CULTURAS NEGRA E INDÍGENA - RESPEITO MÚTUO NA NOSSA HISTÓRIA E ORIGEM...

Aqui você vai ter alguns textos sobre as culturas dos negros e índios do Brasil (veja estes últimos mais no fim desta exposição temática.)

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"A cultura de um povo deve ser respeitada, mas sempre com respeito aos direitos humanos."

http://www.dicionarioinformal.com.br/cultura/

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Os povos indígenas: direitos e cultura

Coisas de índio

[...] Historicamente, os habitantes de nossa terra foram

denominados “índios” quando os europeus chegaram para

conquistá-la. Eles “achavam que tinham encontrado as Índias”

para onde tinham saído atrás de alguns produtos que eram muito

consumidos em Portugal [...]. A palavra índio foi avançando na

história e acabou chegando até nossos dias [...].

Os povos indígenas não conheciam a escrita. Então, a principal

maneira de transmitir o conhecimento era a tradição oral. Ou seja, os

mais velhos transmitiam o conhecimento para os mais novos por meio de

mitos, cantos, rituais.

Hoje a tradição oral ainda é o principal meio de transmitir o

conhecimento nas culturas indígenas.

Ainda assim, muitos usam a escrita e as novas tecnologias para

registrar e preservar suas tradições e seus conhecimentos. Os Huni Kuin,

que vivem no Acre, por exemplo, gravam suas festas e rituais em vídeos.

O guaraná

No meio da floresta Amazônica, viviam os índios Maués e entre eles um casal

jovem, muito feliz e amado pela tribo. Porém, a felicidade do casal era abalada pela

tristeza de não terem filhos.

Aconselhados pelo pajé, resolveram buscar ajuda de Tupã e pediram-lhe, então,

a graça de poder ter um filho.

Meses depois, a índia deu à luz um menino.

O pequeno índio crescia saudável e feliz. Era

muito querido por todos, pois era muito bondoso,

criativo, prestativo e cheio de alegria.

O curumim era a verdadeira sensação da tribo,

e sua família, muito admirada.

A fama do curumim se espalhou pela floresta e

chegou ao conhecimento de Jurupari, um espírito do mal.

Jurupari, cheio de inveja, passou a acompanhar o pequeno índio. Como podia

ficar invisível, ninguém o via.

Certo dia, o curumim saiu sozinho para colher frutos na floresta. Jurupari

aproveitou-se da ocasião e transformou-se numa serpente venenosa que

picou o menino.

O pequeno índio morreu quase que instantaneamente. O veneno da serpente era

muito poderoso para o seu frágil corpinho de criança.

Preocupados com a demora do curumim, vários índios da aldeia partiram pela

floresta para procurá-lo.

Pajé: indígena que cuida dos

rituais espirituais e cerimônias

de cura, pertence à tradição

dos povos Tupi-Guarani.

Tupã: nome tupi para o deus

do trovão.

Curumim: menino indígena. Jótah/ID/BR

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Quando encontraram o menino, todos lamentaram o

ocorrido. Nesse momento, raios e trovões caíam do céu. Os índios

diziam ser o lamento de Tupã.

A tristeza pairou sobre a aldeia.

A mãe do curumim morto recebeu uma mensagem de Tupã, dizendo que

deviam plantar os olhos da criança.

Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do curumim.

Algum tempo depois, no lugar em que haviam sido enterrados os olhos da

criança, brotava uma linda plantinha, o Guaraná, com fruto vermelho e que por

dentro parecia os olhos do menino.

Christiane Angelotti. A lenda do guaraná. Disponível em: <http://www.abckids.com.br>. Acesso em 30 set. 2010

http://www.edicoessm.com.br/files/pnld/2013/ma/his/Reproducao_capitulo_3_ano_mah.pdf

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Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.

Cultura afro-brasileira é o resultado do desenvolvimento da cultura africana no Brasil, incluindo as influências recebidas das culturas portuguesa e indígena

Cultura e práticas culturais

http://pt.slideshare.net/borgesmoreira/cultura-e-prticas-culturais

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A influência Afro-descendente no Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=cNye4U7FwKQ

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Influência da-cultura-africana-no-brasil

http://pt.slideshare.net/Nancihorta/influncia-daculturaafricananobrasil?next_slideshow=1

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Tolerar é palavra inexata e traz ainda a impaciência e um olhar preconceituoso de pseudosuperioridade ou o etnocentrismo, que não considera o outro como outro, diferente de mim. O outro não é fonte de mal-estar se o respeito como diferente e igual a mim em relação a Deus e à lei.

Negros e amarelos foram os grupos em que se verificaram maiores proporções de deficientes (27,1% para ambos). Em todos os grupos de cor ou raça, havia mais mulheres com deficiência, especialmente entre os negros (23,5% dos homens e 30,9% das mulheres, uma diferença de 7,4 pontos percentuais).

http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=1129541

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Ainda hoje, esse é um dos cartões postais brasileiros, faz-se a associação da

mulata ao erotismo e ao prazer, mascarando as atrocidades destinadas à população negra

ocorridas no decorrer dos séculos, perpetuando assim, valores racistas. A beleza da

mulata é exaltada, mas não ultrapassa o campo sexual. É no corpo, a partir das

diferenças fenotípicas que as discriminações acontecem. A imagem do outro é

aparentemente mais forte do que suas condições de caráter que desta forma podem ficar

subsumidas. O racismo é resultado da desvalorização imagética do negro (a).

Os resquícios de violência física, psicológica e moral, deixados pelo período

escravocrata retardaram a ascensão social e econômica das mulheres negras, visto que,

não foram oferecidas a elas as mesmas oportunidades educacionais, no mercado de

trabalho ou na distribuição de renda se comparados aos homens e mulheres brancas. "

FORMAÇÃO INICIAL, HISTÓRIA E CULTURA

AFRICANA E AFROBRASILEIRA: DESAFIOS E

PERSPECTIVAS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI

FEDERAL 10.639/2003

http://www.neab.ufu.br/sites/neab.ufu.br/files/Livro_NEAB_Vol_02.pdf

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A trajetória do negro na literatura brasileira, de Domício Proença Filho

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000100017

Escravidão em Machado De Assis:

Uma análise da obra “Memórias póstumas de Brás Cubas”

Rafaela Rodrigues da Silva Carvalho

Discente do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas – Universidade Federal de Alfenas –

UNIFAL/MG, rafaelarscarvalho@ymail.com

http://cihe.fflch.usp.br/sites/cihe.fflch.usp.br/files/Rafaela_Carvalho.pdf

Personalidades Negras – Machado de Assis

sexta-feira, 8 / agosto / 2014 by juliana.silva

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 21 de janeiro de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis e da açoriana, Maria Leopoldina Machado de Assis. Devido às obras e dedicação ao trabalho, Machado de Assis é considerado o maior nome da literatura brasileira.

Escritor, cronista, dramaturgo, jornalista, poeta, romancista e crítico. Aos 15 anos, Machado publicou seu primeiro soneto, dedicado a “Ilustríssima Senhora D.P.J.A”, no Periódico dos Pobres, em 1854. Aos 16 anos, apresenta seu primeiro poema “Ela”, em 1855, trabalho que destaca o lado romântico e encantador de Machado.

Machado exerceu com fervor sua profissão e deixou como herança cultural uma extensa composição artística, contendo diversos romances, peças teatrais, contos, coletâneas de poemas, sonetos e crônicas. Em 1881, o autor publica, em livro, o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas considerado o precursor do realismo no Brasil. Já o romance Dom Casmurro, publicado em 1899, é classificado por algumas pessoas como a obra prima de Machado de Assis, devido à complexidade psicológica do personagem principal, Bentinho.

http://www.palmares.gov.br/?p=33741

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Afro-brasileiro ou negro são os termos oficiais no Brasil que designam racialmente e de acordo com a cor das pessoas que se definem como pertencentes a esse grupo.

De acordo com uma pesquisa do IBGE realizada em 2008 nos estados do Amazonas, da Paraíba, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e no Distrito Federal, apenas 11,8% dos entrevistados reconheceram ter ascendência africana, enquanto que 43,5% disseram ter ancestralidade europeia, 21,4% indígena e 31,3% disseram não saber a sua própria ancestralidade. Quando indagados a dizer de forma espontânea a sua cor ou raça, 49% dos entrevistados se disseram brancos, 21,7% morenos, 13,6% pardos, 7,8% negros, 1,5% amarelos, 1,4% pretos, 0,4% indígenas e 4,6% deram outras respostas.[3] Porém, quando a opção "afrodescendente" foi apresentada, 21,5% dos entrevistados se identificaram como tal.[4] Quando a opção "negro" também foi apresentada, 27,8% dos entrevistados se identificaram com ela.[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afro-brasileiros

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A escola hoje tem marcas de multiculturalismo e multietnicidade, oriundos de povos historicamente silenciados e alijados da escola, antes acessível aos burgueses, ricos, classes média alta.

O hibridismo cultural faz parte da América latina e do Brasil. Veja o vídeo: O papel da escola no respeito à diversidade

Para ampliar seus conhecimentos sobre a função da escola pública, assista ao vídeo a seguir.

O papel da escola no respeito à diversidade - Daniele Kowalewski:

http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=1129541

Enfrentamento ao preconceito e discriminação

Para ampliar seus conhecimentos sobre a educação inclusiva, assista ao vídeo a seguir.

Políticas públicas, enfrentamento ao preconceito e discriminação - Daniele Kowalewski

http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Frame/Component/CoursePlayer?enrollmentid=1129541

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https://www.youtube.com/watch?v=cNye4U7FwKQ

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Moleque, quiabo, fubá, caçula e angu. Cachaça, dengoso, quitute, berimbau e maracatu. Todas essas palavras do vocabulário brasileiro têm origem africana ou referem-se a alguma prática desenvolvida pelos africanos escravizados que vieram para o Brasil durante o período colonial e imperial. Elas expressam a grande influência africana que há na cultura brasileira.

A existência da escravidão no Brasil durante quase quatrocentos anos, além de ter constituído a base da economia material da sociedade brasileira, influenciou também sua formação cultural. A miscigenação entre africanos, indígenas e europeus é a base da formação populacional do Brasil. Dessa forma, a matriz africana da sociedade tem uma influência cultural que vai além do vocabulário.

O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da influência africana na alimentação. São exemplos culinários da influência africana o vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê.

No aspecto religioso os africanos buscaram sempre manter suas tradições de acordo com os locais de onde haviam saído do continente africano. Entretanto, a necessidade de aderirem ao catolicismo levou diversos grupos de africanos a misturarem as religiões do continente africano com o cristianismo europeu, processo conhecido como sincretismo religioso. São exemplos de participação religiosa africana o candomblé, a umbanda, a quimbanda e o catimbó.

Algumas divindades religiosas africanas ligadas às forças da natureza ou a fatos do dia a dia foram aproximadas a personagens do catolicismo. Por exemplo, Iemanjá, que para alguns grupos étnicos africanos é a deusa das águas, no Brasil foi representada por Nossa Senhora. Xangô, o senhor dos raios e tempestades, foi representado por São Jerônimo.

A prática da capoeira também é uma influência cultural africana

A prática da capoeira também é uma influência cultural africana

O samba, afoxé, maracatu, congada, lundu e a capoeira são exemplos da influência africana na música brasileira que permanecem até os dias atuais. A música popular urbana no Brasil Imperial teve nos escravos que trabalhavam como barbeiros em Salvador e Rio de Janeiro uma de suas mais ricas expressões. Instrumentos como o tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos, como o jongo, ou danças, como a umbigada, são também elementos culturais provenientes dos africanos.

Historiadores como João José Reis chegam a afirmar que essa cultura da diáspora negra, essa cultura dos africanos saídos do continente, caracterizada pelo otimismo, pela coragem, musicalidade e ousadia estética e política, foi incomparável no contexto da chamada Civilização Ocidental. Como não foi fácil a vida em terras americanas, precisando lutar para sobreviver, a criação cultural “com a expressão de liberdade que a cultura negra possui” foi “um lutar dobrado” para imprimir na cultura brasileira sua influência. [1]

Nota

[1] REIS, João José Reis. Resistência Escrava na Bahia. “Poderemos brincar, folgar e cantar...”: o protesto escravo na América. Revista Afro-Ásia, nº 14, p. 107-108, 1983.

Por Tales Pinto

Mestre em História

http://www.escolakids.com/influencia-africana-na-cultura-brasileira.htm

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Contribuições dos afrodescendentes à cultura brasileira - Professor Menezes

http://pt.slideshare.net/luiz-menezes/contribuies-dos-afrodescendentes-cultura-brasileira-professor-menezes

A cultura negra chegou ao Brasil por meio dos escravos africanos, na época do Brasil Colônia. A cultura europeia, tida como branca, predominava no país e não dava margem aos costumes africanos, que era discriminado pela sociedade branca, na época, maioria. Então, observa-se que na sociedade não se tinha as manifestações; porém, os negros tinham sociedades clandestinas, chamadas de quilombos.

Nessas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de açúcar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expressão dos negros, ainda que fosse uma luta com características de dança, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho).

Culinária

Outra característica marcante da cultura afro no Brasil é a questão dos diferentes temperos dados à culinária brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas da cozinha indígena com a europeia e transformar em comida brasileira. Ora, os escravos saíram de suas terras para um local diferente, sem trazer nada consigo. São pratos mais famosos da culinária afro-brasileira:

Acarajé;

Vatapá;

Bobó;

Feijoada (a famosa feijoada é citada como sendo um prato servido nas senzalas).

Azeite de dendê (tempero comum na culinária baiana);

Frutas e especiarias: coco, banana, pimenta malagueta e o café são produtos oriundos das terras africanas.

Expressões Culturais

Uma coisa que chama a atenção é a alegria do povo afro-brasileiro. Além da capoeira, que já é comum em várias partes do Brasil, mas enfaticamente no estado da Bahia. Os negros trouxeram estilos diferentes no quesito de moda e estilo. Sempre baseado nas culturas dos ancestrais, aderem penteados interessantes, como os dreadlocks, da cultura rastafári; o cabelo black power; os trançados; com balangandãs, dentre outros.

Música

Na música, predomina o samba, bem marcante na cultura brasileira, o que é uma herança dos afro-brasileiros. O estilo musical nasceu em meados da década de 1920; no Rio de Janeiro, surgiu e permitiu a criação de outros ritmos, tais como: o samba enredo, o samba de breque, o samba canção e a bossa nova.

Religião

O candomblé, religião afro-brasileira, assim como a umbanda, a macumba e o omoloko, foi deixado pelos escravos que adotavam o sincretismo para preservação desse culto. Na época do trabalho escravo, para que a adoração aos deuses africanos não cessassem, os negros usavam os santos da igreja católica, como forma de despistar a mão de ferro portuguesa. Por isso, se vê a mistura do candomblé com o catolicismo.

A cultura negra é algo que influenciou, não só o Brasil, mas diversas nações que usufruem da pluralidade do movimento negro. Nos Estados Unidos, o estilo dos negros é bem característico. O rap e hip hop são elementos que fazem parte do cotidiano do povo negro.

Em meio às lutas, pode se dizer que os negros venceram e continuam nesse processo. Embora existam ainda casos de racismo, esse quadro tem mudado.

Dia Nacional da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a resistência à escravidão e é comemorado no dia 20 de novembro, no Brasil, homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, ícone da cultura negra. O projeto de lei que deu vida a esse dia foi o 10.639/2003, mas só foi sancionado e considerado quando a presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei 12.519/2011.

A homenagem ao dia surgiu em 1978 através do Movimento Negro Unificado. O objetivo dessa data é refletir sobre o preconceito, mostrar ao povo a cultura africana, comemorar e lutar pelos direitos e a igualdade do povo negro.

Zumbi dos Palmares

O líder dos negros no quilombo dos palmares, Zumbi dos Palmares, foi responsável por lutar contra a escravidão e morreu lutando pelos direitos do seu povo. O quilombo liderado por ele encontrava-se no estado de Alagoas e resistiu por cerca de 100 anos, abrigando entre 25 mil a 30 mil negros, segundo os dados da Fundação Cultural Palmares.

Foram através dos quilombos que os negros preservaram a sua cultura e também formaram a resistência contra o sistema de escravidão no período colonial. O líder que inspirou e ainda inspira a muito negros foi um herói contra o sistema que vigorava na época e representa um momento em que eles devem lutar e repensar sobre a identidade dos negros na sociedade brasileira.

Zumbi foi morto pelas tropas coloniais de Jorge Velho e foi assassinado em 20 de novembro de 1695. Após a sua morte, a abolição da escravatura só chegou ao Brasil em 1888.

A data é considerada ponto facultativo e não um feriado obrigatório, portanto, cabe aos municípios e estados aderirem a data como feriado.

Nesse dia e em todo o mês de novembro várias atividades culturais são realizadas em comemoração a data como passeatas, oficinas, cursos, seminários, oficinas, etc. Além disso, entidades e instituições ligadas aos movimentos negros estimulam a população na comemoração dessa data.

Eventos relacionados a Cultura Afro-brasileira

Feira Preta Week ou Feira Cultura Preta

É uma das maiores feiras de cultura negra da América, possui uma agenda cultural vasta com atividades sobre moda, dança, literatura, gastronomia, música, turismo afro e muitos outros, bem como a comercialização de produtos afro. O objetivo do evento é mostrar que a cultura negra também faz parte da sociedade brasileira, bem como valorizando-a diante da sociedade.

Todos os anos, a feira é realizada desde 2002, em várias cidades do país. A feira é organizada pelo Instituto Feira Preta que atua na promoção e no desenvolvimento da cultura negra na sociedade

Mostra Internacional do Cinema Negro

É uma mostra que acontece, geralmente, na semana da Consciência Negra, realizada para mostrar à sociedade a imagem positiva dos afrodescendentes por meio do cinema, bem como incluí-los na sociedade.

Marcha da Consciência Negra

A marcha é realizada em alguns estados para celebrar o dia da consciência negra. Os manifestantes vestem camisetas de protestos, levam cartazes, faixas contra o preconceito à população negra. Geralmente participam pessoas de movimentos populares, sindicatos, organizações civis, estudantes e demais indivíduos que desejarem aderir ao movimento.

Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MunCAB)

É considerado o primeiro museu federal da cultura negra, um projeto de renovação à política cultural do Ministério da Cultura, responsável por reunir a história do povo afro-brasileiro. Sua sede encontra-se na Bahia, em Salvador. Os organizadores propõe ações como intercâmbios entre os continentes de origem africana como Angola, Guiné e Moçambique, mostras e exposições._________

História dos Negros no Brasil

Escultura Negros AfricanosA história dos negros no Brasil é conturbada. Escravidão, lutas e vitórias fazem parte da caminhada dos negros, atualmente chamados de afro-brasileiros.

Os negros chegaram ao Brasil na época colonial. Eles foram trazidos como mercadoria pelos portugueses, que escravizavam africanos nas ilhas do Atlântico: Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Açores. A mão de obra era utilizada nos canaviais e, como o açúcar estava em alta, cultivou-se a cana-de-açúcar na colônia, o que gerou bastante lucro, uma vez que a mão de obra era barata. Antes, os nativos prestavam serviço; porém, os colonos não se interessaram neles.

Navios Negreiros

O transporte dos negros africanos se fazia por meio dos navios negreiros e as condições precárias resultavam na morte dos escravos. Eles ficavam amontoados e no mesmo lugar em que dormiam, era o próprio banheiro. Fezes e urina em local fechado e em contato com crianças, jovens e adultos, geravam contaminações. Castro Alves, conhecido como o poeta dos escravos, expressa, em sua poesia 'Navio Negreiro', as condições subumanas dessas embarcações:

“Hoje... o porão negro, fundo,

Infecto, apertado, imundo,

Tendo a peste por jaguar...

E o sono sempre cortado

Pelo arranco de um finado,

E o baque de um corpo ao mar...”

Trabalho dos Negros no Brasil

Os negros eram os principais movimentadores da economia do Brasil, pois eles eram comercializados para desenvolver os trabalhos nas áreas de agricultura, pecuária e serviços domésticos. Por causa de maus tratos e péssima qualidade de vida, fugiam dos engenhos. Os capitães do mato saíam em busca dos desertores. Reféns da escravidão, criavam sociedades clandestinas, as quais, eram chamadas de Quilombos.

Os Quilombos: Comunidade de Negros Fugitivos

As pequenas aldeias abrigavam os negros fugitivos e, unidos, formavam uma comunidade econômica, política, social, religiosa e militar, de acordo com os costumes de seus países de origem. Assim, se tinha a sociedade livre.

Os quilombos se localizavam em áreas de difícil acesso. O Brasil era dividido em 15 capitanias – no século XVI – e havia alguns quilombos espalhados. Onde hoje se situa o município de União dos Palmares, Alagoas, existia um dos mais importantes vilarejos clandestinos: o Quilombo dos Palmares.

Comercializados nas capitanias de Pernambuco e Bahia, eles corriam para os quilombos. Havia um poderoso homem, líder de Palmares, que recebia os recém-chegados, Ganga Zumba. Ele pertencia a um reino tribal da Angola e veio escravizado para o Brasil. No entanto, constituiu seu quilombo, que chegou a marca dos 35 mil habitantes e era fortemente armado.

Os negros buscavam sua liberdade e os quilombos eram essa esperança; porém, o maior deles foi destruído, após 60 anos de resistência, por Domingos Jorge Velho. Zumbi dos Palmares era sobrinho de Ganga Zumba e assumiu a liderança depois da morte do tio por envenenamento. Zumbi foi traído e capturado pelas tropas de Velho.

Movimentos Abolicionistas

Somente depois do século XIX, a Inglaterra questionou a escravidão brasileira. Assim, foi publicada a lei Bill Aberdeen, em 1845, que proibia o tráfico negreiro. Eles estavam interessados em expandir o mercado para o público brasileiro.

Com a pressão imposta pelos ingleses, foi aprovada a Lei Eusébio de Queiróz (1850) para acabar com o tráfico negreiro. Mais tarde, em 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre, dando a liberdade aos filhos de escravos que nasceriam após a aprovação da lei. Já em 1885, foi aceita a Lei dos Sexagenários para libertar os escravos maiores de 60 anos.

E, finalmente, os negros só foram ter a liberdade em todo o mundo através da Lei Áurea, um documento assinado pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. Mesmo com a liberdade, muitos tiveram que aceitar trabalhos ruins como meio de sobrevivência.

Cultura Negra

Vários aspectos da cultura brasileira são herança deixada pelos escravos negros africanos no Brasil. A maior parte desta cultura foi trazida no período do tráfico de escravos. Além dessa, o Brasil também é fortemente influenciado pela cultura europeia, americana e indígena. Existem traços da cultura negra em vários elementos da cultura brasileira:

Danças típicas - O samba, o maxixe, o carimbó e a capoeira são uma das manifestações dos afro-brasileiros;

Culinária - a feijoada, o acarajé, a moqueca, caruru;

Religião - Umbanda, Candomblé, Macumba, Xambá, Confraria, dentre outras.

Desigualdade Racial e Movimentos Negros

No início, devido à adaptação da sociedade brasileira a padrões europeus, a cultura negra foi rejeitada pela sociedade, assim como as pessoas da cor.

Essa saga dos negros se dividiu em três etapas:

A primeira, se deu no Estado Novo, de Getúlio Vargas, entre o período inicial da República, em 1889, até o ano de 1937. Nessa época houve a criação de movimentos negros de combate ao racismo no Brasil. Desenvolveu-se a imprensa negra que, voltada para esse público, tratava dessas questões de discriminação. Houve a criação da Frente Negra Brasileira (FNB).

Na segunda etapa, a União dos Homens de Cor (UHC) foi criada e outras também com mesmos ideais. A partir disso, na época do governo militar, as manifestações dos “homens de cor” diminuiu.

A terceira fase se deu na redemocratização do país, aconteceu uma crise com os movimentos negros do Brasil. A discussão sobre o problema da discriminação foi tirada das pautas de discussão. O movimento só voltou em meados da década de 1970.

No exterior, as manifestações aconteciam e eram encabeçadas por personalidades notáveis. Nos Estados Unidos, elas eram lideradas por Martin Luther King e Malcon X, que sonhavam com uma sociedade em que negros e brancos seriam considerados iguais. Os movimentos foram aumentando, principalmente nos países africanos colonizados pelos portugueses. Alguns deles, Guiné Bissau, Moçambique e Angola. Em 1978, em manifestação no Teatro Municipal de São Paulo, o Movimento Negro Unificado (MNU) se estabeleceu no Brasil, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação praticadas contra os negros.

Até hoje, existem alguns resquícios de dificuldade em relação a sociedade. No entanto, os movimentos e manifestações da cultura negra têm crescido, juntamente com a população que se considera da cor. De acordo com os relatórios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 91 milhões de negros/pardos no Brasil. Com isso, entende-se a porcentagem de negros no Brasil em mais de 50%.

http://negros-no-brasil.info/

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O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Brasil de hoje

http://pt.slideshare.net/Tupari/o-ndio-brasileiro-o-que-voc-precisa-saber-sobre-os-povos-indgenas-no-brasil-de-hoje

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A cultura indígena é um conjunto de características que marca um determinado grupo indígena.

Por exemplo, os Yanomamis possuem quatro línguas, vivem em malocas (moradia redonda de topo cônico), possuem características seminômades (mudam de habitat quando necessário), são caçadores e creem nos rixis (espíritos de animais protetores e amigos).

Os Guaranis se manifestam através da cerâmica e com rituais religiosos, falam somente uma língua, são migrantes e agricultores, “creem na terra sem males” (os mortos passam a proteger os vivos).

Vale ressaltar que, embora tenham características comuns, os índios não são iguais, mas cada povo habitante de determinada área do território brasileiro, possui suas diferenças em: cultura, organização política/social, rituais, lendas, arte, habitações, educação, alimentação, entre outros. Nem todos vivem da mesma maneira. A maioria localiza-se nas Terras Indígenas.

Os indígenas são uma fonte de conhecimento. Suas experiências passadas entre gerações formou o que nós chamamos de cultura brasileira: diversificada, heterogênea e peculiar. Desde o descobrimento vem englobando o modo de vida europeu e o mesclado de valores, costumes, línguas e hábitos dos indígenas que eram quase que desprezados pelos nobres.

http://indios-brasileiros.info/cultura-indigena.html

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Índios do Brasil

Sociedade indígena, escravidão e miscigenação, cultura indígena, índios brasileiros, educação indígena, arte indígena, tribos indígenas do Brasil, línguas indígenas, contato entre índios e portugueses.

Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.

http://www.suapesquisa.com/indios/

A forma de ocupação do atual território brasileiro, como se pode deduzir, é igualmente incerta. No sítio da Lapa Vermelha, na região arqueológica de Lagoa Santa, em Minas Gerais, foi encontrado um cemitério datado em pouco mais de 10 mil anos, estudado primeiramente por Peter Lund no século XIX. Muitas outras pesquisas se sucederam. Annette Laming-Emperaire, na década de 1970, encontrou ali o fóssil batizado de Luzia.[14] [15] Parte de uma população conhecida como povo de Lagoa Santa, Luzia foi tida como a mais antiga brasileira já encontrada, com idade estimada por Feathers et alii, a partir de evidências indiretas, em até 16,4 mil anos,[26] mas há dúvidas sobre essa antiguidade, aceitando-se em geral c. 11,5 mil anos, e para tornar o cenário mais complexo, Luzia, bem como outros esqueletos ali encontrados, possui traços negroides típicos de povos da Austrália e Melanésia, contrastando com o fenótipo mongoloide que define os ameríndios em geral, e apontando para linhagens genéticas alternativas. Achados em vários outros locais de todo o continente, embora não tão antigos, confirmam uma presença precoce do tipo negroide na América, bem antes da chegada dos primeiros escravos africanos no século XVI.[14] [27] [28] [29]

Por outro lado, achados em São Raimundo Nonato, no Piauí, dão cronologias que se estendem a até 48 mil anos antes do presente, e especula-se que camadas inferiores já identificadas mas ainda não exploradas poderiam revelar fósseis de até 60 mil anos. O extremo sul do Brasil parece ter sido atingido primeiro pelos povos umbu, que deixaram registros datados com 12,7 mil anos de idade. Mas essas datações também têm sido questionadas.

Abaixo, dados dos recenseamentos do IBGE de 2000 e 2010, demonstrando em percentual os dez municípios brasileiros com maior população autodeclarada indígena:

Dados de 2000[235]

1) São Gabriel da Cachoeira (AM) – 76,31%

2) Uiramutã (RR) – 74,41%

3) Normandia (RR) – 57,21%

4) Santa Rosa do Purus (AC) – 48,29%

5) Ipuaçu (SC) – 47,87%

6) Baía da Traição (PB) – 47,70%

7) Pacaraima (RR) – 47,36%

8) Benjamin Constant do Sul (RS) – 40,73%

9) São João das Missões (MG) – 40,21%

10) Japorã (MS) – 39,24%

Dados de 2010[236]

1) Uiramutã (RR) – 88,1%

2) Marcação (PB) – 77,5%

3) São Gabriel da Cachoeira (AM) – 76,6%

4) Baía da Traição (PB) – 71,0%

5) São João das Missões (MG) – 67,7%

6) Santa Isabel do Rio Negro (AM) – 59,2%

7) Normandia (RR) – 56,9%

8) Pacaraima (RR) – 55,4%

9) Santa Rosa do Purus (AC) – 53,8%

10) Amajari (RR) – 53,8%

https://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil

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http://www.museudoindio.org.br/os-indios-brasileiros-e-as-tribos-indigenas-do-brasil/

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Segundo o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das florestas brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas. Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para frente para confundir os caçadores. Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o curupira não existiu, mas os indígenas tinham o hábito de andar para trás, para confundir os europeus e bandeirantes.

A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas. Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços. Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas casas.

O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas. Quase sempre os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de suas ocas (suas habitações nas aldeias).

A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).

Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade.

A influência cultural indígena na sociedade brasileira não para por aí: a língua portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas. Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi. O rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que significa “rio verdadeiro”).

Os povos indígenas deixaram para a sociedade brasileira uma diversidade cultural que foi importante para a formação da população brasileira.

Por Leandro Carvalho

http://www.alunosonline.com.br/historia-do-brasil/herancas-culturais-indigenas.html

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J B Pereira e http://negros-no-brasil.info/cultura-negra.htmlj e http://www.suapesquisa.com/indios/
Enviado por J B Pereira em 30/10/2015
Reeditado em 30/10/2015
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