Parrhesia como dizer a verdade e ser livre... genealogia entre Métis e Zeus...

Edição 84 - 2013

Machado de Assis encontra Nietzsche - Cada um a seu modo - um na Literatura, outro na Filosofia -, os autores da segunda metade do século XIX confrontaram valores sociais vigentes e propuseram a criação de um novo homem

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Ao retratar o homem do século XIX, Machado de Assis descreve um minicosmos da humanidade que Nietzsche quer ver transformada.

Nietzsche pretende afirmar a vida contra a moral, (...) usando o cinismo como recurso, o escritor pretende reabilitar a vida de seu caráter perverso.

(Obs.: Hoje, a moral cristã pode se fazer uma revisão crítica e pastoral, pelo fato de que Deus nos deu capacidade de nos superar, vencer a dor e o mal em nós com ou sem os outros, com a culpa nossa ou dos outros, enfrentar o mal que está em nós e no mundo...

O moralismo é que é antibíblico e anticristão, o cristão não pode ser um prepotente e nem o cético radical e nem um acomodado, mas um engajado social e politicamente possível pela sua visão de mundo ética e crítica não violenta e mas transformadora pela ética da autonomia e busque a "parrhésia cínica" (os estoicos se aproximaram de Diógenes, O Cão, e os cristãos a sublimaram no evento Cristo como ética da fraternidade universal e a oposição ao mal e ao Império ou a divinização do imperador.) como resiliência e alternativa ao projeto de um mundo mais justo e humano. Deus faz o sol e a chuva a todos acontecer! Deus não faz acepções ou discrimina os pobres e oprimidos, mas a todos acolhe e quer que vençamos a injustiça em nós e nas estruturas sociais. J B Pereira. )

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) nem chegou a frequentar a escola regularmente. Pobre, epilético e neto de escravos alforriados, sempre teve grande interesse pela leitura e conseguiu instruir-se por conta própria. Seus primeiros versos foram publicados aos seus 16 anos, no jornal A Marmota época em que trabalhava como aprendiz em uma tipografia. Mas Machado só veio a ser reconhecido como um bom escritor na década de 1870, fase em que ainda publicava obras ligadas à Literatura romântica. A grande reviravolta de sua carreira ocorreu na década de 1880, quando uma mudança de estilo e de conteúdo fundou o Realismo no Brasil. Romances como Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), mencionados nesta matéria, assim como Dom Casmurro (1899), outro de seus clássicos, revelam toda sua ironia e espírito crítico. É nessas obras que Machado de Assis faz uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira e os valores do homem que nela vive. Por ter escrito em português, seu reconhecimento internacional foi mais tardio. Só no final do século XX suas obras foram traduzidas para outros idiomas, como o inglês, o francês, o espanhol e o alemão, o que despertou interesse mundial e o alçou ao posto de um dos grandes nomes do Realismo.

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A Parrhesia cínica e a verdade como Escândalo

Sob a perspectiva de Foucault, o éthos parrhesiástico cínico configura-se como essencial para a problematização da governamentalidade, pois consiste em uma atitude filosófica voltada para a questão da verdade intrinsecamente vinculada com a Política...

A PARRHESIA É O PRINCIPAL INSTRUMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO ÉTHOS COMO UM MODO DE VIVER, CONSEQUÊNCIA DA ESCOLHA DO PRÓPRIO SUJEITO

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Árvore genealógica baseada em Hesíodo e Pseudo-Apolodoro; por simplificação, os irmãos e irmãs de Métis não foram representados:

Veja no link:

http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/12/metis-deusa-da-prudencia.html

J B Pereira e http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/84/artigo292501-1.asp
Enviado por J B Pereira em 18/12/2015
Reeditado em 18/12/2015
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