Nessas linhas bem traçadas quero falar sobre coisas de uma escola que costumam chatear um professor.
Cauteloso prefiro não revelar quem é o professor.
Garanto que ele é o mais bonito da região, contudo isso talvez ocorra porque os outros são mais feios.
Esse professor, a partir de agora, ganhará um apelido criativo.
Ele será o nosso Elvis.
Se o verdadeiro Elvis já morreu, esse segue bem vivinho e já está de saco cheio do seu colégio.
Lá o corpo administrativo adora descontar as faltas. Além da punição peculiar ao salário de qualquer professor, sempre encontram um jeito de tirar mais grana.
Elvis fica aborrecido conferindo os implacáveis descontos.
Claro que Elvis não pretende ganhar privilégios, porém às vezes ele está doente, sofre um imprevisto, não pode comparecer.
Elvis é muito pirracento, nunca liga para avisar.
O corpo administrativo não pensa duas vezes, logo anota as faltas.
Elvis também reclama porque observa as famosas "panelinhas".
Se o indivíduo possui um bom papo, o sabido ou a sabida escapa.
Outra coisa que vem chateando Elvis são as reuniões.
Elas ocorrem na quarta, exatamente quando Elvis folga.
Não pode Fulano, Sicrano quer sorvete, Maria inventa uma desculpa...
Não existe saída, só cai na quarta, Elvis não vem, ele sobra.
Apesar de quase não ver as notas do salário Elvis sorri, pois possui uma segunda atividade.
No outro local, se ele não aparece, procuram saber o que aconteceu, jamais almejam puni-lo.
Lá a galera é bastante humana.
* No final do ano a turma do colégio costuma festejar o Natal.
Chovem frases emocionantes, repletas de amizade e ternura.
Dessa vez Elvis teme não conter a grande vontade de chorar.
Um abraço!