, sois o sacramento do Pai e nos comunicais o amor do Pai Eterno, ajudai-nos nos reconciliar-nos para confiar totalmente em Deus como fonte de amor, vida, perdão e vida. Amém.
EU SOU A LUZ DO MUNDO
SENHOR
Que esta vela que eu acabo de acender, seja luz e que me ilumine nas minhas dificuldades e decisões.
Que seja fogo para que queime, o egoísmo, orgulho e impurezas.
Que seja chama para que aqueças meu coração e me ensines a amar.
Eu não posso ficar muito tempo em Tua Igreja, mas deixando esta vela, um pouco de mim mesmo permanece aqui.
Ajude-me a prolongar minha prece nas atividades deste dia.
ASSIM SEJA
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Há uma história sobre são João Evangelista, aquele que escreveu: “Deus é amor…; se alguém me diz que ama a Deus, a quem não vê, mas não ama a seu irmão, a quem vê, é um mentiroso”. É sobre esse João que se conta a história de que, no anoitecer de sua longa vida, ele se sentava durante horas com os discípulos mais jovens a seus pés. Um dia, como conta essa tradição tão conhecida, um de seus discípulos queixou-se: “João, você sempre fala de amor, do amor de Deus por nós e de nosso amor uns pelos outros. Por que não fala de outra coisa além do amor?” O discípulo que, quando jovem, deitara certa vez a cabeça sobre o coração de Deus feito homem, respondeu: “Por que não há nada mais, só o amor… amor… amor”.
O amor é a única forma de realizar nosso destino humano e chegar aos pés de Deus, que é amor.
Texto de Por que tenho medo de amar?